A estratégia de Serra
Até este instante da campanha (é inevitável a lembrança da frase típica dos boleiros: "futebol é momento"), a estratégia de Serra tem demonstrado eficácia e uma leitura correta da conjuntura.
Vamos aos fatos:
1. Evitou lançar a candidatura no ano passado, o que impediria dedicação mais intensas às atividades administrativas. É muito diferente ser governador do estado de São Paulo (cujo PIB é maior do que o da Argentina), do que ministro, como no caso de Dilma Rousseff. Dilma pode repartir o dia-a-dia do governo com o presidente, o vice e mais 35 ministros (um recorde do governo Lula, que poderia dizer: "Nunca na história deste país tivemos 36 ministérios......");
2. No Brasil ninguém gosta de campanha longa. Campanha de um ano não dá, o eleitor não suporta, diferentemente dos EUA, onde as primárias começam quase que um ano antes das eleições. Aqui, se tal ocorresse, o eleitor diria: "Ih, lá vem aquele chato falando sempre daquelas coisas."
3. Tem buscado ampliar as alianças nacionais para garantir maior tempo na televisão;
4. Transformou a campanha de 2008 numa espécie de ensaio geral de 2010. Ou seja, o apoio a chapa Kassab/Alda garantiu apoio do DEM nacional e do PMDB de SP;
5. Só saiu candidato quando teve a garantia da unidade do PSDB (evitando o que ocorreu em 2002);
6. Importantes lideranças do PSDB (algumas que foram adversárias à sua candidatura em 2002) hoje dependem do êxito nacional da candidatura Serra para manter influência política nos seus estados. Ou, é o plano B, caso percam, tenham no governo federal instrumentos para preparar o retorno no plano estadual.
Outro dia comento as dificuldades da candidatura Serra (é inevitável, mais uma vez, a piada - muito antiga, da época do disco de vinil - do "Planeta Diário": "tudo tem seu lado ruim e seu lado bom, excetuando os discos do Oswaldo Montenegro").
# por Ed Carlos Ferreira da Costa - 22 de abril de 2010 às 11:07
Villa só discordo quanto a ampliar a aliança nacional,não vi nenhum movimento além de manter a aliança com o PPS e DEM.
Creio ser fundamental fechar com o PTB ou o PP, pois são partidos médios e que ao que parece não fecharão com o PT.