A oposição e suas tarefas

A pesquisa IBOPE divulgada ontem revela alguns defeitos da oposição. A falta de combatividade é um deles. Os líderes oposicionistas querem vitórias fácies, de preferência no primeiro turno. Pensam nos casos de Minas (2002 e 2006) e de São Paulo (especialmente 2006). Fogem de uma campanha polarizada, difícil.

Parte do sucesso eleitoral de Lula (Dilma é uma simples marionete) deve-se à oposição. Ficou 7 anos e meio evitando o confronto, excetuando 3 meses de 2005, durante a crise do mensalão. de resto, foi quase que uma linha auxiliar do governo. Registre-se, por exemplo, os depoimentos de Antonio Palocci ou de Hnerique Meirelles no Senado. Parecia que a oposição era a bancada governamental. Este acúmulo de anos e anos de ausência de oposição acabou facilitando a aprovação popuilar do governo Lula.

Os projetos pessoais sempre estiveram à frente do projeto partidário (mais uma vez deve ser lembrado Lula: ele impôs Dilma e a manteve até agora, passando por cima de tudo). Todos os caciques se acham "o máximo", mas os eleiotores pensam diferente.

A eleição vai se definir favorável a oposição caso obtenha uma grande vitória no Sul e principalmente em São Paulo e Minas. Nordeste e Norte, especialmente, são regiões que o governo vai vencer tranquilamente.

Por outro lado, deve ser destacado que as campanhas estaduais que podem favorecer Serra ainda não começaram, como é o caso de São Paulo.

A pesquisa IBOPE deve servir também para testar os nervos da oposição e o caráter de muito líder oposicionista.

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    # por Ana Lúcia K. - 24 de junho de 2010 às 15:57

    Continuo acreditando em suas previsões. Até a vitória! O BRASIL PODE MUITO MAIS.

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    # por Anônimo - 26 de junho de 2010 às 19:30

    Qualquer nome indicado pelo presidente a sucedê-lo seria, eleitoralmente ao menos, uma marionete de Lula. O PT não dispunha de um candidato com recall nacional.Lançar um Tarso Genro ou um Patrus não faria diferença nenhuma: o presidente teria de ser seu cabo eleitoral. Muito mais confortável fazê-lo com Dilma, que é mulher. Não pegaria bem levar no colo um homem. Até agora, só tem acertado.