Tigre de papel?

Será que a campanha eleitoral realmente começou? Ontem na CNI teve um debate, não direto, entre os candidatos, mas um debate em que ficou claro que os dois principais candidatos não pensam a mesma coisa sobre a economia. Ainda bem. Estava na hora de ficar claro que a oposição tem um programa distinto.

Mitos são construídos para serem derrubados. Um deles, na campanha de 2010, é que Lula está de tal forma colado ao governo, que uma crítica à sua gestão acabaria redundando em perda de votos. Isto poderia se aplicar ao momento inicial da pré-campanha, quando não era possível o debate aberto. Mas agora, não.

Este é o momento de começar o enfrentamento direto. Primeiro, meio de leve, guardando munição (e não deve faltar munição) para o momento que a campanha vai esquentar, após a final da Copa do Mundo.

Pode ser (no dia 31 de outubro saberemos) que o tigre era de papel.

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    # por Fátima - 26 de maio de 2010 às 08:19

    O debate foi inexistente, porque um dos pré-candidatos tem problemas com sujeitos, verbos e predicados.
    Eu só espero que o candidato oposicionista consiga assumir que a estabilidade econômica, foi implementada pelo governo FHC.
    O PSDB tem que defender a política e ideias de seu partido.

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    # por Rodrigo Focosi Mazzei - 26 de maio de 2010 às 15:21

    Oi professor Marco A. Villa, meu nome é Rodrigo, conclui o curso Ciências Socias na UFSCar em 2009 e atualmente trabalho na USP - Campus de Ribeirão Preto-SP. Gostaria que você comentasse a greve da USP. Nesta Universidade ocorre uma greve dos funcionários que reivindicam isonomia salarial. Os docentes da USP, em 2010, receberam um aumento de 12,57%, além de um vale refeição de R$ 470 (quatrocentos e setenta reais), já para os funcionários o aumento foi de 6,57%. O reitor da USP - Campus Ribeirão Preto - mandou e-mail aos funcionários (eu recebi o email no meu e-mail institucional) proibindo a greve e afirmando que quem entrasse em greve seria punido com multa de R$1000 (um mil reais) por dia de paralisação.
    Contato: rodrigofome@yahoo.com.br
    Espero seu comentário sobre o assunto.
    Obrigado.

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    # por Ana Lúcia K. - 26 de maio de 2010 às 23:54

    Concordo plenamente com vc Fátima. A oposição deveria mostrar, com documentos inclusive, o legado do governo FHC - a estabilidade herdada pelo lula, a importância do "Plano Real"(que o lula foi contra)- no combate à inflação, para a economia e principalmente para os mais pobres, a lei de responsabilidade fiscal,os índices de alfabetização,etc. Deveria tb esclarecer o "pac" de papel, o custo dos cargos em comissão, o absurdo dos 37 ministérios e os gastos com publicidade institucional, que acabam sempre nas mãos das mesmas agências de publicidade. Só com este último, daria para equipar muitos hospitais públicos e não veríamos mais cenas deprimentes de crianças e mães morrendo por falta de assistência médica.

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    # por Fátima - 27 de maio de 2010 às 09:01

    Não se preocupe Ana. Num país de cordeirinhos, os lobos já estão farejando
    um novo banquete. O grande PMDB e seu aliado PT prometem um novo Imposto para a saúde. Nenhuma criança vai morrer de novo nos hospitais do Maranhão.

    Com uma renda equivalente ao primeiro mundo, nós vamos trabalhar umas horas a mais para bancar o PAC da Saúde.
    Você vai perguntar: Renda igual aos países desenvolvidos? Claro, se a nossa produção de lixo per capita é igual a deles, a conclusão óbvia é que nossa renda é igual. Renda de Suécia, porque não impostos suecos? Assim num futuro distante, poderemos ter infra-estrutura sueca. É preciso pensar grande, como diria nosso "amado" líder.

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    # por Anônimo - 27 de maio de 2010 às 12:29

    Agora estão receitando um PAC para a Europa. Aqui dentro: contingenciamento de mais de R$ 30,0 bi no orçamento de 2010; as contas externas continuam com pressões negativas; o R$ sobrevalorizado, apesar da subida do US$; provável veto ao aumento das aposentadorias e à extinção do fator previdenciário. Como, em tal cenário, não dá para calibrar um discurso diferenciado? Os pré-candidatos estão por si só quando embatem em eventos públicos. Assim, as características de cada um ficam explicitadas e as comparações surgem.