Pesquisas, acusações, etc.
Várias pesquisas estão sendo divulgadas nos estados. Algumas são curiosas. No Acre, Serra lidera, seguido por Marina e Dilma está em terceiro, mesmo tendo o candidato ao governo do PT (Tião Viana) em primeiro. Serra também lidera no Espírito Santo. Mas o caso mais interessante é o de Minas. Hélio Costa pode ganhar no primeiro turno (pode, mas não vai ocorrer, óbvio - tem muita camapnha pela fgrente), Aécio lidera disparado para o Senado e Dilma empata com Serra (mas estando um pouco à frente). Aécio tem de entrar em campo, fazer campanha. Caso contrário, perderá suas bases em Minas. Se Hélio Costa e Dilma vencerem, o ex-governador ficará no Senado falando para as moscas. As "bases" vão ser engolidas pelos governos estadual e federal. Como não é bobo, Aécio deve logo arregaçar as mangas e trabalhar muito pela vitória de Anastasia e Serra. O seu projeto político passa pela vitória dos dois, principalmente de Serra. Perdendo o governo estadual mas tendo presença no governo federal, ainda poderá de Brasília retomar suas bases.
Sobre o "caso Índio". O candidato foi infeliz. É ingênuo. Deve ainda estar fascinado pelas luzes. O PT não tem relação com o narcotráfico mas é simpático às Farc, isto todo mundo sabe. Basta ler os documentos do Foro de São Paulo. Deve ser recordado como o governo brasileiro atacou diplomaticamente Uribe quando da ação contra as Farc. Lembro que o "professor" Marco Aurélio Garcia fez parte daquela encenação da libertação do garoto Emanuel. O garoto não estava mais com as Farc: tinha sido abandonado na casa de um camponês. Era a "libertação" de um refém que não estava mais em seu poder. O governo brasileiro disse (junto com Chavez) que a libertação não tinha ocorrido devido ao descumprimeiro, por parte do governo colombiano, de não movimentar tropas próximo a área da "libertação". Tempos depois a criança foi achada. E o Brasil coonestou a farsa.
O caso de Índio é típico do presidencialismo brasileiro. Vice não serve para nada. Quer dizer, serve somente para substituir o presidente (artigo 79 da Constituição). Na eleição serve para compor as alianças políticas. O cargo não tem qualquer atribuição (e nem deve ter, acho). A Constituição de 1946 ainda dava alguma função ao Vice: presidir o Senado Federal "onde só terá voto de qualidade" (artigo 61)
# por Anônimo - 20 de julho de 2010 às 07:30
Pois eu acho que é o contrário, caro professor. Essa história das FARC está se propagando pela rede e se disseminando no imaginário da população.
É preciso lembrar que Dilma não é Lula, ela não tem teflon. Se a pecha de "amiga de terrorista" pegar, a candidata petista estará em maus lençóis. Por outro lado, o Lula é especialista em se fazer de vítima da oposição, mas como não está concorrendo, essa estratégia pode não ser eficaz. Mas o que conta mesmo é que finalmente a imprensa brasileira começa a noticiar as atividades do Foro de São Paulo, que ficou oculto muito tempo, sendo denunciado somente pelo corajoso filósofo brasileiro Olavo de Carvalho.
Fernando José - SP
# por Anônimo - 20 de julho de 2010 às 17:41
De todo modo, Sr. Villa, permita-me. A campanha governista está na defensiva. É o que sempre quiseram fazer com as oposições. Primeiro com a disseminação de que o provável candidato seria Aécio, depois que Serra desistiria por medo de perder. Carregaram com "denúncias" sobre a privatização da Petrobras, do BB, da CEF; o Bolsa Família seria extinto pelas oposições; fizeram muita troça sobre o vice das oposições. Pois bem. O vice chegou e acuou a campanha governista. Índio ocupa espaços, motiva debates, sofre insultos e elogios, chamadas e colunas em jornais, em blogs, comentários e multa (!). Um verdadeiro viral. Toda vez que se fala em drogas, acontece algo parecido. Ocorreu recentemente quando o candidato oposicionista falou sobre o tráfico de cocaína. Bastou para criarem um caso diplomático: o Brasil ficaria isolado, havia atacado o povo boliviano, exagerou, foi ingênuo etc. Só que o próprio presidente da Bolívia comprovou, depois, a influência do tráfico. Na realidade, o que está contando é o espaço perdido e o efeito que isso possa ter uma vez que a candidatura governista não consegue desembaraçar o novelo. Ou o torvelinho.
# por Anônimo - 20 de julho de 2010 às 17:42
O candidato Alckmin precisa entrar na campanha em São Paulo e Aécio em Minas. Estão demorando e muito quietos.
# por Anônimo - 20 de julho de 2010 às 21:39
Pode ser que "Vice não serve para nada." ... mas a história recente está ai para mostrar que Sarney e Itamar acabaram tendo uma importância (e ainda tem, no Senado!), para o bem e para o mal, bem maior do que certamente imaginavam.
# por Ed Carlos Ferreira - 21 de julho de 2010 às 21:59
Tirando a parte em que ele pedia perguntas picantes até achei que o ataque dele apesar de estabanado foi muito bem feito, francamente não imaginei que o PT iria chiar como chiou, até a múmia do Temer se pronunciou.
O Serra esta correto em atacar o PT e não o Lula, claro que vai chegar a hora de associar Dilma aos assaltos que que ela praticou e tenta esconder.
É impressionante como esse assunto causa rejeição a candidata, seja em ônibus lotado ou em restaurantes finos de São Paulo e Ribeirão Preto (claro, o que os ribeirão pretanos consideram um restaurante chique...), tenho certeza que se necessário isso será usado é quase inevitável.