Temas ausentes da campanha

O que deve faltar na campanha, infelizmente, é a discussão dos grandes temas nacionais. Neste momento, pior ainda. Quando a campanha esquentar, também ficaremos longe destes temas. A temperatura deve aumentar na base de acusações pessoais e dossiês (que devem estar prontos, esperando o momento certo para serem espalhados). Eventualmente, uma ou outra questão, deve ser discutida mas sempre passando meio de raspão no que é fundamental para o país na próxima década.

Um tema que envolve a Federação é o Distrito Federal. O que fazer? Deixar como está e ficarmos esperando um novo escândalo? Propor uma emenda constitucional alterando a estrutura do Distrito Federal? No auge do último escândalo apareceram boas propostas: 1. Separar Brasília das cidades-satélites; 2. Dar autonomia a estas últimas e nomear um prefeito para o Brasília; 3. Que as cidades-satélites fossem incorporadas pelo estado Goiás; 4. Acabar com a representação do DF no Senado; 5. Manter a Câmara Distrital. como Câmara Municipal.

O que será que os presidenciáveis pensam sobre esta questão? Voltaremos, até a eleição, a listar várias temas importantes e que são ignorados na campanha.

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    # por Rolando - 6 de maio de 2010 às 11:36

    A situação do Distrito Federal é realmente complicada. Primeiro pelo tamanho da UF. São 5 mil km2. O antigo estado da Guanabara tinha apenas 1,5 mil km2.

    Devolver as cidades-satélites ao estado de Goiás não parece justo com as pessoas que nelas habitam. Além de ter pouca identificação com o estado e cultura goianos (pois são migrantes ou descendentes vindos de outras regiões, em especial do Nordeste), a aglomeração dessas cidades gira em torno de Brasília. As próprias cidades do entorno, em Goiás, são vítimas de descaso por parte do governador do estado, até porque muitos votam no DF.

    Criar o estado do Planalto me parece a melhor opção. Porém, haveria de englobar o entorno goiano além de pelo menos 3 municípios limítrofes de Minas Gerais. No entanto, ao ver os gastos do estado de Tocantins, em recente coluna no blog do jornalista Fernando Rodrigues, fiquei com um pé atrás. Os gastos para montar a estrutura burocrática seriam gigantescos e provindos do dinheiro da União, ou seja, os brasileiros bancariam mais uma manada de elefantes brancos...

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    # por Ed Carlos Ferreira da Costa - 9 de maio de 2010 às 17:40

    Não sei se você conhece Brasília mas com menos de dois milhões de habitantes já possui um trânsito quase tão caótico quanto de SP com mais de doze milhões, o entorno é pior que o Jd.Angêla (antes do Alckmin melhorar minimamente a segurança publica), fora que no plano-piloto a molecada da elite apavora com as gangues e a pizza que é um lixo e se come com catchup a moda carioca custa TRINTA E CINCO PAUS!!!!!!!!!!
    Engraçado que você é a primeira pessoa séria que coloca o assunto em pauta para a eleição, o Brasil não se importou com o caso, imaginei que por Paraíba e Maranhão serem rincões passou batido a troca de governo, mas mesmo em Brasília ninguêm se importou(fora as cenas deprimentes de agressão aos estudantes).
    Nosso povo é anestesiado para questões morais relacionadas a política.

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    # por Unknown - 20 de agosto de 2010 às 00:47

    Opa, que estória é esta de incorporar as cidades-satélites a Goiás? Para começar, em tais cidades não moram goianos. São pessoas que não irão se vincular economicamente ou socialmente a Goiás. Continuarão trabalhando em Brasília, convivendo socialmente com Brasília. Se tal idéia "interessante" der certo, cassando a cidadania brasiliense das cidades-satélites, qual o próximo passo: obrigá-los a retornar para suas moradias logo após o trabalho, como na África do Sul. Qual o resultado: privilegiar ainda mais a turma "ilha da fantasia" do Plano Piloto. Como se "eles" (e a turma do "setor das mansões sul") não tivessem responsabilidade pelos descasos do DF.

    Se Goiás já tem de suportar o entorno, com demandas que não são suas, se tem de suportar o tratamento discriminatório que sofre do governo federal desde sempre (qual o grande projeto nacional que já foi executado algum dia em Goiás, com exceção da horrenda cidade dos burocratas sem alma, que a rigor só nos trouxe problemas)? Nos dias atuais, Brasília tenta competir com a economia goiana, e o faz em condições absolutamente desiguais, pois tem um tratamento privilegiado da União, que lhe paga todos os caprichos.

    Goiás não é lata de lixo. Só posso lamentar estas "propostas" cretinas, que nem sequer cogitam de perguntar a opinião dos goianos. Pobre Goiás, tão longe de Deus, tão perto de Brasília...