Estilo de campanha.

Serra, neste momento da campanha, está, em cada declaração, demarcando terreno. Parece uma espécie de ensaio para quando a campanha efetivamente começar. Até agora tem sempre tentando colocar Dilma nas cordas, mas ainda batendo de leve. Terá de escolher, dentro de um amplo leque de opções da sua agenda eleitoral, quais pontos criticar. Já falou do Banco Central, Mercosul, Bolívia, política de segurança. É pouco mas suficiente para o atual estágio da campanha.

Até agora, Dilma não levantou nenhum tema relevante. Evita a todo custo o debate. Repete a ladainha da continuidade. É mais cômodo e eficaz. Mas como no futebol, campanha é momento. Como a eleição é em outubro, Dilma terá de se colocar mais abertamente, sem ter o escudo da assessoria. O seu desafio começará quando os primeiros debates forem marcados. Não causará estranheza se a sua equipe colocar inúmeros obstáculos para a realização de cada encontro dos três candidatos. Cada debate será um tormento para Lula. Ele sabe das limitações da sua candidata.

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    # por Mário - 30 de maio de 2010 às 10:40

    Creio que a única chance de Serra nessas eleições é a comparação com Dilma nos debates. A diferença entre eles é gritante (a favor de Serra). Percebe-se a reserva da candidata do PT em relação aos debates. Recentemente, o formato da sabatina da CNI foi modificado por exigência de Dilma. Serra e Marina não fizeram objeções ao formato original, que permitia o debate entre os candidatos.

    Debates são fundamentais para que o eleitor conheça com clareza as propostas dos candidatos, mas não apenas isso. É nos debates que fica evidente a segurança e o conhecimento que cada candidato tem de temas diversos e relevantes. O problema é que, por conta das limitações de Dilma Rousseff, o PT insista em engessar os formatos dos debates, dificultando a comparação. Infelizmente, a maioria dos eleitores não atenta para o fato de que medo de debate, por si só, já é algo muito negativo para qualquer candidatura. Ainda não damos importância a essas coisas. Como reagiriam eleitores norte-americanos, franceses, ingleses ao saber que seu candidato foge de debates como o diabo da cruz? Penso que alguém sem preparo para debater sequer seria candidato nesses países.

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    # por Anônimo - 30 de maio de 2010 às 13:31

    A tática, ao que parece, será a de ir sim aos debates. Só que antes, pela rede e imprensa, criar um verdadeiro massacre contra os adversários. Isso para fazê-los chegar nos debates com muita coisa a responder, exigindo um grande esforço e desgaste na preparação. Pode-se aquilatar pela forma como estão reagindo ao tema tráfico de drogas, cocaína. Tentam tirar o foco da prblemática drogas/tráfico, para o lado da diplomacia. Além de tentarem colocar como preconceito contra Evo Morales (Bolívia) e proteção a Álvaro Uribe (Colômbia). E são várias as reverberações recentes na imprensa abordando muito mais a diplomacia do que o tráfico.

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    # por Fabiano - 30 de maio de 2010 às 20:05

    Debates não vencem eleição.
    Não me lembro de nenhum dabate desde o restabelecimento das eleições diretas que tiveram poder de mudar o quadro ,político, no máximo consolidou uma tendência.
    Nem o debate de 89 teve essa capacidade, como fato isolado ele pro sí não teria a força de mudar a tendência de crescimeto do Lula, foi uma conjuntura toda, pressão da imprensa, campanha suja e mentirosa e muito dinheiro que levou o Collor à vitória.

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    # por Barbarah - 31 de maio de 2010 às 17:11

    Professor,mais quatro anos de PT,ninguém merece!