A cada dia pior

Dilma é uma candidata-problema. Desculpem o uso da primeira pessoa do singular, mas eu disse em entrevistas, bem antes da desincompatibilização da ex-ministra, que no momento que ela começasse a falar - sem ter Lula ao lado - seria um desastre. Não deu outra. Claro que é uma espécie de tragédia anunciada, mas é algo tão evidente que somente os "analistas" mais fervorosos fizeram questão de não ver.

De acordo com os jornais de hoje, o marqueteiro João Santana (que deve ser um gênio, como é comum na profissão) vai retirá-la alguns dias de cena para treiná-la. Falam em contratação de uma fonoaudióloga. Não vai dar certo. O problema não são os assessores, a fonoaudióloga, o cabelereiro, o fotógrafo (quiseram transformá-la numa Norma Bengell!!), o problema é ela.

Do jeito que a coisa está indo, não vai demorar para Lula sentir saudades do Ciro candidato. Claro que é piada. Lula prefere perder com a Dilma do que ganhar com Ciro.

  1. gravatar

    # por Ana lúcia Konarzewski - 27 de abril de 2010 às 17:15

    Caro Villa,

    Os marqueteiros da "Dilma Bengell" usaram deliberadamente aquela foto para que as atenções de todos estivessem voltadas para o cartaz, que chama muito mais a atenção do que a foto em si. Quiseram passar uma mensagem de que a candidata é do "bem", pois foi contra a censura e é a favor da cultura. Os "genios" só se esqueceram de combinar com os internautas e os leitores/eleitores, que era para não ver a farsa, era prá ficar caladinho. Depois do falso diploma, das maravilhas do Pac e da insanidade da usina de Belo Monte podemos esperar tudo!
    Um grande abraço, Ana Lúcia K.

  2. gravatar

    # por Carlos Caldas - 27 de abril de 2010 às 18:22

    Realmente, vai dar uma trabalheira danada, talvez sem nenhum resultado.
    A Dilma é muito difícil de lidar, nasceu para ter o poder de mão beijada como o Lula passou para ela. Numa disputa eleitoral tende a se contrapor justamente com quem não deveria, o eleitor.
    Veja o caso emblemático da foto no site oficial: a culpa foi atribuída "interpretação" dada, ou seja, ao eleitor.
    Concordo com v. Não tem jeito! Apesar de ainda da indefinição quanto à vitoria do Serra, a grande questão não é mais a Dilma, e sim o quanto Lula a quer como presidente, ou presidenta como agora ela inventou a la Bachelard.
    Em tempo, gostei de seu blog, foi para os "favoritos". Parabéns.

  3. gravatar

    # por Anônimo - 27 de abril de 2010 às 19:32

    E esse papo de renuncia do Lulla para ser vice da Dilma?
    prospera?

    Draco

  4. gravatar

    # por Paulo Henrique - 28 de abril de 2010 às 20:05

    Professor, quando li, pela primeira vez, que Lula escolhera Dilma como candidata, ainda lá no começo de 2009, custei a acreditar. Logo Lula, um cara politicamente inteligente, iria seguir por esse caminho arriscadíssimo? Pois, sim. Dilma é aquele tipo de pessoa de quem você quer só uma coisa: distância. Nem vou entrar no mérito do que ela pensa, ainda presa lá na década de 1960. Ela é uma pessoa desagradável, com uma intolerância insuportável. Não tem apelo nenhum. Alguém pode dizer que tampouco Serra é carismático. Pode ser, mas comparado com a adversária, Serra é um Barack Obama - esse, o carisma em pessoa.
    Parabéns pelo blog.
    abraço
    paulo henrique
    http://www.ph-acido.blogspot.com

  5. gravatar

    # por Cristiano Rodrigues - 29 de abril de 2010 às 00:23

    O que acontece é que Lula ganha nas duas pontas. Se ela perder, foi ela quem perdeu e não ele, estando assim pavimentado o caminho para sua possível volta em 2014. Se ganhar, será Lula o vencedor, pois ele quem impôs a candidatura e deu suporte pessoal na empreitada. Será para a turma dos "jornalistas isentos" o momento chave de aclamar a santidade de Lula. De fato, Villa, somos reféns de Lula, o caudilho brazuca que só com sua morte (não estou fazendo apologia disso aqui), deixará de nos assombrar com uma volta iminente a qualquer momento. Em suma, como Vargas, Lula moldará por mais uns 20 anos o encaminhamento da nação, para o bem ou para o mal. Somos reféns de Lula infelizmente. Ele sabe disso. Caberá à oposição travar uma guerra de valores, fato que não vi ainda nem de longe ser plantado.