Falso brilhante
Ivan Lessa escreveu que a cada quinze anos, o Brasil esquece o que aconteceu nos últimos quinze anos. O caso do Irã e seu programa atômico é exemplar. Durante semanas foi dado um enorme destaque a Lula (sempre em primeiro lugar) e depois à diplomacia brasileira. Quando foi assinado o acordo, os analistas mais apressados comemoraram (claro que vinculando o suposto "êxito" com a campanha presidencial). As grandes potências levam o assunto mais à sério, sem o ritmo carnavalesco do Itamaraty. Pensam nos seus interesses nacionais (e não partidários). Continuam falando em sanções, como a Rússia e a China (estes dois países, que têm populações muçulmanas sabem do perigo de uma bomba iraniana e a possibilidade (eventual) de chegar aos grupos separatistas e anti-Moscou e Pequim).
Já escrevi que a diplomacia brasileira que ser um player mundial. Não consegue. Em um mundo dominado por Johns Waynes, o Itamaraty age como Oscarito. Não vai passar muito tempo e a "mediação" brasileira vai ser esquecida. Lula imagina que o mundo é uma mera reprodução do Brasil. Ledo engano. As grandes potências não cairam no engodo. O Irã já assinou e violou inúmeros acordos. Tudo indica que fará o mesmo. O "cara" fez papel de bobo.
Voltarei ao tema.
# por Anônimo - 19 de maio de 2010 às 13:24
Há pouco tempo, falava-se em diplomacia presidencial. Designava-se com tal termo as ações externas, todas consideradas bem sucedidas então. Bastaram alguns tropeços (Honduras, bases na Colômbia, Acordo de Itaipu, Refinaria na Bolívia etc.) e o termo sumiu. No caso do encontro no Irã, ele ameaçou voltar. Contudo, em torno de 24 horas depois, desapareceu por completo. Assumiu lugar de destaque, ataque às "potências ocidentais". Talvez numa clara pretensão retórica para agradar a China e a Rússia. Contudo, ao que parece, poupadas ou não, ambas parecem inclinadas a apoiar e não vetar a resolução de mais sanções ao Irã proposta pelos EUA. A diplomacia presidencial tende ao isolamento.
# por Ana Lúcia K. - 19 de maio de 2010 às 14:13
Lula confunde o papel de representante de uma Nação com o de caixeiro viajante, por ignorância ou esperteza. E o pior é que os cultos do Itamaraty corroboram suas ações com bajulações para aparecer no cenário internacional ou levar algum tipo de vantagem(diárias em US$ pode ser uma boa idéia. Diante do desastre e da palhaçada,o "Barão de Rio Branco" já perdeu até a cor!...Quem sabe, pode estar vermelho de vergonha ou roxo de raiva.
# por Mário - 19 de maio de 2010 às 16:46
Bobos mesmo são os brasileiros, adoradores de Lula, uma figura vil. Uma especialista em relações internacionais fez o comentário perfeito: "Em diplomacia não há ingenuidade, mas escolhas erradas".