Estranho republicanismo.
No Brasil um político gosta de ser tratado pelo cargo mais alto que ocupou. São chamados até a morte de senadores, deputados, governadores, prefeitos, etc. Como se fossem títulos e não meros cargos assumidos por um tempo determinado, como em qualquer república. Alguns poderão dizer que é o hábito monárquico e que o cargo acaba, com o tempo, virando um título nobiliárquico. Contudo, isto não tem qualquer relação com o espírito republicano, aquele da propaganda (1870-1889) e que levou ao 15 de novembro.
Um destes "republicanos da época da propaganda" escreveu, em 1899, que a república tinha apenas sido anunciada dez anos antes, mas que não tinha ainda sido proclamada. A frase é boa e atual. Basta retornar ao episódio das férias do ex-presidente Lula em uma instalação do exército. Em qualquer país politicamente sério seria um escândalo. Aqui já é considerado assunto vencido. Quem toca no assunto pode ser considerado um chato, um indelicado. A oposição está silenciosa, como de hábito. O Ministério Público finge que não é com ele. E Lula continua lá comendo e bebendo às custas do erário e com uma tropa de mais de 20 acompanhantes.
E se fosse um ex-presidente de outro partido, como o PT agiria?
# por Rodrigo - 11 de janeiro de 2011 às 15:52
Que país é este?
# por barbarah.net - 12 de janeiro de 2011 às 03:50
Dilma quer silêncio sobre salário mínimo. Mandou que os ministros evitem opinar sobre o assunto. (O Globo)
Será que vão "obedecer"?