A eleição de Renan.

Entrevista para a Jovem Pan: http://jovempan.uol.com.br/noticias/2013/01/historiador-critica-favoritismo-de-renan-calheiros-para-presidir-o-senado.html

Dilma= Renan

Renan Calheiros é a mais perfeita tradução do governo Dilma Rousseff.

O humorista Mantega.

Caminhando para ser a Zélia do governo Dilma, o ministro Mantega disse, de acordo com "O Globo", a seguinte frase lapidar:


Aumento da gasolina não atrapalha ninguém, diz Mantega

A destruição da Petrobrás.

Deu no Estadão:


Petrobrás perde 40% de valor em 3 anos e cai em ranking de petrolíferas

Empresa passou da segunda para a quarta colocação na lista de maiores empresas de gás e petróleo dos Estados Unidos e América Latina, segundo estudo da Economatica

A piada do dia.

Deu na Folha:

Presidente do PT diz que ação da imprensa pode levar ao nazismo

A piada do dia (mais uma).

Deu na Folha:


Genoino participa de reunião na Câmara e é aplaudido por colegas



A piada do dia.

Deu no Estadão:


Somos país com absoluta segurança energética para crescimento, diz Lobão

A boa notícia do dia.

Deu n'O Globo:


POLÍTICA

Joaquim Barbosa cobra de tribunais a demissão de fichas sujas

A boa notícia do dia.

Deu no G1:


PGR diz que deve mandar apuração sobre Lula a MPF nos próximos dias

Procurador-geral ainda avalia se há elo de pessoas com foro privilegiado.
Ele diz que, por enquanto, não há indícios de autoridades envolvidas.

A piada do dia.

Da "Folha":


'Não foi o PT que inventou a boquinha', diz ministro
'Não podemos aceitar a pecha', afirma Carvalho

Decadência da Petrobrás: mais um êxito petista.


Deu no Estadão:


Petrobrás perde posto de maior empresa da América Latina, diz ‘FT’

Ações da estatal caíram 25% nos últimos 12 meses e valor de mercado foi ultrapassado pela petrolífera Ecopetrol, da Colômbia

28 de janeiro de 2013 | 12h 54
Fernando Nakagawa, correspondente da Agência Estado
LONDRES - A Petrobrás perdeu o posto de maior empresa da América Latina. A informação é destaque na edição de segunda-feira do jornal britânico Financial Times. Com a queda de 25% do valor da ação nos últimos 12 meses, o valor de mercado da estatal brasileira foi ultrapassado pela também estatal petrolífera Ecopetrol, da Colômbia.
Em reportagem publicada nesta segunda-feira, o jornal afirma que a Petrobrás sofreu "um dos movimentos mais dramáticos da indústria de energia no ano passado" e no fim dos negócios da última sexta-feira, dia 25, o valor da brasileira - calculado conforme o preço das ações - era de US$ 126,8 bilhões. Já a Ecopetrol valia US$ 129,5 bilhões.
A reportagem destaca que a Ecopetrol já vale mais para os investidores que a Petrobrás, "embora a produção da empresa brasileira seja cerca de três vezes maior que a da colombiana".
Para a reportagem, as grandes reservas de recursos naturais e políticas "amigáveis aos negócios" do país vizinho tornaram a Colômbia um local "privilegiado" para o setor de petróleo.
Ao mesmo tempo, diz o texto, "apesar do entusiasmo com as enormes descobertas de petróleo na costa do Brasil, as ações da Petrobrás perderam 45% do valor ao longo dos últimos três anos". Segundo o FT, o papel foi "atingido por resultados financeiros decepcionantes e preocupações sobre o enorme investimento necessário para desenvolver esses campos". A reportagem não cita eventual pressão política sobre a estratégia da empresa.
O diretor-presidente da Ecopetrol, Javier Gutiérrez, foi cauteloso ao avaliar os números. "Realmente, não se pode comparar porque a Petrobrás é um gigante em muitas frentes", disse ao FT. "O valor de mercado é simplesmente um reflexo da confiança que o mercado tem na Colômbia e na Ecopetrol". A estatal tem 80% do capital controlado pelo governo do presidente Juan Manuel Santos e é responsável por cerca de 80% da produção da commodity na Colômbia.
Apesar do movimento considerado "dramático" com as ações da maior empresa brasileira, o FT diz que investidores e analistas reconhecem que a derrubada do preço da ação da Petrobrás não se justifica pelos fundamentos da empresa.


Dirceu: mesmo condenado, continua "operando".

Deu no Estadão:


Assessor pediu jato a ex-senador para Dirceu viajar à Bahia

Íntegra das gravações da Porto Seguro revela ligação de condenado no mensalão com acusado de fazer parte da máfia de pareceres

