Ataque ou defesa?
Em qualquer campanha eleitoral, um dos problemas centrais é a forma e a hora do ataque. Atacar muito cedo pode ser ruim, assim como reservar o ataque somente para os últimos dias de campanha. A forma e a escolha do que atacar conta muito. Uma candidatura de oposição tem de atacar. Isto é óbvio mas nem tanto, principalmente no Brasil.
A campanha de Serra escolheu um primeiro alvo - arelação Farc/PT - e foi bem. Deixou a candidata oficial na defensiva e seus apoiadores ficaram furiosos, demonstrando que o ataque atingiu o alvo. O que não ficou claro para os eleitores é de como esta relação pode facilitar o tráfico de drogas e seus tenebrosos efeitos em milhares de famílias brasileiras. A questão não era de relacionar o PT com os traficantes. Mas demonstrar que a leniência no trato com a Bolívia acabou facilitando a expansão do tráfico. Também a inexistência de uma política de colaboração com a Colômbia estimulou o comércio de drogas. Ou seja, as simpatias políticas do PT para com Evo Morales e as Farc impediram uma ação efetiva do governo brasileiro (não significa dizer que o governo é conivente com o tráfico, basta citar diversas operações da PF especialmente nas áreas de fronteira). Melhorar o calibre deste ataque pode render bons frutos eleitorais.
A questão da segurança pública é outro tema que pode ser usado e que tem excelente resultado eleitoral. Serra acabou deixando de lado ou dando pouca importância. Bater sistematicamente nesta tecla e apresentar propostas viáveis, pode abrir uma nova área de combate, deixando o governo na defensiva.
# por Anônimo - 28 de julho de 2010 às 16:33
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/07/28/charge-amarildo-311675.asp