Três meses

Três meses de campanha. Abril, maio e junho. Contudo, quase nada foi discutido. A campanha nestes meses não passou de uma ou outra escaramuça entre Serra e Dilma, uma ou outra entrevista e mais nada. De substancial, nada. É possível avaliar que este ritmo lento, quase parando, foi ditado pela candidata Dilma. É o que interessa a ela. Enfrentamento, polêmica, definições, é o que ela menos quer. Sabe que pode cometer erros. Prefere jogar só no acerto, trocando passes curtos e aguardando o final do jogo.

Serra acabou metido nesta embaralhada do candidato a vice. Algo relativamente simples (pois a ausência de Aécio banalizava a solução da questão) acabou virando uma novela rocambolesca. Virou pauta da agenda negativa. Se for solucionada logo cairá no esquecimento. Como já escrevi, a Copa escondeu a crise entre o PSDB e o DEM.

O mais importante desta semana será o Datafolha. Sairá no final de semana. Provavelmente dará Dilma em primeiro, como o Ibope. O que reforça a necessidade da oposição afinar o discurso, resolver pendências banais (como esta do vice) e traçar uma nova estratégia. A campanha, caso a seleção chegue até a final, começará mesmo no dia 12 de julho.