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Saiu no Estadão. Não pode ser esquecidas as entrevistas de Mantega falando que não haveria um "pibinho" e os protestos quando a imprensa estrangeira noticiou que o PIB poderia ficar abaixo de 2%.


Pessimista, BC reduz previsão de crescimento da economia para 2,5%

 Em relatório anterior, a projeção para o PIB de 2012 era de 3,5%. Dados ruins de agricultura e taxa de investimento foram os principais motivos para a queda

28 de junho de 2012 | 8h 40

Eduardo Cucolo e Fernando Nakagawa, da Agência Estado
BRASÍLIA - O Banco Central revisou a sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País em 2012 de 3,5% para 2,5%. A nova projeção consta do Relatório Trimestral de Inflação, divulgado pela instituição na manhã dessa quinta-feira, dia 28.

O BC explica no documento que a revisão refletiu, em especial, o resultado negativo do primeiro trimestre do ano, quando o segmento registrou queda de 8,5% em relação ao período equivalente de 2011. A autoridade monetária deu destaque para as perdas na produção de soja.
Um dos principais motivos para o pessimismo do BC é a perspectiva para a atividade agrícola. O documento aponta uma estimativa de queda de 1,5% para o PIB do setor em 2012, uma diferença de 4 pontos porcentuais na comparação com a previsão anterior.
Para a indústria, a estimativa de crescimento do BC é de 1,9% - uma queda de 1,8 ponto porcentual sobre a projeção anterior. Já o crescimento para o setor de serviços foi revisto de 3,3% para 2,8% pelo BC.
Além de reduzir estimativas de expansão dos três ramos de atividade que compõem o PIB, o Banco Central informou ainda que revisou também sua estimativa para o crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), uma taxa que sinaliza os investimentos do País, de 5% para 1%.
O BC diminuiu também a projeção de crescimento do consumo das famílias, que deve ser de 3,5%, e não mais de 4%, conforme constava no documento divulgado três meses atrás. A previsão do consumo do governo, porém, foi mantida em 3,2%.
Com isso, a contribuição da demanda interna para a expansão anual do PIB está estimada em 2,7 pontos porcentual, a menor desde 2005, com exceção de 2009. Já a do setor externo deverá exercer impacto negativo de 0,2 ponto porcentual para a evolução do agregado em 2012.
Segundo o BC, todas as estimativas incorporam os resultados do primeiro trimestre de 2012; dados preliminares referentes ao segundo trimestre, período em que a retomada da atividade vem ocorrendo de forma bastante gradual; e a atualização do cenário macroeconômico para a segunda metade do ano.

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    # por Anônimo - 29 de junho de 2012 às 23:46

    Esta semana fui seriamente questionada por um amigo de mais idade sobre meu interesse, e frustração, com notícias sobre economia e política veiculadas na mídia.

    De fato, começo a me perguntar de que adianta querer estudar e me informar se - no final das contas - não consigo ter qualquer tipo de influência nos rumos das macro decisões fundamentais para o país.

    O Brasil não mudou. Mudou-se a forma frente às novas tecnologias e realidade sócio-econômica. Continua existinto a casta política (com toda sorte de distinção e privilégios) e o universo dos meros mortais; entre estes um Poder Judiciário que pouco ajuda, e em muito reforça diferenças.

    Temo que tenhamos perdido o trem da história. Perdemos uma oportunidade singular, entre os governos FHC e Lula, de implantar uma estrutura que servisse de sustenção ao atendimento do que determina o Art 3º da Constituição Federal. Continuaremos cada vez mais dependentes de medidas localizadas que, cada vez menos, surtirão qualquer efeito no desenvolvimento econômico e social. Continuaremos com uma infra-estrutura débil, e um sistema tributário suicida que em nada ajuda aos setores produtivos.

    No fim, talvez tenhamos governos perdidos cuja popularidade, ainda assim, estará em alta.

    Até quando a economia ajudar, pelo menos...