E a economia vai mal
Do "Valor" de hoje:
Economia brasileira cresce 0,4% no 2º trimestre sobre o 1º, diz IBGE
RIO - O Produto Interno Bruto (PIB) teve expansão de 0,4% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o primeiro trimestre, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. É a maior variação nessa comparação desde o segundo trimestre de 2011 (0,6%).
Nos três primeiros meses de 2012, o PIB cresceu 0,1% em dado revisado, ante alta de 0,2% divulgada anteriormente, na comparação com o último trimestre de 2011, na série dessazonalizada.
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O resultado ficou abaixo da estimativa média de 0,46% apurada junto a 11 analistas consultados pelo Valor Data. As estimativas variavam de 0,30% a 0,80%.
O PIB do segundo trimestre também veio acima do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, e que mostrou crescimento de 0,38% na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2012, na série com ajuste sazonal.
Comparação anual
Já na comparação com o mesmo período do ano passado, o PIB cresceu 0,5% no segundo trimestre, segundo o IBGE. Foi o desempenho mais baixo para a economia brasileira, neste tipo de comparação, desde o terceiro trimestre de 2009, quando o PIB caiu 1,5%.
O resultado ficou abaixo da projeção média de 0,60% apurada junto a 11 instituições pelo Valor Data.
No mesmo período, pelo lado da oferta, a indústria teve contração de 2,4%, o setor de serviços registrou alta 1,5% e a agropecuária teve elevação de 1,7%.
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 2,4% no segundo trimestre de 2012, ante o mesmo período de 2011. A demanda do governo aumentou 3,1% e a formação bruta de capital fixo (que representa o investimento em máquinas e equipamentos e na construção civil) caiu 3,7%, sempre na mesma base de comparação.
Pior entre os Brics
O crescimento de 0,5% do PIB no segundo trimestre em comparação com o mesmo período de 2011, colocou o Brasil na lanterna do crescimento entre os Brics. A liderança coube à China, com alta de 7,6% na mesma base comparativa.
A seguir vieram Índia, com 5,5%; Rússia, com 4%; e África do Sul, com 3,2%.
Em termos de PIB per capita, o Brasil, com US$ 11,6 mil, só ficou atrás da Rússia, com US$ 16,7 mil. A seguir vieram África do Sul, com US$ 11 mil; China, com US$ 8,4 mil; e Índia, com US$ 3,7 mil.
Produção em baixa
No lado da oferta, a indústria caiu 2,5%, no segundo trimestre, ante o primeiro. O setor de serviços registrou alta de 0,7% e a agropecuária teve expansão de 4,9%, na mesma base de comparação.
A média apurada pelo Valor Data foi de queda de 2% para a indústria, no segundo trimestre ante o primeiro; elevação de 0,7% nos serviços e de 3,9% na agropecuária, na mesma base de comparação.
Investimento retraído
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 0,6% no segundo trimestre de 2012, ante o primeiro de 2012. A demanda do governo aumentou 1,1% e a formação bruta de capital fixo (que representa o investimento em máquinas e equipamentos e na construção civil) caiu 0,7%, sempre na mesma base de comparação e na série com ajuste sazonal. A taxa de investimento atingiu 17,9% do PIB no segundo trimestre.
A média apurada pelo Valor Data foi de alta de 1% para o consumo das famílias, elevação de 0,4% na demanda do governo e aumento de 0,4% na formação bruta de capital fixo, na passagem entre o primeiro e o segundo trimestre do ano.
Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, adiou para 2015 ou 2016 - depois, portanto, do mandato da presidente Dilma Rousseff - o prazo para que o governo consiga elevar o nível de investimento para 24% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa foi uma das promessas do ministro no início deste governo. Na época, Mantega disse que essa meta seria atingida em 2014.
O discurso agora é outro. Atingir esse nível de formação bruta de capital fixo no prazo antes estipulado, para Mantega, vai ser "muito difícil". "Teremos que postergar isso [a meta] para 2015 ou 2016", revelou o ministro, ontem, durante o anúncio da proposta orçamentária de 2013.
# por Anônimo - 1 de setembro de 2012 às 13:49
Estagnação do pib + inflação acima da meta = estagflação. A inflação só não está mais alta porque diversos preços administrados estão sendo controlados politicamente pelo governo federal. Esta história nós conhecemos...
# por Anônimo - 1 de setembro de 2012 às 19:35
Tudo é uma questão de ponto de vista... Para o PT nunca houve Mensalão e a economia vai bem, obrigado.
Por sua vez, a realidade mostra a condeção de João Paulo e os dados da economia vão de mal a pior.
No fim é tudo uma questão de opção: enxegar, ou não, a realidade.
# por Sergio - 4 de setembro de 2012 às 15:51
Um dia alguém vai perceber que nada adianta:
-Desonerar parte da economia. (Só para a turma de sempre);
-Reduzir juros sem reduzir despesas;
-Desvalorizar o real na marra;
-Fazer do governo cabide de empregos de compadres;
-Detonar o orçamento através de operações inventadas para favorecer o BNDES.