28 de janeiro de 2013 | 2h 07

O Estado de S.Paulo
A Operação Porto Seguro revelou que o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) mantém relação próxima com o empresário e ex-senador Gilberto Miranda - denunciado por corrupção ativa e apontado como principal beneficiário do suposto esquema de compra de pareceres técnicos em órgãos federais.
Telefonemas gravados pela Polícia Federal, em novembro de 2012, mostram que Dirceu e Miranda marcaram pelo menos duas reuniões às vésperas da deflagração da operação e que um assessor do petista chegou a pedir emprestado um jato particular do ex-senador para voar até a Bahia no feriado da República - viagem que Dirceu fez com a namorada e com Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo.
A voz do ex-ministro do governo Lula não aparece nos áudios. Ele não era alvo da missão policial, mas Miranda estava sob vigilância permanente.
Em uma ligação gravada três semanas depois que Dirceu foi condenado no julgamento do mensalão, seu auxiliar diz que o petista se recusava a desembarcar no Aeroporto Santos Dumont, no Rio, em horários de grande movimento. "Correr risco agora é besteira, né?", recomenda Miranda ao assessor.
O áudio com a íntegra das ligações está disponível no portal estadão.com.br.
Os 25.012 telefonemas gravados pela PF no decorrer da Porto Seguro detalham a intimidade com o poder mantida por Miranda e outros integrantes do grupo. Eram frequentes os diálogos com deputados, senadores, governadores, prefeitos e diretores de órgãos técnicos.
Foi com a ajuda de algumas dessas autoridades que Miranda conseguiu benefícios para empreendimentos de suas empresas, como a construção de um porto privado na Ilha de Bagres, em Santos, litoral paulista.
A PF não envolve Dirceu com os negócios sob suspeita de Miranda. Mas as ligações interceptadas a partir de um grampo no telefone do ex-senador revelam que os dois tinham interesses em comum e uma relação que permitia ao petista pedir até empréstimo de um avião particular.
As escutas mostram que Dirceu e Miranda tiveram um encontro no início da tarde de 8 de novembro. O assessor do petista telefona para a secretária do empresário às 11h59 para avisar que ele se atrasaria porque havia sido convocado para uma "reunião de urgência".
"Eu só queria te pedir o seguinte: é que o Zé foi chamado para uma reunião de urgência, então a Evanise, a companheira dele, vai chegar um pouco antes no horário combinado e ele, se atrasar, ele chega uns minutos depois. Você pode avisar o Gilberto?", pede o auxiliar de Dirceu.
Risco. No dia seguinte, o assessor de Dirceu começa a articular com o ex-senador reunião para 19 de novembro entre a dupla e Saulo Ramos, ministro da Justiça na presidência de José Sarney - a quem Miranda é ligado. O avião de Miranda buscaria Dirceu no litoral da Bahia para levá-lo ao encontro, em São Paulo, e depois seguiria para Brasília.
"A princípio estava marcado com o ministro (Saulo Ramos) dia 19, às 16h, mas isso daí eu vou falar com ele agora, pra ver até a parte da tarde. Isso daí eu te confirmo", diz Miranda. A reunião acabou cancelada, dias depois.
No mesmo telefonema, o assessor de Dirceu pede informações sobre um helicóptero do empresário que levaria o petista ao Rio. Os dois temem que o mau tempo obrigue a aeronave a pousar no movimentado Aeroporto Santos Dumont, no meio da tarde. "O Zé não estava querendo descer lá no Santos Dumont, entende?", diz Miranda. "Qualquer coisa pego um avião, saio daqui no domingo, quinze para as nove da noite, chego em Santos Dumont mais vazio, entendeu?", sugere o auxiliar do petista.
O assessor telefona mais uma vez para Miranda, em 14 de novembro, às 14h20, para pedir um favor ao ex-senador. "É só uma consulta, não é oficial. O Zé tava indo viajar para a Bahia hoje e acabaram de ligar, que o King (jato executivo) deu uma pane elétrica, que iam emprestar para ele... Por acaso o teu está por aqui e poderia levá-lo, ou não?", pergunta o assessor. "O meu está, mas eu estou sem piloto. Eu, como não ia viajar... Eu dei folga para eles", responde Miranda.
Apesar da recusa, Dirceu foi à Bahia, na praia de Camaçari, com a namorada e Rose.
Os criminalistas José Luís Oliveira Lima e Rodrigo Dalla'Acqua, que defendem Dirceu, responderam que o ex-ministro "não mantém nenhum relacionamento profissional com o sr. Gilberto Miranda, bem como não utilizou nenhum meio de transporte de propriedade do mesmo". Eles destacaram: "A reunião com o sr. Saulo Ramos, como evidenciam as próprias gravações obtidas pelo 'Estado', acabou não se realizando."
O advogado Cláudio Pimentel, defensor de Miranda, disse que ele não vai se manifestar pela imprensa, mas nos autos judiciais. / BRUNO BOGHOSSIAN e FAUSTO MACEDO

Mensalão, o livro: entrevista para Augusto Nunes.

Segue três links da entrevista que dei para Augusto Nunes, da revista Veja, tratando do meu livro "Mensalão. O julgamento do maior caso de corrupção da história política brasileira" (editora LeYa):

1. http://www.youtube.com/watch?v=EWF3m7_4MnM&playnext=1&list=PL1EF0E3F0C6B26D37&feature=results_video

2. http://www.youtube.com/watch?v=v0ikKh9bzww&list=PL1EF0E3F0C6B26D37

3. http://www.youtube.com/watch?v=DgarKGF4lcI&list=PL1EF0E3F0C6B26D37

A boa notícia do dia.

Deu n'O Globo:


Procurador-geral da República apresenta denúncia contra Renan Calheiros

  • Senador é acusado de usar notas ficais frias para justificar seu patrimônio


A (triste) piada do dia.

Deu na "Folha":


Índios 'alugam' terras para exploração ilegal de madeira
Na Amazônia, ao menos 15 áreas foram loteadas para madeireiros desmatarem
Negociações envolvem preços módicos, itens eletrônicos, bebidas e prostitutas, dizem servidores da FUNAI

PT e o aparelhamento do Estado.

Só um exemplo (do "Estadão" de hoje):


Caixa terá nova estrutura de comando para abrigar PSD e aliados de Kassab

Mudança no organograma vai criar duas novas vice-presidências e dez diretorias, com distribuição de cargos para sigla do ex-prefeito, que integrará a base de Dilma e terá também um ministério

Corrupção no Congresso

Vale a pena ler a reportagem de "Época" sobre os "negócios" de Renan Calheiros e Henrique Alves. Segue link: http://revistaepoca.globo.com/Brasil/noticia/2013/01/acusacoes-de-pagamento-de-propina-contra-renan-calheiros-e-henrique-eduardo-alves.html

Mensalão, o livro: mais uma resenha.

Segue a resenha do meu livro "Mensalão. O julgamento do maior caso de corrupção da história política brasileira" (editora LeYa):


Mensalão já é história

Livro de Marco Antonio Villa e teses de doutorado e mestrado abordam maior escândalo da política brasileira. Análises de discurso e estudos documentais dominam metodologias para entender a compra do Legislativo pelo Executivo

