A oposição e a economia

A notícia política mais importante vem da economia. Desde 1947 não teve um mês de março com resultados tão ruins. O déficit externo em transações correntes foi de US$ 12 bilhões. Não passa de lenga-lenga a conversa do Lula de que agora o Brasil é credor do FMI. A dívida externa é de pouco mais de US$ 200 bilhões e as contas externas só fecham graças aos capitais estrangeiros investidos no Brasil, tanto produtivos, como especulativos (devido a taxa de huros, uma das mais altas do mundo). A pauta das exportações lembra o Brasil do começo do século XX (só dá o setor primário). A desindustrialização é evidente. O governo surfou durante 6 anos numa conjuntura econômica internacional extremamente favorável e não sou aproveitar o momento. Hoje o país está dependente do capital especulativo e do papel da economia chinesa na recuperação mundial.

A oposição tem de explorar eleitoralmente esta herança maldita do governo Lula. Para os eleitores, Lula fez o milgre dos peixes. A oposição, nos últimos 7 anos, foi muito mal no debate econômico (e não só, diga-se de passagem). É um desafio mostrar os pilares de barro desta política econômica. O eleitor/consumidor que está comprando um carro para pagar a entrada em 2012 (!), como propala uma propaganda na televisão, acha que tudo está às mil maravilhas. E não está.