Nada de novo.

Já escrevi que a campanha eleitoral, no Brasil, é muito longa. Provavelmente seja juntamente com a americana a mais extensa. Os EUA tem uma forma muito particular de fazer política. No caso brasileiro, a extensão da campanha acaba diluindo os temas, perdendo em substância e qualidade, o debate eleitoral.

Os candidatos ficam receosos de cometer deslizes. E quanto mais longa a campanha, maior a retranca, para usar uma metáfora futebolística. Ninguém quer arriscar. E a retranca é ruim para o processo eleitoral. O receio do candidato, nesta longa fase antes da propaganda gratuita, é em uma entrevista deixar escapar uma frase infeliz, um gesto considerado ofensivo.

Se a retranca acaba enfeiando o futebol, na política transforma a campanha numa coisa modorrenta, que vai se arrastando até 17 de agosto. quando começa o horário gratuito (nem tanto, pois neste ano deve custar 900 milhões de reais. valor da isenção fiscal para as empresas de rádio e televisão).

Uma saída seria diminuir o tempo de campanha, além da desincompatibilização ocorrer somente no momento que efetivamente começasse a campanha.

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    # por Paulo H C Alves - 12 de maio de 2010 às 16:47

    Grande Prof Villa.
    Além de longa as eleições ainda coincidem com a Copa do mundo. Nesses anos, os candidatos ainda tem q comentar a seleção!
    E os dois comentaram (pelo menos via twitter) a mesma coisa:
    -@dilmabr: "Torci pelo Ganso e pelo Neymar, sim, mas agora que a seleção foi anunciada, vamos apoiar, confiar e torcer pelo time do Dunga!!!"
    -@joseserra_: "Também torci pelo Neymar e pelo Ganso. Mas agora a torcida é pela seleção convocada. 'Força, Dunga!'".
    Não sei não, mas suponho que essa plataforma eleitoral lhe agrada...
    :-)
    Abraços