Welliton Carlos
Diário da manhã


Ao longo de sua história política, o Brasil protagonizou diversos casos de corrupção que se tornaram públicos. Geralmente, os escândalos midiatizados ganham maior relevância do que aqueles feitos às escondidas ou contados apenas nos bastidores. Daí, que graças ao jornalismo político descobrimos os fatos mais intestinos da administração pública brasileira. Foi assim com o escândalo da mandioca, o episódio Luftfalla (empresa da esposa de Paulo Maluf), dos anões do orçamento, do caso Collor, dentre vários outros.
O livro Mensalão (Editora Leya), escrito pelo historiador Marco Antonio Villa, é um importante documento sobre “o julgamento do maior caso de corrupção da história da política brasileira”, que traz algumas das influências da escrita e ética jornalística. Tenta-se narrar como história, inclusive catalogando documentos, porém sobressai a força opinativa do jornalismo e a verve da indignação pública - típica da reflexão da imprensa como esfera pública.  
Do ponto de vista documental, além do jornalismo, é a reação mais rápida da sociedade civil a um episódio de roubo do Estado.  E Villa não é um historiador qualquer, mas autor, dentre outros livros, de História Geral (Editora Moderna), uma coleção adotada nas escolas brasileiras. Em breve crianças e adolescentes terão ao lado do Dia do Fico, da Inconfidência Mineira e Guerra de Canudos as histórias que envolvem os seguidores de Lula. 
Com uma capa carnavalesca, em que os personagens e criminosos se encontram com o Brasil (simbolizado por uma bela mulher de curvas estonteantes), a obra de Villa chega para se transformar em importante retrato do período que hoje vivenciamos. Não se trata, evidentemente, de história, pois o calor das emoções contamina o ofício de Villa.  Todavia mostra a profundidade do escândalo político que mais fez vidrar a mídia e pode ser material de consulta para pesquisas futuras em ciência social, linguística, comunicação, direito e ciência política.
Ação Penal 470 catalisou os olhares do país, tornando o processo do Supremo Tribunal Federal (STF) em um imenso circo político, ideal para ávidos espectadores interessados no calvário de petistas como José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino.  A introdução já mostra o calor com que foi escrito: “Este livro conta a história de uma tentativa - fracassada - de tomada do Estado. Um verdadeiro assalto. Foi um dos momentos mais difíceis da história republicana.”
Villa tenta explicar ao leitor o que foi o mensalão - a compra de decisões políticas e parlamentares para agradar o ex-presidente Lula e seu grupo político.  O fato marcou profundamente o Partido dos Trabalhadores (PT), que operou o esquema e se envolveu até a medula no caso mais grave de agressão política à independência dos três poderes. Tanto é fato que ocorreu uma debandada de lideranças petistas do antes moralista PT. O grupo preferiu se alojar em siglas menores ou mesmo criar outro partido a ficar dentro da agremiação manchada pela acusação de prática de crimes e ilícitos administrativos.
Em 2005, diz Villa, Lula chegou a se pronunciar pela televisão contra os mensaleiros. Ele pediu desculpas pela ação dos dirigentes partidários. Não se sabe se a oposição foi irresponsável ou negligente, mas não se abriu nenhum processo para apurar um suposto crime cometido por Lula. “Abrir um processo para apurar o crime de responsabilidade colocaria o País em risco. Estranha argumentação, mas serviu para justificar a inépcia oposicionista, a falta de brio republicano e uma irresponsabilidade que só a história poderá revelar”, opina Marco Antonio Villa.
Livro do historiador está focado exclusivamente no julgamento. Daí que seja, de fato, mais fácil apresentar um texto opinativo.  Afinal, dentro do contexto histórico, decisões do STF são verdades imutáveis, tamanha a força cogente das deliberações colegiadas. O livro é dividido em O assalto, O processo,  Dias de fúria,  Os ricos também choram, Os marginais do poder,  Os condenados, dentre outros subtítulos.     
No entanto, onde Villa mais se satisfaz é na apresentação, quando externa sua opinião e de outros, como o magistrado do STF, o ministro Celso de Mello - cuja conduta é inabalável frente a brilhante carreira que tem no Supremo.   “O ápice das manobras de coação da Corte foram as reuniões de Lula com ministros ou prepostos de ministros. Se o Brasil fosse um país politicamente sério, o ex-presidente teria sido processado”, argumenta Villa, recordando o episódio em que Lula teria constrangido o ministro Gilmar Mendes a decidir de forma favorável aos mensaleiros.  
Em outro trecho, o pesquisador cita frase de Celso de Mello durante o julgamento: “O ministro Celso de Mello, decano do STF, foi muito feliz quando considerou os mensaleiros marginais do poder. São marginais do poder, sim. Como disse o mesmo ministro, “estamos tratando de macrodelinquência governamental, da utilização abusiva e criminosa do aparato governamental ou do aparato partidário por seus próprios dirigentes”. E foi completado pelo presidente Ayres Britto, que definiu a ação do PT como “um projeto de poder quadrienalmente quadruplicado. Projeto de poder de continuísmo seco, raso. Golpe, portanto”. “Foram palavras duras, mas precisas”, narra Villa.



Debatendo história e política no Brasil.

Segue link da minha exposição feita em Belo Horizonte tratando da política brasileira e de suas relações com a nossa história: http://www.youtube.com/watch?v=0LdUBeuywJo

Entre Aspas.

Segue link do programa de ontem: http://globotv.globo.com/globo-news/entre-aspas/t/todos-os-videos/v/especialistas-debatem-desafios-da-politica-brasileira/2366363/

Hoje às 12 e 30 e às  17 e 30 horas o programa será reprisado na Globo News.

A piada do dia.

Deu no "Valor":

''Meu mandato é de 8 anos", afirma Dilma a interlocutor


Entre Aspas

Hoje estarei participando do programa "Entre Aspas" da Globo News às 23 horas que irá tratar das eleições das mesas diretoras do Congresso Nacional e da atual situação política.

Lula e Rosemary: o vídeo do "desabafo"

Mais de 30 mil acessos para o vídeo onde comento as "relações" entre Lula e Rosemary. Segue o link: http://www.youtube.com/watch?v=oFxFjzKjS9Y

A (triste) piada do dia.

Da "Folha de S. Paulo":


Ceará desembolsa R$ 650 mil para Ivete inaugurar hospital
Contratação da cantora pelo governo do Estado é contestada pelo Ministério Público
Unidade fica em Sobral, reduto do governador Cid Gomes (PSB), para quem o povo também precisa de diversão

Lula: um cidadão acima de qualquer suspeita.

