Voltando ao Maranhão (2)

Com os esclarecimentos do amigo Marcos Nogueira (que conhece tudo de política maranhense), fico satisfeito com a atitude tomada por Jackson Lago. Afinal, Jackson é um político com uma longa tradição de luta contra o despotismo da famiglia Sarney.

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    # por Anônimo - 6 de junho de 2010 às 16:51

    Em reuniões partidárias, o Dr. Jackson Lago sempre expressou admiração pela biografia do governador paulista José Serra. No Maranhão, a aliança do seu partido(PDT) com o PSDB, o PPS e o PTC, com a possibilidade de outros partidos se juntarem, está causando uma grande repercussão no estado. Desde que foi cassado, o governador Jackson Lago foi objetivo de um verdadeiro massacre pela mídia da oligarquia Sarney. Como não possui nenhum meio de comunicação, ao contrário de todos os ex-governadores do Maranhão, que sempre saíram como donos de algum meio de comunicação,ficou sem espaço para defender-se. Agora, com o aproximar-se das eleições, o seu trabalho silencioso começa a dar resultados. Com o slogan " O POVO É MAIOR", pretende retomar o Palácio dos Leões para continuar as obras em prol do desenvolvimento do Maranhão. Para conhecimento seu e dos leitores do seu excelente blogue, as realizações do governo Jackson Lago podem ser vistas no sítio www.ogovernointerrompido.blogspot.com. Dentre suas principais realizações: 1.Construção de 173 e reforma de 310 escolas resultando em novas 594 salas de aula; 2. Construção de 69 bibliotecas(o Maranhão possui atualmente somente 104 bibliotecas);3. Construção de um hospital de emergência de 100 leitos na cidade de Presidente Dutra (para descentralizar o atendimento no estado) e seriam construídos mais 4;4. Transferência da folha de pagamento do funcionalismo público do banco Bradesco para o Banco do Brasil(medida que afetou diretamente os interesses da família Sarney) e, que estimulou o BB a investir 1,5bilhões no Maranhão;5. Construção de mais de 2.000km de estradas;6. Urbanização das palafitas de São Luis com benefício direto a 30.000 pessoas(projeto conhecido por PAC RIO ANIL em convênio com o governo federal);7.Ponte da Liberdade em Imperatriz ligando o Maranhão ao estado do Tocantins;8.Os grandes fóruns onde as comunidades discutiam com os secretários e o governador as prioridades de cada região;9. Diversos convênios com os municípios para descentralizar a administração e priorizar a visão municipalista;9. Investimentos maciços na segurança pública( 1/3 da atual estrutura da secretaria de segurança pública foi criada no seu governo). Enfim, cassaram o Dr. Jackson Lago pelos seus acertos, pela sua vontade de fazer pelo Maranhão o que fêz pela cidade de São Luis.

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    # por Daniel Laporta - 6 de junho de 2010 às 22:56

    Acho que vale a pena se perguntar o porque da pouca atividade e mesmo fraqueza e inexistência política do MST, de outros movimentos sociais, bem como de partidos políticos ditos de "esquerda", não só no Maranhão mas em outros estados periférios brasileiros, notadamente conhecidos pela baixo indice de desenvolvimento humano (IDH), que combina variáveis de pesquisa social concentradas em dados do PNUD sobre longevidade (saúde), educação e renda.

    Tabela IDH-PNUD
    (2005) (2000)

    15 ▲ (2) Tocantins ▲ 0,756 ▲ 0,730
    16 ▲ (1) Pará ▲ 0,755 ▲ 0,734
    17 ▲ (4) Acre ▲ 0,751 ▲ 0,729
    18 ▼ (5) Roraima ▼ 0,750 ▲ 0,754
    19 ▲ (3) Bahia ▲ 0,742 ▲ 0,715
    20 ▲ (3) Sergipe ▲ 0,742 ▲ 0,706
    21 ▼ (2) Rio G do Norte ▲ 0,738 ▲ 0,710
    22 ▼ (2) Ceará ▲ 0,723 ▲ 0,698
    23 ▼ (5) Pernambuco ▲ 0,718 ▲ 0,691
    24 (0) Paraíba ▲ 0,718 ▲ 0,685
    25 (0) Piauí ▲ 0,703 ▲ 0,667
    26 ▲ (1) Maranhão ▲ 0,683 ▲ 0,655
    27 ▼ (1) Alagoas ▲ 0,677 ▲ 0,648

    Podemos ver e raciocinar pela tabela que os 12 últimos colocados se concentram na região nordeste-norte. O Maranhão só perde em Alagoas, ainda que por poucos décimos. Baseados em índices colhidos para o panorama de pesquisa 2000-2005, (traduzindo, mais de uma década de pesquisa).

    Esse dados não se devem apenas a economia pouco inteligente e diversificada dos Estados, que carregam a péssima combinação entre estrutura agrária/mineral obsoleta e estática combinada com a confiança no estatismo das obras públicas jurassicamente grandes e inúteis.

    Seria bom lembrar da baixa qualidade (centenária) do conflito político dos mesmos, onde rondam as mesmas pessoas de pouca (apertei a tecla do eufemismo) inovação mental e moral como em Alagoas Fernando Collor de Mello, a atuante Famiglia Sarney no Maranhão-Amapá, Mão Santa no Piauí, Jader Barbalho do Pará, os irmãos Gomes no Ceará, dentre inúmeros moralmente incapazes e esquecidos outros representantes nos legislativos federal, estadual, municipal, bem como executivos e o obscuro e cristalizado judiciário capaz de censurar jornais no sudeste (Caso Fernando Sarney) através de manobras burocráticas.

    Não quero ser maniqueísta nem puxar o saco da política feita no centro-sul do país, a outra ponta do processo. Longe disso. Nem sou de confiar em dados. Mas existe problemas políticos (base do processo), econômicos e sociais sérios, retratos que me parecem pertinentes na história e na História desses maculados sertões.