A situação econômica é ruim

A leitura desta matéria da Folha de hoje só reforça, infelizmente, o que tem sido dito: o governo não tem uma política econômica geral (e nem para os diversos setores da economia). Vive de medidas pontuais (como a isenção do IPI) sem ter uma visão de totalidade. O modelo, que deu certo até o final da década passada, está esgotado. E além de tudo, os famosos gargalos não foram enfrentados (tributos excessivos, baixa produtividade, infra-estrutura deficiente, alto custo da energia, desperdício governamental, etc, etc).


1/06/2012 - 11h54

Brasil teve o menor crescimento econômico entre países do Brics

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DA AGÊNCIA BRASIL
DE SÃO PAULO


O Brasil teve o menor crescimento econômico entre os Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.
O crescimento de 0,8% do Brasil foi menor que os 2,1% da África do Sul, os 4,9% da Rússia, os 5,3% da Índia e os 8,1% da China. As informações foram divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com base em dados de institutos de estatística internacionais e do Banco Mundial.
Na comparação do primeiro trimestre deste ano com o último de 2011, o crescimento de 0,2% do Brasil foi melhor que os desempenhos da Itália (-0,8%), Holanda (-0,2%), Reino Unido (-0,3%), Espanha (-0,3%), Portugal (-0,1%) e França (0%). Mas foi pior que o de países como Chile (1,4%), México (1,3%), Japão (1,0%), Coreia do Sul (0,9%), Alemanha (0,5%) e Estados Unidos (0,5%).
Prévia do Banco Central sobre a atividade da economia (o índice IBC-BR) já apontava um PIB fraco, com crescimento de 0,15% no primeiro trimestre. Pesquisa da autoridade monetária com as principais instituições financeiras do país aponta alta do PIB inferior a 3% neste ano, enquanto alguns bancos e consultorias já projetam expansão de 2,8%.
O PIB, que reflete a soma das riquezas produzidas por um país, é composto pelos dados da indústria, agropecuária e setor de serviços. Também é analisado a partir do consumo, ou seja, pelo ponto de vista de quem se apropriou do que foi produzido. Neste caso, é dividido pelo consumo das famílias, pelo consumo do governo, pelos investimentos feitos pelo governo e empresas privadas e pelas exportações.

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    # por Anônimo - 1 de junho de 2012 às 13:45

    Por Luiz Felipe. "Modelo esgotado", eis a nomenclatura da crise.

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    # por Lucas - 1 de junho de 2012 às 14:57

    Meu pai sempre me ensinava: "filho, um dia a conta chega!"
    Chegou!!!

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    # por Marcos Alves Pintar - 1 de junho de 2012 às 16:25

    De todos os problemas brasileiros, a causa da estagnação econômica que já chegou e vai se aprofundar pode ser creditada ao Poder Judiciário. Tudo bem que o País tem inúmeros problemas, mas o maior de todos é a absoluta crise de Justiça que temos hoje, levando tudo para uma situação de extrema incerteza. Nada é decidido pelo Poder Judiciário, sendo comum processos se estenderem por 15 anos. Faltam juízes, os que estão trabalhando não possuem qualquer legitimidade, tendo sido escolhidos por apadrinhamento, e por aí vai. Se o Brasil não resolver o problema do Judiciário vai patinar e continuar estagnado, por em regime democráticos a esfera de discussão de todos os problemas é o Judiciário, que aqui não oferece resposta satisfatória para nada.

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    # por Anônimo - 1 de junho de 2012 às 17:08

    Marcos Alves Pintar está certo ao apontar os problemas do Poder Judiciário, embora haja outras agravantes, como a corrupção institucionalizada e a incompetência.
    O mesmo apadrinhamento que existe no judiciário se estende aos outros poderes, em que se vê o loteamento de cargos em prol de favores, que são pagos com os recursos gerados pela corrupção, que paga os favores.
    Esse ciclo poderia começar a ser desbaratado por qualquer um dos poderes, dando fim às figuras messiânicas que, à moda dos vampiros, não largam o pescoço que sugaram por oito anos.
    Lula supera Vargas que se dizia pai dos pobres. Ele é pai/dono de todos, pobres e ricos.
    Confesso minha falta de esperança de que algo mude nos próximos anos.
    As mudanças só acontecerão quando os recursos acumulados pelo governo anterior ao lulopetismo e pela situação externa favorável se esgotarem de fato.
    M. Rosa - S.Paulo-SP

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    # por Fernanda - 1 de junho de 2012 às 23:19

    Não entendo absolutamente nada de economia. Não sei então se minha dúvida procede: ué, se os EUA e Alemanha, que estão em situação bem difícil, estão com um numerozinho maior que o Brasil, o que significa isso? É ruim ser ignorante... Vou perguntar para alguém que possa me esclarecer esse ponto obscuro na minha cabeça.

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    # por Fernanda - 1 de junho de 2012 às 23:27

    Ihhh, professor Villa... se o que ocorre por aqui, que torna o caso sério, são: tributos excessivos, baixa produtividade, infra-estrutura deficiente, alto custo da energia, desperdício governamental, etc, etc... ferrou. Ou muda esse governo por um competente e não corrupto, ou vai-se continuar na mesma,incompetente e corrupta do PT, que só pensa em manter as boquinhas.

    Nem preciso mais perguntar pra nenhum economista.

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    # por Anônimo - 2 de junho de 2012 às 04:20

    Pô VILLA, ACHEI QUE VC IRIA COMENTAR A INESCRUPULOSA APARIÇÃO DO LULA NO RATINHO....QUE VC ACHOU?

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    # por Anônimo - 2 de junho de 2012 às 13:20

    Governo de improviso é assim mesmo. Não sabe trocar a mangueira furada por uma nova e fica tapando o fura com fita isolante. Lembram do começo do plano real, onde o pãozinho frances custava menos de R$0,10 e se enchia o tanque do carro com menos de R$30,00? O poder de compra era bem maior.FORA PT !!

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    # por Anônimo - 2 de junho de 2012 às 17:42

    Professor, esta é aterceira vez que faço um comentario-alerta sobre o mesmo assunto :
    A construção civil - leia-se residencial - está quebrando.
    O nivel de desemprego no setor está altissimo e poucas construtoras estão conseguindo levar suas obras à diante. A inadimplencia doa adquirentes está no teto e só não é maior por que as construtoras estão remanejando contratos feitos em unidades maiores para credito em unidades menores e mais baratas na periferia. Ou seja, o cara compra um apto de classe média e sai com um Minha Casa Minha Dilma.

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    # por Casinha - 2 de junho de 2012 às 18:47

    A semana termina com a minha convicção de que estamos vivendo um novo sistema de govêrno no Brasil. Batizei de POLITICRACIA, feito pelos politicos e para os políticos. Ao povo, resta pagar a conta.

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    # por Casinha - 2 de junho de 2012 às 18:55

    Peço desculpas ao prof. para expor minha idéia.
    Trata-se da validação dos votos nulos. Votos nulos, cadeiras vazias.
    Ex. 513 deputados. 20% de votos nulos = 102. Resultado 513-102 teríamos uma legislatura com apenas 411 deputados. Caso ao nivel de decepção do eleitorado aumentasse para 30% nas próximas eleições aplicaríamos 30% sobre os 513 novamente. Só assim os eleitos se preocupariam com o valor dos eleitores.

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    # por Casinha - 2 de junho de 2012 às 18:57

    Tenho certeza de que o prof. sentiu vontade de comentar o lula no ratinho. Porém, assim como aconteceu comigo quando lí a matéria nos jornais, foi maior minha vontade de vomitar.