Publiquei hoje n'O Globo:


Um cidadão acima de qualquer suspeita

  • São abundantes os indícios que ligam Lula a um conjunto de escândalos. O que está faltando é o passo inicial que tem de ser dado pelo Ministério Público: a investigação das denúncias



Luís Inácio Lula da Silva se considera um cidadão acima de qualquer suspeita. Mais ainda: acha que paira sobre as leis e a Constituição. Presume que pode fazer qualquer ato, sem ter que responder por suas consequências. Simula ignorar as graves acusações que pesam sobre sua longa passagem pela Presidência da República. Não gosta de perguntas que considera incômodas. Conhecedor da política brasileira, sabe que os limites do poder são muito elásticos. E espera que logo tudo caia no esquecimento.
Como um moderno Pedro Malasartes vai se desviando dos escândalos. Finge ser vítima dos seus opositores e, como um sujeito safo, nas sábias palavras do ministro Marco Aurélio, ignora as gravíssimas acusações de corrupção que pesam sobre o seu governo e que teriam contado, algumas delas, com seu envolvimento direto. Exigindo impunidade para seus atos, o ex-presidente ainda ameaça aqueles que apontam seus desvios éticos e as improbidades administrativas. Não faltam acólitos para secundá-lo. Afinal, a burra governamental parece infinita e sem qualquer controle.
Indiferente às turbulências, como numa comédia pastelão, Lula continua representando o papel de guia genial dos povos. Recentemente, teve a desfaçatez de ditar publicamente ordens ao prefeito paulistano Fernando Haddad, que considerou a humilhação, por incrível que pareça, uma homenagem.
Contudo, um espectro passou a rondar os dias e noites de Luís Inácio Lula da Silva, o espectro da justiça. Quem confundiu impunidade com licença eterna para cometer atos ilícitos, está, agora, numa sinuca de bico. O vazamento do depoimento de Marcos Valério – sentenciado no processo do mensalão a 40 anos de prisão - e as denúncias que pesam sobre a ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, deixam Lula contra a parede. O figurino de presidente que nada sabe, o Forrest Gump tupiniquim, está desgastado.
No processo do mensalão Lula representou o papel do traído, que desconhecia tratativas realizadas inclusive no Palácio do Planalto – o relator Joaquim Barbosa chamou de "reuniões clandestinas" -; do mesmo modo, nada viu de estranho quando, em 2002, o então Partido Liberal foi comprado por 10 milhões, em uma reunião que contou com sua presença. Não percebeu a relação entre o favorecimento na concessão para efetuar operações de crédito consignado ao BMG, a posterior venda da carteira para a Caixa Econômica Federal e o lucro milionário obtido pelo banco. Também pressionou de todas as formas, para que, em abril de 2006, não constasse do relatório final da CPMI dos Correios, as nebulosas relações do seu filho, Fábio Luís da Silva, conhecido como Lulinha, e uma empresa de telefonia.
No ano passado, ameaçou o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Fez chantagem. Foi repelido. Temia o resultado do julgamento do mensalão, pois sabia de tudo. Tinha sido, não custa lembrar, o grande favorecido pelo esquema de assalto ao poder, verdadeira tentativa de golpe de Estado. A resposta dos ministros do STF foi efetuar um julgamento limpo, transparente, e a condenação do núcleo político do esquema do mensalão, inclusive do chefe da quadrilha – denominação dada pelo procurador-geral da República Roberto Gurgel – sentenciado também por corrupção ativa, o ex-ministro (e todo poderoso) José Dirceu, a 10 anos e 10 meses de prisão. Para meio entendedor, meia palavra basta.
As últimas denúncias reforçam seu desprezo pelo respeito as leis. Uma delas demonstra como sempre agiu. Nomeou Rosemary Noronha para um cargo de responsabilidade. Como é sabido, não havia nenhum interesse público na designação. Segundo revelações divulgadas na imprensa, desde 1993 tinham um "relacionamento íntimo" (para os simples mortais a denominação é bem distinta). Levou-a a mais de duas dúzias de viagens internacionais – algumas vezes de forma clandestina - , sem que ela tenha tido qualquer atribuição administrativa. Nem vale a pena revelar os detalhes sórdidos descritos por aqueles que acompanharam estas viagens. Tudo foi pago pelo contribuinte. E a decoração stalinista do escritório da presidência em São Paulo? Também foi efetuada com recursos públicos. E, principalmente, as ações criminosas dos nomeados por Lula - para agradar Rosemary – que produziram prejuízos ao Erário, além de outros danos? Ele não é o principal responsável? Afinal, ao menos, não perguntou as razões para tais nomeações?
Se isto é motivo de júbilo, ele pode se orgulhar de ter sido o primeiro presidente que, sem nenhum pudor, misturou assuntos pessoais com os negócios de Estado em escala nunca vista no Brasil. E o mais grave é que ele está ofendido com as revelações (parte delas, registre-se: e os 120 telefonemas trocados entre ele e Rosemary?). Lula sequer veio a público para apresentar alguma justificativa. Como se nós, os cidadãos que pagamos com os impostos todas as mazelas realizadas pelo ex-presidente, fossemos uns intrusos e ingratos, por estarmos "invadindo a sua vida pessoal."
Hoje, são abundantes os indícios que ligam Lula a um conjunto de escândalos. O que está faltando é o passo inicial que tem de ser dado pelo Ministério Público Federal: a investigação das denúncias, cumprindo sua atribuição constitucional. Ex-presidente, é bom que se registre, não tem prerrogativa de estar acima da lei. Em um Estado Democrático de Direito ninguém tem este privilégio, obviamente. Portanto, a palavra agora está com o Ministério Público Federal.
Marco Antonio Villa é historiador e professor da Universidade Federal de São Carlos

O segundo governo Obama

Link do Jornal das Dez (da GloboNews) da entrevista tratando dos desafios de Barack Obama para o segundo mandato (2013-2017): http://globotv.globo.com/globo-news/jornal-das-dez/t/todos-os-videos/v/em-segundo-mandato-combate-a-terrorismo-se-mantem-como-desafio-de-obama/2359419/

A boa notícia. do dia.

Deu n'O Globo:


Ex-presidente Lula é eleito a personalidade mais corrupta de 2012

  • ‘Algemas de Ouro’ também premiou o senador cassado Demóstenes Torres e o governador Sérgio Cabral
  • Eleição foi marcada por fraude eletrônica na votação
  • Perfis falsos no Facebook direcionaram 38% dos votos para candidatos ligados a PSDB e DEM


Corrupção no Congresso.

