A escolha do eleitor

Eleitor não lê programa. Eleitor (a maioria do eleitorado, óbvio) escolhe o candidato por algumas propostas, simples e de fácil entendimento. Necessita relacionar estas propostas com seu cotidiano. Na campanha (e o horário gratuito é importantíssimo) o eleitor vai estabelecendo uma relação de afinidade com o candidato. Começa a se identificar com o seu "jeito". E necessita encontrar no adversário algumas características negativas, que acaba fortalecendo a sua escolha. O grande mistério das eleições é conseguir estabelecer estes elos com o eleitor.

Candidato não precisa ser carismático. Os prefeitos de São Paulo e Rio de Janeiro são bons exemplos. Evidentemente que o carisma ajuda (e muito) mas não é o elemento indispensável para vencer uma eleição.

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    # por barbarah.net - 29 de julho de 2010 às 22:57

    "O Brasil não tem partido de direita,de esquerda,de nada,tem um bando de salafrários que se reúnem para roubar juntos".Diogo Mainardi(itu.com.br-Leandro Saburo)

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    # por Ana Lúcia K. - 30 de julho de 2010 às 19:42

    Estou começando a acreditar que a identificação do eleitor com o lula já passou. A biografia dele que tanto encantou e o levou ao governo por duas vezes começa agora, como um castelo de areia, a ser desconstruída por ele mesmo.
    As pessoas admiravam o lula de Garanhuns. Aquele que virou "gente" em São Paulo, com carteira assinada,com família, que cuidava da mãe e dos irmãos pobres. Foi com esta trajetória, que é a sonhada pela grande maioria do povo brasileiro, é que ocorreu a identificação. Acontece que o povo NÃO é bobo. E foi percebendo as transformações ao longo destes oito anos. O lula de passado "umilde" foi sugado pela arrogância e prepotência do poder. Os seus excessos de luxo e de consumo, cada vez mais, o afastaram de suas origens e daquele povo sonhador, porém consciente de sua honra, de sua moral e do empenho da "palavra dada". Aquele lula transfigurou-se no avesso do avesso de toda a sua própria biografia. Assim, ao afirmar que nesta eleição "...o meu nome é o nome dela" põe fim a sua história e impõe nela o seu fracasso.

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    # por Anônimo - 4 de junho de 2012 às 10:13

    A democracia no Brasil foi feita por pessoas ávidas para substituir os militares no poder. Não vamos defender a ditadura, mas temos de reconhecer que nenhum dos ditadores saiu rico, pensou em reeleição ou botar a culpa no povo, coisas que a democracia, entre tantas mazelas, tratou de fazer assim que se aboletou no poder. Escândalo após escândalo, é sempre a mesma coisa: o culpado é o eleitor.