Nas demais capitais, a escolha do prefeito que tomará posse em 1º de janeiro só deverá acontecer em 28 de outubro, sendo que a disputa mais acirrada ocorrerá mesmo na capital paulista, onde o eleitor ainda não decidiu quais candidatos levará para o segundo turno.
A eleição municipal deste ano, a despeito de ensaios da disputa presidencial de 2014 em alguns estados, mantém a tônica das questões locais, do interesse mais direto do cidadão, não importando muito ao eleitor o partido do candidato. Mas, se forem confirmados os resultados previstos nas capitais, já é possível apontar que sai vitorioso nessa primeira rodada um político de expressão nacional: Sérgio Cabral (PMDB), no Rio. Aécio Neves (PSDB), em Minas, e Eduardo Campos (PSB) também podem eleger hoje seus candidatos, embora os institutos divirjam.
Cabral está no seleto grupo de apenas quatro governadores que poderá comemorar no primeiro turno a vitória de seus candidatos na capital. Além dele e de Eduardo Campos, estão no grupo os tucanos Antonio Anastasia, que apoia Márcio Lacerda (PSDB) em Belo Horizonte, e Teotônio Vilella, que lançou Rui Palmeira (PSDB) em Maceió. Treze governadores já deverão ver a derrota de seus candidatos hoje mesmo.
Os outros prefeitos de capitais que devem ser eleitos hoje não são apoiados pelos governadores. Além de Rio e Goiânia, as eleições devem ser decididas hoje em mais cinco capitais, a maioria em estados do Norte e Nordeste: Aracaju, Maceió, Natal, Boa Vista e Porto Alegre.
Ainda dentro desse grupo de sete capitais que deve definir a eleição hoje, o PMDB e o PDT saem na frente, com dois prefeitos cada. O PT, que enfrenta seu pior momento com o julgamento do mensalão em curso, só deve eleger um prefeito de capital hoje, o de Goiânia, Paulo Garcia. Os petistas ainda têm chances de ir ao segundo turno em sete capitais, e a expectativa é que uma delas seja São Paulo. Se isso não ocorrer, as disputas mais importantes que o PT terá, no dia 28, serão em Salvador e Fortaleza.
“O grande perdedor é o Lula”, diz Villa
Para especialistas e estudiosos ouvidos pelo GLOBO, a eleição é mesmo municipal, e todos que os efeitos dela para a disputa presidencial de 2014 ocorrem “nos bastidores e não no palco principal”. Presidente da consultoria Arko Advice, o cientista político Murillo Aragão avalia que, de fato, saem fortalecidos governadores como Cabral e o pernambucano Eduardo Campos — que conseguiu construir um candidato viável em Recife —, mas o poder dessa força em 2014 só será medido mais adiante.
— O governo Dilma não está sendo julgado, e o mensalão tem impacto muito pequeno, maior em São Paulo. O quadro ainda está muito misturado sobre quem vai sair ganhando. No caso do Norte, por exemplo, o PSDB tem mais chances. Mas, no Nordeste, são os partidos da base lulista. A repercussão para 2014 não ocorre no palco principal de agora — disse Murillo Aragão.
Para Jairo Nicolau, professor de Ciência Política da UFRJ, a grande marca dessa eleição é o afastamento entre PSB e PT. Ele concorda que o mensalão é assunto mais restrito a São Paulo:
— O que conta é quem vai governar a cidade. Mas o PSB vem mostrando um quadro de crescimento consistente nas eleições, com ampliação no território nacional. O PSB é um dos vitoriosos. No caso do PT, ainda não dá para dizer que ele não foi bem, porque vai ao segundo turno em cidades importantes.
Já o historiador Marco Antonio Villa, professor da Universidade Federal de São Carlos, diz que, para ele, “o grande perdedor” da eleição é ex-presidente Lula. Villa não acredita na possibilidade de o candidato petista Fernando Haddad ir ao segundo turno em São Paulo.
— O grande perdedor é o Lula. Até agora, ele fracassou em suas principais movimentações. Se a candidata fosse Marta Suplicy em São Paulo, ela estaria no segundo turno. No cenário dos partidos, há uma fragmentação partidária. No caso do Rio de Janeiro, falar em vitória de Sérgio Cabral é um pouco de exagero, é mais falta de alternativa do eleitorado carioca. Freixo não conseguiu repetir o Fernando Gabeira (candidato na eleição anterior) — disse Villa, criticando, ainda, a tática do PT em Porto Alegre, onde o partido já controlou a prefeitura por 16 anos, mas este ano está fora da disputa principal.
Confirmadas as pesquisas das últimas semanas, já saem derrotados das urnas hoje governadores como Roseana Sarney (PMDB), do Maranhão; Tarso Genro (PT), do Rio Grande do Sul; e Marconi Perillo (PSDB), de Goiás.
# por Antonio - 7 de outubro de 2012 às 20:44
Caro professor e demais, o Lula já vem perdendo faz tempo, ocorre que a mídia sempre deu mais atenção as suas bravatas do que a realidade, basta ver que em 2004 o PT elegeu prefeitos em 9 capitais, em 2008 em 5, praticamenmte a metade, agora talvez só em 2 ou 3, isso nos mostra que a presidente Dilma foi eleita ainda com os frutos daquele tremendo conchavo, chamado mensalaão, sem os resíduos do mensalão e as empreiteiras comandadas pela CONSTRUTORA DELA duvido que a candidata do Lula se elegesse, quanto a São Paulo e Salvador já era esperado um 2º turno, não exatamente pelo Lula, mas sim pelas ameaças disfarçadas da presidente Dilma quando pedia votos para seu candidato, só faltava afirmar que sem os candidatos do PT seria impossível continuar as obras já iniciadas ou as que ainda fazem parte das benditas pedras fundamentais, não fosse isso, o ACM do finado DEM seria eleito no 1º turno, desgraçadamente me envergonho dessa atitude dos meus conterraneos soteropolitanos e um enorme parabens aos ARACAJUENSES e RECIFENSES.
# por Anônimo - 8 de outubro de 2012 às 19:18
O grande perdedor é o Lula. Até agora, ele fracassou em suas principais movimentações. Se a candidata fosse Marta Suplicy em São Paulo, ela estaria no segundo turno.
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