Do site de Veja:


Corrupção

O Congresso foi pego de calças curtas - e não está nem aí

Impera na instituição a leniência com os "pequenos desvios" - que na maioria das vezes não são nem pequenos, nem desvios, mas a mais pura ilegalidade

Gabriel Castro e Laryssa Borges, de Brasília
Corria o ano de 1949. Com pose de estátua de bronze, o deputado Edmundo Barreto Pinto exibia seus dotes em um ensaio fotográfico na revista O Cruzeiro. Após a garantia de que seriam registradas somente imagens da cintura para cima, o parlamentar se livrou das calças para amenizar o calor. Publicadas com destaque na edição seguinte da revista, as cenas ridículas com as roupas de baixo expostas foram suficientes para que ele se tornasse o primeiro parlamentar a ter o mandato cassado pelo Congresso Nacional. Motivo: quebra do decoro parlamentar.
Não que Barreto Pinto, um dos suplentes de Getúlio Vargas, fosse exatamente um bastião da ética – a própria reportagem que acompanha a foto do congressista revela o esconderijo do cofre do parlamentar: “Os ladrões que lerem esta reportagem não devem se esquecer: é o quarto escritório, o primeiro à esquerda de quem vai”.
O Cruzeiro/Reprodução
Deputado Edmundo Barreto Pinto
Deputado Edmundo Barreto Pinto
Passados mais de 60 anos, a punição imposta a Barreto Pinto soaria como uma enorme injustiça entre seus pares. A exemplo do deputado varguista, o próprio senador Eduardo Suplicy, que costuma ser apontado como um dos poucos políticos que ainda defendem a ética dentro do PT, desfilou com uma cueca do Super-Homem pelos corredores do Congresso.
O fato é que ao longo das últimas décadas, arraigou-se no Legislativo brasileiro a malfadada tolerância aos deslizes éticos, aos conchavos políticos e à cultura dos "pequenos desvios". Esses desvios, aliás, quase sempre são mais que moralmente condenáveis: eles infringem regras escritas em portarias, regimentos, leis. Não são meras infrações dos bons costumes - são algo  pior do que isso.
Durante o histórico julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), resumiu a questão em um célebre voto: "No estado de direito, o ilícito há de ser processado, verificado e, se comprovado, punido porque estamos vivemos um estado que foi duramente conquistado". Na ocasião, ela criticava a tentativa dos advogados dos réus de minimizar os crimes cometidos com a tese de que o esquema implicava "apenas" o caixa dois eleitoral. "Acho estranho e muito, muito grave que alguém diga com toda a tranquilidade: ‘Ora, houve caixa dois’. Caixa dois é crime, caixa dois é uma agressão à sociedade brasileira. Caixa dois compromete. Mesmo que tivesse sido isso ou só isso, isso não é só, isso não é pouco. Fica parecendo que ilícito no Brasil pode ser praticado, confessado e tudo bem. Não está tudo bem. Tudo bem está um país com estado de direito em que todo mundo cumpre a lei", afirmou Cármen Lúcia.
Às vésperas da eleição das novas mesas diretoras da Câmara e do Senado, o Congresso hoje dá novas demonstrações do seu definhamento moral - e, para usar as palavras da ministra Cármem Lúcia, do seu desprezo ao estado de direito. São favoritos à presidência das Casas o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), dois velhos próceres do fisiologismo e da conveniência política. Ambos são filiados ao PMDB.
Conforme revelou VEJA, Henrique Alves tinha o costume de destinar sua verba indenizatória a uma empresa-fantasma: a Global Transportes, que não funciona na sede declarada e não possui patrimônio. O jornal Folha de S. Paulo também mostrou que emendas parlamentares do peemedebista favoreceram a construtora de um ex-assessor. Os fatos forçaram o deputado a dar explicações, mas não devem sequer ameaçar a candidatura dele ao cargo máximo da Casa. Mesmo o oposicionista PSDB manteve o apoio ao parlamentar após a revelação de irregularidades. Ninguém pretende levar o caso ao Conselho de Ética.
A tolerância com pequenos e médios atos de corrupção se tornou uma prática na Câmara. O último parlamentar cassado pela Casa foi Pedro Corrêa (PP-PE), em 2006, ainda na esteira do escândalo do mensalão. De lá para cá, não faltaram escândalos, mas a benevolência dos deputados com os colegas atingiu níveis cada vez maiores. No total, 86 processos de cassação de mandato chegaram  ao Conselho de Ética, grande parte referente ao escândalo dos sanguessugas. A maioria foi arquivada ali mesmo.
Uma exceção foi o processo contra Jaqueline Roriz (PMN-DF), em 2011. Mas o final da história, entretanto, é parecido: o Conselho de Ética aprovou o pedido de cassação, mas o plenário, que dá a palavra final, salvou o mandato da deputada em votação secreta. Em tempo: Jaqueline havia sido filmada recebendo dinheiro de Durval Barbosa, o operador do mensalão do DEM em Brasília. No plenário, minutos antes da possível degola, a filha do ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz, outro velho conhecido quando o assunto é corrupção, sacou argumentos melodramáticos, como a hemofilia do seu filho. Resultado: engrossou a lista dos impunes.
Há três anos, a Câmara passou por mais uma das incontáveis humilhações ao manter impune o deputado Paulo Roberto (PTB-RS), que, em uma inacreditável sequência de traquinagens, comercializou passagens aéreas pagas pela Câmara e nomeou funcionários-fantasmas em seu gabinete. Depois de várias manobras para atrasar a votação do relatório contra si no Conselho de Ética, o parlamentar viu seu processo ser arquivado com o fim da legislatura, em dezembro de 2010.
Sanguessugas - Em 2006, o Congresso mal havia se recuperado do mensalão quando houve o estouro da máfia dos sanguessugas, que reunia dezenas de congressistas envolvidos com um esquema de venda de emendas parlamentares. O colegiado que deveria zelar pela ética e o decoro dos deputados abriu impressionantes 69 processos. A maioria não chegou sequer a ser analisada, já que os mandatos dos congressistas terminariam no ano seguinte. O saldo foi o mesmo de sempre: ninguém foi cassado. Nesse caso, o plenário nem ao menos pode se pronunciar. Faltava tempo e sobravam acordos espúrios para o salvamento coletivo. As eleições de 2006 paralisaram a Câmara no segundo semestre e, com a troca de legislatura, todos os acusados escaparam. Alguns, como Nilton Capixaba (PTB-RO), se reelegeram nas urnas e continuam na ativa.
A contabilidade do Conselho de Ética é parcial: são muitos os casos em que a denúncia nem mesmo chega a ser investigada. Como os recentes deslizes de Henrique Eduardo Alves.

