Aguardando o horário gratuito.

Os candidatos se esforçam para aparecer na mídia. Visitam personalidades, vão à rua para o famoso corpo-a-corpo e visitam cidades de regiões onde as pesquisas indicam um resultado ruim. Este é o momento da campanha, já dentro do prazo legal, que quase nada acontece e os candidatos ficam aguardando o início do horário gratuito na TV e no rádio. E quando começar, sabemos que o primeiro programa vai contar as história de vida dos candidatos, histórias que já conhecemos, mas que os marqueteiros acham o máximo.

O marasmo se deve ao tempo excessivo da campanha. Com a facilidade das comunicações e entendendo que o debate político deve ser algo contínuo e não esporádico (restrito aos momentos eleitorais), a campanha no Brasil é longa e despolitizada (além de muito cara - e com todas as consequências advindas de ser cara).

Vejamos o noticiário. Dilma teve como principal atividade encontrar-se com socialites na casa de Lilly Marinho. Serra andou pelo centro de Vitória e Marina, sinceramente, nem sei onde estava. Ou seja, não aconteceu nada de relevante.

A campanha presidencial depende também das campanhas para os governos estaduais. E estas estão também começando e com pouca atenção dada pela imprensa (e, ainda, um certo desinteresse do eleitorado).

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    # por Ed Carlos - 10 de julho de 2010 às 21:15

    Villa, é claro que o cenário idílico seria uma campanha ao estilo inglês com um mês e meio de duração, mas a verdade é que temos muito que evoluir, pois no Reino Unido o governo mudou e tudo continua normal.
    Imagina só o trabalho que o Serra vai ter(você escreveu um post sobre isso)se ganhar a eleição?
    Só para fazer a máquina voltar a andar vai demorar um bom tempo, até porque o que não falta é petista mamando no governo federal.
    Agora sobre a eleição, só vai começar mesmo com a campanha na tv, tendo em vista que a Copa acabou para nós mas agora é o caso Bruno que deve dominar o noticiário.
    Quem acompanha futebol sabe que o Bruno é um trapo humano mas ninguém imaginava que era um psicopata nesse nível, a imprensa vai se esbaldar nesse caso por um bom tempo.
    Afinal não é todo dia que um "ídolo" se transforma em Alexandre Nardoni....

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    # por Barbarah.net - 11 de julho de 2010 às 01:50

    Ficamos entre o tédio e o horror.