Pesquisas

As pesquisas indicam tendências. No Brasil dá a impressão que a eleição já está definida, como se a pesquisa substituísse a eleição. Em consequência, os analistas já desenham cenários para o dia seguinte, quem vai liderar a oposição, como será formado o ministério, etc (em tempo: vale a pena checar, depois da eleição, as projeções que estavam fazendo agora sobre a futura composição do Congresso).
Nas duas últimas eleições, as pesquisas erraram feio. Em 2006 indicavam que Lula venceria no primeiro turno. Em 2008 (já escrevi um post sobre isso), erraram no primeiro turno nas 3 maiores capitais brasileiras. Convenhamos que não é pouco.
As pesquisas induzem alguns eleitores a votar no candidato que vai ganhar. O eleitor não quer "perder o voto", tem satisfação de dizer que votou no vencedor.
Caso as pesquisas, novamente, errem feio, não vai dar para esconder os fatos. O problema não deverá ser simplesmente de metodologia, como sempre justificam os institutos.
Claro que sem nenhuma base científica, mas quando leio que só 4% acham que o governo é ruim ou péssimo fico desconfiado: haja unanimidade.

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    # por Rose Perito - 5 de setembro de 2010 às 14:42

    Artigo do professor Roberto Romano da Silva aborda o livro de Serge Tchakhotine “O Estupro das Massas pela propaganda política” (originariamente publicado em 1939) e destaca um conceito que considera ainda atual: “No máximo 10% das pessoas humanas são capazes de resistir à técnica da propaganda afetiva (…) os 90% restante sucumbem ao estupro psíquico”.

    Portanto, podemos supor que nã osão apenas 4%, mas 10%, que nã ose deixam levar pelo fenômeno de popularidade, Lula da Silva.

    Além do mais, pergunto: e, pesquisas quantitativas, portanto questionários fechados, quando se aborda a questão com escolha de 'ótimo/bom/regular/ruim/péssimo' são categorias estanques e não para se colocar num mesmo conceito, por exemplo, ótimo/bom. Uma coisa é ótimo e outra é bom: senão, para que colocá-las como categorias distintas? São conceitos positivos, é certo, mas não significam a mesma coisa.

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    # por barbarah.net - 5 de setembro de 2010 às 15:43

    Vale a pena ler a Veja desta semana.

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    # por barbarah.net - 5 de setembro de 2010 às 16:19

    A onda de desrespeito ocorre sob batuta presidencial.(FHC)

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    # por Lucas - 6 de setembro de 2010 às 12:39

    Tenho lido que as pesquisas indicam que a popularidade de Lula caminha para 238%, e que Dilma está eleita no primeiro turno com 126% dos votos válidos.
    Como nunca fui, nem conheço ninguém que tenha sido entrevistado pelo IBOPE, ou pelo DATAFOLHA, fui até o site oficial do Tribunal Superior Eleitoral (www.tse.gov.br) e descobri algumas coisas interessantes. Os números são oficiais e estão lá para quem quiser ver. Basta acessar o site. O resultado oficial do segundo turno das eleições para presidente em 2006, teve os seguintes números consolidados:
    Números finais da eleição de 2006 (TSE)
    Total de eleitores – 125.913.479 (100%)
    Comparecimento – 101.998.221 (81,01%)
    Abstenções – 23.914.714 (18,99%)
    Votos Nulos – 4.808.553 (4,71%)
    Votos Brancos – 1.351.448 (1,32%)
    Soma de Abstenções + Nulos + Brancos = 25,02%
    Lula – 58.295.042 (46,29%)
    Da leitura dos números acima pude deduzir o seguinte:
    - De cada 4 brasileiros, mais de 1 não votou em ninguém e está se lixando para quem vai dirigir a nação. Não seria o caso de se iniciar uma campanha para o voto NÃO obrigatório?
    - O denominado “voto válido” é um ente virtual criado para mascarar os números reais das eleições. Não estou questionando que Lula tenha sido o candidato mais votado. Mas o que os números oficiais demonstram é que ele não obteve nem a metade dos votos possíveis. Alguma dúvida?
    - O mesmo TSE informa que o número total de eleitores em 2010 é de 135.804.433, portanto qualquer candidato que obtiver menos de 67.902.217 votos, que correspondem a 50% + 1, não terá tido a maioria dos votos do povo brasileiro.
    Pense nisso ao ler as pesquisas que estão sendo divulgadas, e repasse para o maior número de pessoas que puder.

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    # por Anônimo - 6 de setembro de 2010 às 19:46

    Há um problema simples que as oposições precisam resolver urgentemente. O que as pesquisas captaram, no momento em que foram realizadas, é que as oposições não pediam votos. Mostram um candidato melhor, casas, hospitais, estradas, escolas etc., mas não pediam votos. E parece, continuam não pedindo. Apenas ameaçam pedir, mas não pedem com aquela vontade de vencer, de convencer o cidadão a votar nos candidatos delas. Por incrível que possa parecer, é isso que acontece. Ainda dá tempo de corrigir. É só começar que dá certo. Pedir votos ganha eleições.

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    # por Gilberto Campos - 6 de setembro de 2010 às 20:48

    Professor..mas todos os institutos estão confirmando estes indices. Datafolha, ibope, sensus, vox.....todos, sem exceção....estarão todos eles totalmente equivocados ou foram todos comprados?