Senado -
  No Senado, o histórico de leniência é semelhante ao da Câmara. Atropelado por denúncias que lhe custaram a cadeira de presidente do Senado em 2007, Renan Calheiros reassumirá o comando da Casa no início de fevereiro. Nesses cinco anos, o Senado foi protagonizou uma profusão de escândalos: dos atos secretos assinados por José Sarney (PMDB-AP) a irregularidades administrativas.
A Casa até tirou o mandato de Demóstenes Torres devido à ligação do parlamentar com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Mas o episódio comprovou a tese de que só os parlamentares flagrados em horas de gravações comprometedoras pela Polícia Federal têm alguma chance de perder o mandato.
O juiz eleitoral Marlon Reis, um dos coordenadores do movimento que motivou a criação da Lei da Ficha Limpa, diz que as instituições que deveriam combater a corrupção nem sempre têm capacidade operacional para punir todas as autoridades que cometem irregularidades - o que pode ajudar a impunidade em casos aparentemente menos escandalosos. A saída é separar o que é mais relevante: "As instituições têm limites que geram essa priorização. É mais útil levar adiante os casos de mais impacto, ou aqueles em que as provas estão mais evidentes", diz ele. No caso do Congresso, destaca Marlon, a explicação é outra: "A cultura no âmbito parlamentar é de leniência".

O fato de a política brasileira ser profícua em produzir grandes casos de corrupção, aliás, também dá força à tese de parlamentares de que a maior parte dos escândalos não passam de irregularidades menores. Como punir alguém que aplica verba de gabinete em empresas-fantasmas ao mesmo tempo em que quatro mensaleiros condenados pela mais alta corte do país exercem o mandato sem ser incomodados? "O padrão caiu tanto que agora nem crime mais conta como quebra de decoro", diz o cientista político da Universidade de Brasília, Ricardo Caldas, em referência à posse de José Genoino (PT-SP), já depois de condenado, na Câmara dos Deputados.

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) diz que, para os oposicionistas, a maioria avassaladora da base governista é um empecilho. "Nós nunca tivemos uma oposição tão limitada numericamente quanto agora. Isso provoca um certo desestímulo no enfrentamento", reconhece o tucano.
O historiador Marco Antonio Villa, professor da Universidade Federal de São Carlos, diz que os conchavos tiram a força da oposição: "Eles acham mais importante fazer parte da Mesa Diretora, em um cargo sem nenhuma importância, do que exercer sua função republicana de denunciar as mazelas. Não há uma força política no interior do Congresso Nacional que consiga causar algum desconforto a essa maioria que está envolvida em atos de corrupção", diz ele.
Ricardo Caldas diz que a situação sempre foi ruim, mas piorou recentemente. "O cargo é considerado como uma posse, a pessoa se faz dona do cargo. Tem que haver uma mudança cultural, não falta legislação", diz ele. Já o senador Pedro Simon ainda demonstra certo otimismo e afirma que as novas denúncias envolvendo Henrique Eduardo Alves e Renan Calheiros não condizem com o momento que o país vive:  "É algo que não tem lógica, ainda mais em uma hora como essa. O Brasil vive um momento diferente, da Ficha Limpa, resultado de modificações importantes nos resultados das eleições, e do mensalão, que condenou deputados", diz ele.
 
Mais de 60 anos depois, se o deputado Edmundo Barreto Pinto enfrentasse um processo, seguramente não precisaria se preocupar com o risco de perder o mandato. Coisas piores passam impunes. 

A piada do dia.

Saiu n'O Globo:


POLÍTICA

No Piauí, Dilma diz que erradicará a pobreza extrema no país até 2014

A piada do dia.

Deu n'O Globo:

Cabral aprova lei da moral e dos bons costumes.

O silêncio (até quando?) de Lula.

O guia de São Bernardo continua silencioso.

Até quando?

Deu na "Época":


Contador de Carlinhos Cachoeira se entrega à PF

Geovani Pereira foi condenado a 13 anos de prisão por controlar os pagamentos de propina do grupo de Cachoeira. Ele estava foragido desde fevereiro de 2012.



Deu algum depoimento? Falou algo? Por que o tema caiu tão cedo no esquecimento?

A (triste) piada do dia (2)

Mais uma da Justiça. Saiu n'O Globo:


TRE-RJ pagou R$ 25 milhões a 111 servidores em dezembro

  • Valor se refere a passivos de ‘vantagens eventuais’ extintas há 11 anos
  • Somente um servidor recebeu em seu contracheque, em parcela única, o montante de R$ 398.789,58


A (triste) piada do dia.

Do Estadão:


Tribunal de Justiça de SP tem 323 carros parados há três meses

Frota ‘a serviço do Poder Judiciário’ está ao relento; segundo Tribunal de Justiça, falta de documentação dos veículos impede utilização

Uma boa notícia.....

Deu n'O Globo:


Juventude do PT organiza jantar para arrecadar fundos e pagar multa de mensaleiros

  • Evento, que acontece nesta quinta-feira, em Brasília, tem convites a R$ 1 mil




Continua em silêncio

Deu no site do Estadão:


Nessa manhã, Haddad se reuniu por 1 hora e 20 minutos com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante a conversa, Lula aconselhou Haddad e seus secretários a aproximar o seu governo da população (através da prestação de contas e do aumento da participação popular no governo) e buscar parcerias com os governos federal e estadual. Citando o exemplo bem sucedido da administração do Rio de Janeiro, Lula disse a Haddad que é importante construir projetos em conjunto com o governo estadual, uma vez que há interesses em comum em jogo e que "o entendimento local é fundamental" para o êxito das administrações. "Ele insistiu para que levássemos também muito em consideração o governo do Estado, fazendo referência ao governo do Rio", relatou o prefeito.
Ainda de acordo com Haddad, Lula falou da atual realidade econômica brasileira a qual, segundo Haddad, "não é a mesma de 10, 15 anos atrás". Lula teria destacado também o amadurecimento da política nos últimos anos, onde "os interesses da população estão acima da questão partidária". Haddad disse aos jornalistas que Lula está muito animado para a retomada de sua agenda após o período de férias em Angra dos Reis.
Mas falar com os jornalistas.................

Até quando?

Até quando Lula vai fugir da imprensa? E o Ministério Público Federal vai, ao menos, pedir a abertura de uma investigação?

Onde está? (2)

E Delúbio Soares? Sumiu? Não tem nada a dizer?

Onde está?

