Palanques estaduais
Pouca atenção está sendo dada aos palanques estaduais (pensando, claro, na eleição presidencial). A candidata oficial vai ter problemas maiores do que imaginava. Em Minas, o apoio do PT ao PMDB (exigência das direções nacionais dos dois partidos) facilitará a vida de Anastasia, o candidato de Aécio. O eleitorado do PT dificilmente engolirá Hélio Costa. Como não há uma terceira candidatura, abre caminho para o fortalecimento de Anastasia. Com isso cresce a candidatura de Serra no segundo maior colégio eleitoral do país.
Na Bahia. Geddel está crescendo. Terá um ótimo tempo na TV. Wagner é um aliado histórico (e pessoal) de Lula. Quando a campanha esquentar, quem Lula vai apoiar? Terá de escolher. Subir nos dois palanques não vai dar. Ao optar por Wagner, vai empurrar Geddel para o palanque de Serra. A Bahia é o maior colégio eleitoral do Nordeste. Esta região é a única que nas pesquisas Dilma obtém a liderança.
No Maranhão, o PT está sendo pressionado a apoiar Roseana Sarney. Não é simplesmente um apoio. Terá de romper a aliança com Flávio Dino, o candidato do PC do B. E mais: apoiar Roseana é romper com mais de duas décadas de oposição à famiglia Sarney e tudo o que isto significa. E Dino, vai continuar a apoiar Lula? E Jackson Lago?
Diversamente do que se imaginava no início do ano, a base governamental começa nos estados a rachar.
# por Newton Moratto - 5 de maio de 2010 às 19:24
Caro Villa:
"..apoiar Roseana é romper com mais de duas décadas de oposição à família Sarney"? Você entende que o PT não é aliado de Sarney? O PT anda de mãos dadas com o clã desde sempre. Quando parecia fazer oposição era tudo fingimento, conveniência, oportunismo.