Minas em disputa
Finalmente, o PT mineiro decidiu (após enorme pressão do Planalto) apoiar Hélio Costa. Agora resta saber:
1. se as bases petistas vão apoiar Hélio Costa;
2. se a candidatura Pimentel decola para o Senado (terá de enfrentar além de Aécio - que conquistará a vaga sem dificuldade - provavelmente Itamar Franco, este em dobradinha com o ex-governador mineiro);
3. se as bases tucanas apoiarão efetivamente José Serra, isto depois de meses e meses de um forte discurso regionalista ("Minas é minha pátria") e vitimista ("Não querem que Minas volte a governar o Brasil");
4. se Aécio Neves vai fazer a sua campanha e de Anastasia com o mesmo entusiasmo que a de Serra (em 2002 e 2006, em Minas, Lula ganhou com enorme facilidade de Serra e Alckmin).
Política tem muita coisa estranha. Com este quadro eleitoral, como entender a aliança de Aécio e Pimentel em 2008? Se ganharam em 2008, perderam feio em 2010: Aécio queria ser candidato a Presidente e Pimentel a Governador. Não conseguiram. Para os dois, como prêmio de consolação, restou o Senado (para Aécio, quase que um passeio, mas Pimentel vai ter de suar para ser eleito senador).
# por Anônimo - 7 de junho de 2010 às 23:25
Hipóteses... vamos inverter os quadros...
1. As bases apoiam Anastasia ?
2. Itamar Franco tem nome em Minas, Pimentel também. Itamar é forte onde? Na região de Juiz de Fora, no sul? Lembremos que é ex presidente. E Pimentel é ex prefeito. Itamar é associado a presidência e ao real....e Pimentel
3. Alguns prefeitos tucanos, do dem e do pps, em minas, já lavaram as mãos.
4. Aécio Neves é a incognita da vez. Aparece do lado de Serra....mais nada...não declara nada, absolutamente nada, a favor de Serra. É adorado em Minas, mas prefere o Rio de Janeiro, todos sabem. Resta saber de onde vem a origem da generosidade dos prefeitos e deputados para com Aécio. É o Tasso da vez.
# por Ana Lúcia K. - 7 de junho de 2010 às 23:45
O enrêdo desta eleição está igualzinho ao das novelas mexicanas: tem herói, vilões, vilã, traições, o poderoso, os ricos , os pobres, a pobre mocinha, muita trama, drama e grana.Tem até bandidos! O galã daqui de Minas não está com essa bola toda não! Já ouvi muita gente falando que não vota nele por causa do papelão que ele está fazendo, não só com o Serra mas principalmente com o partido. Afinal, foi o próprio quem disse ser "um homem de partido"(?). E realmente os pts não suportam o Hélio Costa, com aquele jeitão de "locutor global", pois odeiam a Globo, mas não perdem a novela das 8hs.Votar no HC vai ser o inferno(KKKKK)prá eles. Particularmente tenho pena é do chalaça e bajulador do Mercadante que sempre sonhou com um ministério e nunca ganhou, sempre foi usado depois descartado pelo chefe. Qto ao Pimentel, não sei se vai ter que suar tanto assim, só se houver uma reação ao caso "roussiê".
# por Lucas - 8 de junho de 2010 às 08:39
O futuro político de Aécio está agora irremediavelmente ligado a performance de Serra. Se serra perder em Minas, ou ganhar por muito pouco, o sonho de Aécio de um dia ser presidente acaba. Ao sul do Rio Grande, até o Chuí, ele ficará marcado como "traidor". Qual o número de eleitores dessa região?
É bom Aécio pensar nisso e se matar por uma vitória esmagadora de Serra em Minas, senão...
# por Fabiano - 8 de junho de 2010 às 09:38
Aécio Terceira via.
Entendo que a aliança de 2008 seguiu o roteiro de que o Governador Aécio poderia sair do PSDB e se filiar ao PSB sendo então mais um candidato da base governista.
Com a aceitação das prévias pelo Tucanato paulista ele vislumbrou ser candidato com o apoio da grande mídia sem o ônus de ser anti- Lula( daí a história de pós Lula).
Só que esqueceram de combinar com o grupo do Serra que detonou grande campanha contra o Aécio e desequilibrou a disputa fazendo que Aécio mudasse sua estratégia.
# por Fátima - 8 de junho de 2010 às 09:44
Essa geleia geral só existe porque os partidos políticos brasileiros não tem ideologia. Infelizmente aqui tudo funciona no ritmo de "quem dá mais".
E o Lula, que é o cara que descobriu e criou um país em 8 anos, virou o bicho papão. Todo mundo tem medo de falar mal. Se o Lula fosse tão amado pela população, sua biografia filmada teria arrastado multidões aos cinemas.
Essa popularidade nas alturas se deve exclusivamente a política econômica estável. Se o presidente fosse Sarney, com bolsa família e outras politicas populares, o índice de aprovação seria o mesmo.
É mais importante para o país a eleição do legislativo. Essas eleições é que deveriam ser a prioridade da população. Essas, a imprensa não dá a menor bola.
# por Mari Machado - 8 de junho de 2010 às 16:47
Fabiano (09:38),
A força de Aécio tem endereço - Minas Gerais.
Fosse ele o candidato do PSDB, desconhecido em boa parte do país e sem um Lula para sustentá-lo, estaria abaixo de Dilma nas pesquisas.
MG, como aliada, pode ser decisiva para a vitória em eleição nacional. Sozinha, não decide nada.
# por Anônimo - 8 de junho de 2010 às 18:06
Só queria retificar o que escrevi acima... a reflexão é, as bases petistas vão apoiar Anastasia???? Desculpe pelo erro. Mas a pergunta fica.
Houve um tempo muito distante onde se via em São Paulo em uma antiga eleição o seguinte adesivo de campanha. "Sou tucano, estou com Suplicy". No ano retrasado a midia dizia que Aécio e Pimentel queriam acabar com a polarização (estúpida demais) entre PT e PSDB, exagero obviamente. O "centralismo democrático" que ambos e todos os partidos aplicam é o maior mal desse país. Todos sabem que Serra se dá muito melhor com técnicos petistas que o próprio Lula. Alias Serra só se dá bem com gente tecnocratas. Alguém imagina o Serra (e com razão ele vira a cara) conversando e beijando a mão de algum cacique regional do interior de Minais Gerais? Antes persona non grata do que fazer esse tipo de coisa. A política faz você colocar a mão da m....., mas a m.... é mais cheirosa do que muitos políticos.
# por Anônimo - 8 de junho de 2010 às 18:27
No auge do Cruzado, a popularidade do presidente da época e de seu Ministro da Fazenda, atingiram as alturas; nos 70s, época do Brasil grande, ou Brasil potência e tri mundial, o presidente de então e o seu radinho portátil, foram muito populares; hoje, ao que parece, o atual presidente fala muito mais a platéias amigáveis e como ninguém ousa testar a popularidade, pelo contrário, ocorre uma babação, ela vai sendo confirmada pesquisa após pesquisa, pois nunca mais houve um Maracanã. Outro aspecto que chama atenção, talvez decorrente da mitologia criada e alimentada: vende-se uma potência econômica, mas não os seus grandes pés de barro políticos: fala-se ainda em mandonismo (para não dizer potentados)em importantes regiões do País, representados por pessoas incomuns e/ou pessoas essenciais. Disso surge a constatação ou dúvida: ou existe a potência econômica ou não existe o mandonismo com seus tótens favoritos. As duas coisas, com certeza, não podem coexistir.