Megalomania
A política externa do governo Lula foi um desastre. Não vou repetir argumentos já apresentados (em artigos e entrevistas). Mas o caso do Irã foi o ápice da irresponsabilidade política. Ainda é cedo para avaliar todos as consequências danosas da "mediação" mas, com toda certeza, o Irã conseguiu mais alguns meses (ou até anos) para desenvolver seu programa de um arsenal nuclear (não só a bomba mas também os foguetes). Em uma zona de conflito secular, Lula fez papel de bobo e mais: serviu de instrumento para o Irã e o fundamentalismo islâmico. E se a tecnologia nuclear cair nas mãos de um grupo terrorista muçulmano........
Rússia e China se afastaram do Brasil. São dois países que tem problemas com minorias islâmicas. Os EUA também deram um gelo na diplomacia brasileira, assim como a União Européia. Dificilmente o Conselho de Segurança da ONU obterá um consenso para efetivamente impor sanções ao Irã. Lula desarticulou todo o trabalho realizado no Conselho durante meses.
É provável que a megalomania lulista no campo internacional, esconda uma tentativa interna de retomar o projeto de construção de uma bomba atômica tupiniquim (Lula e membros do governo já fizeram declarações tortuosas em que deixaram explícito este desejo). É a idéia primária de que a socialização da bomba levará à paz mundial. É idiotia pura. Vamos ver como isto vai aparecer na campanha presidencial.
# por Anônimo - 26 de julho de 2010 às 01:38
O sucesso econômico brasileiro nos últimos anos parece ter dado uma falsa sensação de poder ao presidente Lula, que julga-se capaz de revolver grandes conflitos externos alheios à nossa compreensão.O barril de pólvora existente no Oriente Médio vai muito além de qualquer conversa diplomática e provavelmente se estenderá por muito ainda, visto a política adotada por Israel ante os povos árabes;uma relação de ódio mútuo.O mito da hospitalidade brasileira, que se mostra falso perante a história quando envolve relações exteriores, talvez tenha influenciado a decisão presidencial de tentar algo. Mas, de certa forma, acho interessante a iniciativa brasileira, já que o povo iraniano em totalidade não é culpado pelas decisões de seu chefe de Estado. Por não ter nenhum interesse no Irã, o Brasil apresenta uma condição de imparcialidade que lhe dá pelo menos uma maior chance de sucesso nessa mediação. Não creio(e espero estar correto) que a empreitada brasileira contribua de qualquer maneira para o desenvolvimento de armas nucleares iranianas, já que isso ronda no campo das especulações, não devendo ser repetido o mesmo erro da ocupação do Iraque. Mas a pergunta que persiste em meus pensamentos é que, se não há interesses no Irã e o Brasil nada tem a ver com os problemas do Oriente Médio, vale a pena perder possíveis futuros parceiros comerciais de grande peso por causa de algo condenado ao fracasso?
# por Anônimo - 26 de julho de 2010 às 12:36
engraçado, na mídia internacional o Brasil é muito mais respeitado do que na mídia nativa. Claro, os tentáculos do Serra nao atingem o exterior. Ainda bem.
# por Anônimo - 26 de julho de 2010 às 13:27
Professor Villa, parece que outro aspecto que ficou muito claro, foi o da completa assimetria entre os chamados Brics. Dificilmente, China, Índia e Rússia, aceitariam uma liderança brasileira, como aparentou ter por objetivo as ações do Brasil. Com relação ao desenvolvimento da bomba atômica, o Brasil precisaria denunciar o TNP. Se o fizesse, deixaria claro que a ação em relação ao Irã fora apenas uma manobra diversionista mal engendrada. Se o foco era o pragmatismo comercial, deveria, então, ter ficado nesse campo. Outros países, inclusive da CS da ONU, mantém intercâmbio comercial e diplomático normais com o Irã. Mas é de crer-se, poucos devem dar apoio a programas nucleares fora do âmbito do TNP. Pensar num mundo mais nuclearizado para que todos tenham semelhantes poderes de disuassão é algo incompreensível. Dai surgem perguntas. O Brasil teria de se proteger nuclearmente de quem? Teria de proteger nuclearmente o quê? Quais as ventagens de transformar-se de um país pacífico para uma pequena potência agressiva?
# por Anônimo - 26 de julho de 2010 às 13:34
#2 Anônimo-26 de julho de 2010. Esta foi de mestre. Todos pensavam que o Serra já dominava toda a América do Norte, a UE, os Brics, metade da África e até as ilhas suspensas de Avatar. Ou seja, quase todo o mundo conhecido e boa parte do imaginado em HD. Agora, todos ficam sabendo que apenas está em vantagem na corrida para a presidência do Brasil. Que pena, não?
# por ANA LÚCIA K. - 26 de julho de 2010 às 22:32
Anônimo 2 - engraçado não, lamentável, vergonhoso. Vc ouviu o último discurso dele na África? Devia. Foi um vexame só! Até propaganda de turismo sexual esse descontrolado fez.Vc conhece "cobra destreinada", o lula conhece. A mídia internacional faz é galhofa das presepadas e dos absurdos que ele comete: na Inglaterra estão espantados com as doações anuais de 7 BILHÕES, que deveriam ser gastos com hospitais , rede de esgoto(hj só 43% das casas possuem no BR), estradas, SUS, etc. E o trem-bala? É prá rir ou chorar(leia análise dos economistas do IBMEC).
Sobre tentáculos, sabe qual é a diferença o entre o polvo alemão e o molusco brasileiro? O alemão não mente.
O BRASIL PODE MAIS!