Rosemary Noronha sumiu. Acredita que vai se livrar das graves acusações. Bobagem. Mas onde ela está? Ninguém sabe? Vai dar alguma entrevista?

Por que será?

Deu no Estadão:


Gabrielli fala de tudo, menos Petrobrás


De olho no eleitorado baiano, o presidente que mais durou à frente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, evita citar a empresa em seu programa semanal de rádio, transmitido em toda a Bahia desde maio do ano passado.

A (triste) piada do dia

Deu no Estadão:


TSE gasta R$ 3,8 mi em hora extra em um mês e paga a servidor até R$ 64 mil

Levantamento dos ganhos de 567 funcionários da Justiça Eleitoral em novembro aponta valores que superam até os salários dos ministros

Mais corrupção petista.

Vale a pena ler a matéria da Época: http://revistaepoca.globo.com/Brasil/noticia/2013/01/um-pires-de-r-46-milhoes.html. O dirigente petista é acusado de desviar 4,6 milhões de reais.

Mensalão, o livro

Fui perguntado sobre a edição eletrônica do meu livro "Mensalão: o julgamento do maior caso de corrupção da história política brasileira" (LeYa). Segue link da Amazon: http://www.amazon.com.br/Mensal%C3%A3o-ebook/dp/B00AW8XBTW/ref=sr_1_1?s=digital-text&ie=UTF8&qid=1357987245&sr=1-1

A boa notícia do dia

Saiu no Estadão.

Ah, se a moda pega.....


Ciro Gomes se afasta da política e estreia como comentarista esportivo

A piada do dia

Do blog do sentenciado José Dirceu:

As declarações do procurador-geral da República deixam claro, mais uma vez, que nunca houve provas contra mim na Ação Penal 470, julgada pelo Supremo Tribunal Federal. Ele confessa que não tinha provas e que se apoiou na farsa de supostos telefonemas e reuniões-relâmpago. No entanto, meus sigilos fiscal, bancário e telefônico foram quebrados – e nada foi encontrado. O procurador-geral não apresentou nem sequer uma testemunha ou prova de qualquer reunião...

A entrevista de Roberto Gurgel.

Selecionei seis trechos (e nomeei em tópicos) que considerei mais relevante da importante entrevista concedida à Folha de S. Paulo pelo Procurador-Geral da República Roberto Gurgel.

1. Sobre a efetividade do julgamento do mensalão:


E agora, a efetividade do julgamento corre risco?
Meu temor é assistir cenas como as recentes fotos do [empresário Carlinhos Cachoeira, condenado em primeira instância mas em liberdade] no resort. Isso demonstra a falta de efetividade da Justiça. Essa é a preocupação que o Ministério Público tem. Nosso sistema processual é muito generoso e muito propício a certas manobras da defesa. Temos ainda que aguardar a publicação do acórdão. Não tenho dúvida de que tentarão ainda a tese do cabimento dos embargos infringentes e começam então os embargos declaratórios. Em princípio, todos os réus que desejassem propor esses embargos, deveriam fazer numa mesma oportunidade, após a publicação do acórdão. Mas ao meu ver, dificilmente deixaremos de ter embargos sucessivos. Ou seja, num primeiro momento, alguns réus opõem os embargos, ai vem uma primeira decisão. Então, novos embargos são opostos por outros réus e adiante por outros e outros. Num número elevado de réus condenados, é muito fácil que o manejo dos embargos declaratórios pela defesa possa levar a um adiamento a meu ver bem prolongado da execução do julgado do Supremo.
De quanto?
É difícil fixar um prazo. Alguns falavam em maio. Mas eu acho que é muito fácil um ano aí pela frente. Agora, é muito difícil prever e eu adorarei estar enganado. Mas vai exigir um esforço ainda maior do Supremo de conseguir julgar num prazo curto. Não tenho dúvida que o Supremo também está muito preocupado em dar efetividade à decisão.

2. Sobre o "réu oculto":

Se ele (Marcos Valério) tivesse dito isso lá no inicio daria para colocar o presidente Lula na denúncia?
Teria que aprofundar a investigação em relação a isso. Ele aponta apenas isso: que alguns dos empréstimos feitos teriam, além daquelas finalidades indicadas na denúncia, a finalidade de pagamento do que ele chama de, salvo engano, despesas pessoais do presidente da República.
Mas agora da para dizer que o presidente Lula é investigado?
Ele ainda não é investigado. Eu despachei no mesmo dia que, considerando o estágio em que se encontrava a Ação Penal 470, com o julgamento já iniciado, não é possível utilizar qualquer elemento porque estava encerrada a instrução criminal. E para evitar qualquer tipo de embaraço ao julgamento eu determinei que ficassem aqui sobrestados [suspensos] esse procedimento, que contém o depoimento, e que isso seria examinado tão logo concluído o julgamento. Agora vamos passar para essa fase do exame. Uma coisa que já posso adiantar que hoje o presidente Lula não detém prerrogativa de foro então eventual exame de sua participação já não caberá ao procurador-geral da República, mas a um procurador da República de primeira instância.

3. O esquema do mensalão é muito maior (observação minha: no meu livro destaco o brilhante trabalho da CPMI dos Correios e manifesto estranheza pela ausência de uma série de possíveis réus na Ação Penal 470. Gurgel, creio, deu a razão desta exclusão):

A percepção indiscutível é que, quando a coisa é ampla demais, se você não impuser limites a essa investigação, você não vai chegar a lugar nenhum porque, na verdade, irá passar de um lugar a outro, e a outro, e a investigação não tem fim. E qual é o efeito disso? Ao final ninguém vai ser responsabilizado porque o Ministério Público fica impossibilitado até de oferecer uma denúncia. O Antonio Fernando, sem dúvida, percebeu que era algo muito grande, mas que era preciso limitar uma investigação para que se pudesse dar consequência a essa investigação. O que isso significou? Não tenho dúvida, e o relatório da CPI [dos Correios, que investigou o mensalão] dá bem uma ideia disso, de que os fatos que foram objetos da denúncia representam apenas uma parte desse esquema. Haveria muito mais, esse esquema seria ainda muito mais amplo, do que aquilo que constou na denúncia. Mas o que constou da denúncia foi o que foi possível provar, com elementos razoáveis, que poderiam dar base a uma denúncia. De nada adianta você ter fatos e fatos, dezenas deles, em relação aos quais você não consegue estabelecer uma prova minimamente consistente. A opção feita foi a seguinte: aquilo que em um determinado momento, que coincidia com o final dos trabalhos na CPI, tinha sido possível provar, ou pelo menos reunir indícios consistentes de prova, foi selecionado para dar base à denúncia.

