Em busca dos votos

Ontem, primeiro de maio, Dilma e Serra percorreram caminhos opostos. Dilma esteve em São Paulo acompanhada de Lula nos atos públicos das centrais sindicais. Falar nestes atos, não vejo problema. A questão é que todas as manifestações foram pagas com dinheiro público, via patrocínio das empresas e bancos estatais. Dilma discursou e, como de hábito, não empolgou. Foi Lula que garantiu as manchetes, como sempre. Dilma buscou as centrais sindicais, que são aliadas férreas do governo (um post já tratou disso). Portanto, não foi em busca de ampliar seu leque de apoio. Os dirigentes estão com a candidata oficial porque não querem largar as boquinhas do FAT, do imposto sindical e de cargos no ministério do Trabalho. O público, como no ato da Força Sindical, estava lá por causa dos cantores e do sorteio dos prêmios. Não deu a mínima atenção ao seu discurso.

Serra foi a Santa Catarina em busca do voto dos evangélicos. Eleitorado que em 2002 e 2006 foi cortejado pelo PT. Ganhou pontos. Busca o apoio do PSC (é o tempo da TV, já comentado). Fez um discurso recheado de citações bíblicas, como seria de se esperar. A estratégia está correta. Para vencer uma eleição presidencial é condição indispensável ganhar estes votos, principalmente quando há uma candidata desta denominação (Marina) e um governo que cortejou os evangélicos.

Em resumo: Dilma seguiu o roteiro de Lula e buscou um território amigo. Serra, neste sentido, foi mais ousado. Foi lá buscando ampliar seu apoio.

  1. gravatar

    # por Cristiano Rodrigues - 2 de maio de 2010 às 23:52

    O que me chama mais atenção nas pesquisas é que nenhum analista ainda fez qualquer tipo de comentário sobre as abstenções. Ela fica historicamente entre 15-20%. Quem deixa de votar? Pobre? Rico? Classe Média? Região? Quem sofreria mais impacto? Qual o impacto desse fator nas pesquisas e consequentemente nas eleições?
    Se olharmos o 1ºturno de 2002 e 2006, Lula ficou na casa dos 47%. Sabemos que é impossível a transferência total do "Homem" para quem quer que seja. Supondo que em 3 cenários o teto mais otimista fica em 85%. A candidata Dilma chega no máximo a 40% no primeiro turno. A mais realista é uma transferência de 75%, nesse caso seu teto será de 36%. O resto terá que ser por sua conta e risco. Sinceramente hoje o que lemos dos jornalistas "isentos" é pura torcida. Análise mesmo...

  2. gravatar

    # por Anônimo - 5 de maio de 2010 às 14:38

    O brasil esta sendo maquiado pelo PAC, o MST quer a reforma agraria, a CUT reivindica aumento de salario, o judiciário esta em greve, os escândalos do governo federal não choca mais ninguém, uma nova crise esta se formando na Europa e a marolinha pode cruzar o atlântico, pelo jeito nosso presidente vai ter que usar sua influencia para chamar as meninas super poderosas Dilminha, Roseaninha e Martinha, para subir no palanque e discursar no dia do trabalho, Bla Bla Bla, não agüentamos mais escutar conversa fiada, o povo brasileiro esta ficando falido de tanto pagar impostos, até o bolsa família caiu na malha fina, só temos que ficar de olho no desastre ambiental no Estados Unidos como tudo é especulação, é bem capaz que aumentem o preço do combustível aqui no brasil, mais segundo o planalto, o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva já entrou em contato com o Capitão Planeta e seus protetores Hugo Chavés e o Fidel Castro para ajudar nosso amigo Barack Obama.

    Peterson Correa Pimentel
    www.terceiromundo.spaceblog.com.br
    http://lacomunidad.elpais.com/del-tercer-mundo