Itamar
Politicamente, a morte de Itamar só tem relevância devido à sua passagem pela presidência (2 de outubro de 1992 a 1 de janeiro de 1995). Evidentemente que isto não é pouco, muito pelo contrário. Mais ainda, a sua importância deve-se ao Plano Real, que mudou a história recente do Brasil.
Fora da presidência foi um político como outros, com brigas paroquiais, mudanças partidárias e reaproximações com antigos desafetos. Deve sre lembrada a sua correção ética, algo raro no Brasil.
Ninguém poderia imaginar que ele pudesse ter dado outro rumo ao país. Assumiu o governo em meio a uma tremenda crise econômica, administrativa e moral. Fez um governo de união nacional. Só o PT ficou na oposição e chegou até a ameaçar de expulsão Luiza Erundina, que aceitou ser ministra da Administração Pública.
Conseguiu restabelecer a paz política. Era um conservador e muito ligado ao grupo de Juiz de Fora com quem iniciou a vida política. Contudo foi extremamente ousado quando cacifou o Plano Real. Mercandante, o guru econômico do PT, disse que daria errado. Lula foi atrás, disse que o plano era eleitoreiro. Erraram feio.
O país vinha de 5 planos fracassados: Cruzado, Bresser, Verão, Collor I e Collor II. O Real nã congelou preços salários (como o Cruzado) e nem congelou os ativos financeiros (como o Collor I). Introduziu uma nova moeda, buscou a estabilização fiscal e acabou com a indexação, entre outras tantas medidas.
Deu certo. O país venceu a inflação e foi construindo as condições para o crescimento sustentável.
# por Joaquim - 3 de julho de 2011 às 22:32
Deixou a marca e está mais que configurado como chave mestra na construção do Brasil atual. Não sei se hoje, por diversos fatores, mas um dia muitos saberão da importância de uma política bem feita como fez Itamar.
Me questiono se acontece mesmo o fato de pouco a pouco vermos os governos anteriores não sendo estraçalhados pelo PT ou é algo passageiro... sabe como é, com indivíduos que não lembram nem em quem votaram há míseros 7 meses fica difícil esperar algo.
# por Dawran Numida - 4 de julho de 2011 às 16:38
Depois de iniciar o governo com Paulo Haddad, no Ministério da Fazenda, substituiu-o por Gustavo Krause. Este foi substituído por Eliseu Resende, que depois foi substituído por FHC. Depois veio Rubens Ricupero e depois Ciro Gomes. Os semeadores de intrigas, ficam inoculando o veneno da paternidade do Plano Real, com o qual sempre aproveitaram a característica de Itamar Franco que gostava de bajulação. Só que Itamar, não por estar morto, está com seu nome na história da forma como foi.