4. O papel do sentenciado José Dirceu:

Mas como ele era ministro de Estado e esses fatos ocorreram na sua pasta ele necessariamente tem que ser responsabilizado. Isso é responsabilidade penal objetiva. É algo que o nosso direito não aceita, aliás nenhum direito aceita. A teoria do domínio do fato, por outro lado, ela é oposto disso: ela não prescinde da prova. Em relação ao José Dirceu o Ministério Público demonstrou a participação dele em reuniões, ou episódios como aquele que estavam lá [o ex-tesoureiro do PT] Delúbio Soares, [o ex-secretário geral do PT] Sílvio Pereira e fazia-se um determinado acerto com algum partido e dizia-se: 'Mas quem tem que bater o martelo é o José Dirceu'. Aí, ou ele dava uma entrada rápida na sala ou dava um telefonema para ele e ele então dizia: 'Está OK, pode fechar o acordo'. Então veja que, na verdade, nós reunimos toda uma série de elementos de prova que apontavam para a participação efetiva dele. Agora, claro, não é aquela prova direta. Em nenhum momento nós apresentamos, nem poderíamos fazer, ele passando recibo sobre uma determinada quantia ou ter uma ordem escrita dele para que tal pagamento fosse feito ao partido 'X' com a finalidade de angariar apoio do governo. Nós apresentamos uma prova que evidenciava que ele estava, sim, no topo dessa organização criminosa. Aí vem a teoria do domínio do fato para dizer que, como essas provas indicam que ele se encontrava numa posição de liderança nesse sistema criminoso então é possível, sim, responsabilizá-lo a despeito da inexistência da prova direta. Prova havia bastante desse envolvimento dele. Mas não é aquela prova direta que só existe em relação aos executores do crime e não aquela que lidera a organização criminosa.

5. E Lula?

Responsabilizar pessoas que naquele momento, e até hoje, são extremamente poderosas é sempre muito difícil. Por isso o que se quis desde o início foi oferecer uma denúncia fundamentada em provas. O Ministério público não quis empreender uma aventura porque sabia que, mesmo solidamente amparada em provas, seria uma denuncia de viabilidade difícil. Era uma das primeiras vezes que se responsabilizava [não só] uma pessoa, mas todo um grupo que era o grupo que dominava o partido do governo. Mas naquele momento não houve elementos suficientes para isso. Para oferecer uma denúncia contra aquelas pessoas já se teve que reunir [provas] com muita dificuldade, pelas características do crime, consistentemente. Em relação ao presidente precisaria ter a prova mais que robusta porque seria uma irresponsabilidade denunciar um presidente da República.

6. Melar o julgamento:

Então vieram aqui o advogado [Marcelo Leonardo] e o próprio Marcos Valério nesta sala. Chegaram aqui e duas coisas eram evidentes na minha visão: o que se pretendia naquele momento que, segundo ele, influiria decisivamente nos rumos da Ação Penal 470. E em razão desse depoimento, ele esperava receber benefícios por essa colaboração, como a redução de penas. O que eu percebi claramente era que se nós fossemos admitir qualquer tipo de elemento de prova adicional em relação à Ação Penal 470 teriamos que anular aquele início de julgamento e reabrir a instrução criminal. Esquecer aquele pedaço que já havia acontecido para que nós pudéssemos oferecer essas novas provas resultantes desse depoimento dele e, claro, com a defesa se manifestando sobre isso. Aquilo significava, em português claríssimo, melar o julgamento. Eles queriam melar o julgamento. Naquele momento eu vi essa tentativa não como dele, mas como uma tentativa que favoreceria todo mundo, todos os denunciados seriam favorecidos por um adiamento do julgamento, sei lá para quando. Então, a primeira coisa que disse ele foi que nada, absolutamente nada, nesse depoimento que ele se dispunha a prestar, seria utilizado na Ação Penal 470. E, em consequência, disse também a ele que nenhum beneficio ele teria em razão do depoimento. Essa [foi] a posição da Procuradoria, que não excluiria eventualmente o relator ou o tribunal achar que ele vinha demonstrando boa vontade. Entendia que ele tinha vindo prestar esse depoimento pensando nisso, nesse benefício. Na verdade, acho que ele pensava mais em embolar o julgamento. Então disse que ele ficasse inteiramente à vontade para desistir da ideia de prestar o depoimento. O advogado disse que eles estavam muito frustrados, já que imaginavam que pudesse ser usado na [Ação Penal] 470 e ter benefícios em razão disso.
Eu inclusive deixei os dois sozinhos e me retirei para que eles conversassem e depois de um tempo o doutor Marcelo [Leonardo, advogado de Valério] me chamou e eu voltei. Ele disse: 'Gostaria que o Marcos Valério, na sua frente, dissesse, nessas condições que o senhor expôs, se ele persiste com o depoimento'. Ele então disse: 'Persisto'. Nessas condições eu determinei que ele fosse ouvido por uma subprocuradora-geral e por uma procuradora regional da República desde o início nessa ação. O depoimento dele é hoje, em grande parte, de conhecimento público porque não é a primeira vez que ele vem aqui, pede o sigilo absoluto, que foi garantido pelo Ministério Público, absolutamente ninguém teve acesso a esse depoimento, mas eu acho que grande parte dele já foi divulgado. Ele dizia que se esse depoimento fosse divulgado ele não teria mais 24 horas de vida, tal a importância do que seria dito. Ele prestou um depoimento de duas horas e a primeira impressão das colegas que o ouviram é de que o depoimento trazia elementos novos, mas não tinha nada de bombástico. É um depoimento que não é longo, feito em duas horas, com aquela coisa que para e retoma. Ele, em primeiro lugar, robustece algumas teses do Ministério Público e em relação a todo esquema criminoso. Reforça a participação daquelas pessoas do núcleo politico nessas reuniões e há uma referência àqueles valores decorrentes de empréstimos que eram contraídos junto ao Banco Rural que eles teriam também a finalidade de pagar despesas do [ex-]presidente Lula. Em relação a isso ele menciona que haveria pagamentos feitos ao Freud Godoy [ex-assessor de Lula], que trabalhava na Presidência da República e tinha uma empresa de segurança.