Onde está a gerente?
A economia vai da mal a pior. Saiu hoje no Estadão:
Produção industrial cai 3,4% e leva mercado a rebaixar previsão para o PIB
Com resultado de maio, analistas já projetam alta do PIB de só 1,7% em 2012; Banco Central vai intervir no câmbio para ajudar a indústria
03 de julho de 2012 | 22h 35
Mônica Ciarelli, da Agência Estado
RIO - Os números de maio da produção industrial divulgados na terça-feira pelo IBGE acentuam o atual quadro de retração do setor em 2012. Em queda há nove meses, o indicador amargou em maio perda de 4,3% frente ao mesmo período do ano passado. Foi o pior resultado desde setembro de 2009, quando a produção caiu 7,6%. Diante desse cenário, consultorias já começam a revisar para baixo as projeções de crescimento para o PIB em 2012.
"O dólar abaixo desse nível de R$ 2 pode não ser bom para a indústria", disse o diretor de política monetária, Aldo Mendes, em entrevista à Agência Estado.O Banco Central deu um recado claro sobre a estratégia do governo para ajudar a indústria. Pela primeira vez, o BC admitiu que pode intervir no câmbio e evitar o fortalecimento do real, que prejudica a competitividade dos produtos brasileiros. Até então, o banco dizia que só atuava no câmbio para evitar oscilações bruscas e que sua missão era evitar a alta da inflação, e não proteger a produção.
‘Pibinho’. Cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que a produção industrial precisaria crescer 1,6% ao mês de junho a dezembro para fechar 2012 no azul. "Ainda não há indícios de que a aceleração começou a acontecer, mas esperamos que as políticas monetária e fiscal tenham algum efeito no segundo semestre", disse Leonardo Mello, técnico do Ipea.
"Infelizmente teremos um ‘pibinho’ este ano", previu a sócia da MB Associados, Tereza Fernandez.
Por causa do fraco desempenho da indústria, a MB rebaixou a expectativa de alta do PIB de 3,5% para 2,0%, com viés de baixa. Mesmo sem a revisão concluída, a Rosemberg & Associados já considera a possibilidade de uma queda dos atuais 2,3% para 1,7%. "Dificilmente veremos melhora na produção industrial neste ano", disse a economista-chefe da Rosemberg, Thaís Zara.
"A primeira impressão é que os dados da indústria jogam por água abaixo os esforços do Planalto e da Fazenda em dar suporte ao humor empresarial", afirmou, em relatório, o economista da Gradual Investimentos, André Perfeito.
Segundo o gerente de coordenação de indústria do IBGE, André Macedo, as medidas de estímulo adotadas pelo governo foram insuficientes. Tanto que a produção caiu 0,9% de abril para maio, acumulando perda de 3,4% em 2012.
O efeito das medidas, lembrou, foi apenas pontual, com melhoria de resultado em segmentos como linha branca e móveis, que trabalham com IPI reduzido há mais tempo. A produção da linha branca subiu 8,5% na comparação com maior de 2011, enquanto a de móveis teve alta de 22,3%.
"Os números de maio dizem que o perfil da indústria é de uma queda generalizada (...) Há uma predominância de resultados negativos em qualquer comparação que se faça."
O setor automotivo é o que mais sofre com a retração da indústria. Para Macedo, a redução do IPI anunciada em 21 de maio ainda não se refletiu na produção. A resposta mais lenta em relação ao que já ocorreu no passado se deve ao cenário de aumento da inadimplência, de maior comprometimento da renda das famílias e também de maior restrição do crédito.
A produção caiu 5,3% em relação a maio de 2011. Como a redução do IPI ainda é recente, Macedo afirma que não dá para prever se o crescimento das vendas informado pela Fenabrave - recorde para o mês de junho - será suficiente para "queimar" estoques e estimular um incremento da produção.
(Colaboraram Daniela Amorim, Gustavo Porto e Francisco Carlos de Assis)
# por Ana Lúcia K. - 4 de julho de 2012 às 14:40
O Congresso Nacional deveria chamar a dilmá e o guido manteiga para explicações. Cadê o pibinho? Já sumiu?
# por Anônimo - 4 de julho de 2012 às 16:51
"Pela primeira vez, o BC admitiu que pode intervir no câmbio e evitar o fortalecimento do real, que prejudica a competitividade dos produtos brasileiros."
E desde quando o problema de competitividade da indústria brasileira é devido exclusivamente ao câmbio? Melhor o Bacen - e os senhores Ministros - adotarem de muita prudência antes de tomar qualquer medida localizada, e se informar melhor sobre os impactos de uma Real desvalorizado em todos os outros setores da economia.
Perdeu-se oportunidade de ouro em uma década de governos FHC e Lula para implantação de reformas estruturais, e cada vez menos haverá margens para "soluções mágicas".
O Ministério da Saúde adverte: "marolinha" mata quem não sabe nadar.
# por O Mascate - 4 de julho de 2012 às 17:32
E la vai o Brasil descendo a ladeira!!!
Onde o PT põe a mão acaba em tragédia.
# por Rose - 5 de julho de 2012 às 01:01
Depois de tantos "malfeitos" que já deveriam justificar o banimento do PT da vida pública, será que o povo só aprende sofrendo?
Do povão não dá para esperar que tenha interesse, pra não dizer outra coisa, para perceber que certas facilidades proporcionadas pelo governo petista só poderiam levar nosso país para o fundo do poço, e o povo junto.
Má gestão aliada à corrupção desenfreada, é óbvio que uma hora a fonte seca.
Mas a bajulação cega dos ditos analistas e a desonestidade dos noticiários, que divulgam pautas prontas sem verificar a veracidade dos dados, são as grandes responsáveis pelo rumo que tomou o Brasil.
A enganação está perdendo o efeito.
# por Anônimo - 5 de julho de 2012 às 01:19
Muito interessante:
http://www.youtube.com/watch?v=HOGGLZMPaq8
Obrigado, Mascate.
# por Anônimo - 5 de julho de 2012 às 06:24
Nossa Governanta (jamais Presidenta) está totalmente perdida. Não sabe o que fazer, como gerir e admininstrar. O problema dela e dos demais PeTralhas é que eles estão muito preocupados com Cuba, com o Paraguai, com a Venezuela, etc..., como se nós, aqui no Basil, não tivéssemos enormes problemas para serem debatidos e solucionados. Falta tudo nessa gente, principalmente nacionalismo. Que saudades dos regime militar...!
# por Anônimo - 6 de julho de 2012 às 11:01
Aqueles com mais de 40 anos de vida devem ter uma forte lembrança do que é uma economia em que os agentes econômicos não acreditam nos atos e fatos de um governo (década de 1980 e início de 1990).
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,sem-bala-na-agulha-,896009,0.htm
Temo que este governo esteja reiniciando o processo.