História da migração nordestina para São Paulo

Segue link de um trecho de um capítulo de um livro meu (ainda) inacabado. Trata da grande migração nordestina para São Paulo. Foi publicado na revista eletrônica de poesia e cultura Sibila: http://www.sibila.com.br/index.php/mix/2171-quando-vim-mimbora-a-migracao-nordestina-para-sao-paulo

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    # por Anônimo - 7 de junho de 2012 às 06:00

    Muito bom, Villa. Estudar a história Paulista, e nesse caso obviamente também relacionada com a história nordestina, é necessário.

    Há algum tempo um amigo meu disse que não se via como Paulista, pois, embora ele seja Paulista, não se identificava como o sendo. Esse seu texto contribui para mostrar que isso é verdade, e mostrar a todos os Paulistas a dívida impagável que possuem com os nordestinos. Eu sou filho de nordestino, e espero que um dia o nordeste melhore para que eu possa voltar para lá, pois ainda hoje não me identifico com São Paulo.

    Espero que seu livro faça sucesso.

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    # por Anônimo - 7 de junho de 2012 às 10:39

    Eu como filho de mãe catarinense e pai preto e pobre do interior de S.P,nascido nesta capital(Itaquera)sempre me senti brasileiro e ser paulistano,acho que é ser um pouco universal.Até onde sei o movimento migratorio(Norte para sudeste)especificamente para São Paulo foi um movimento orquestrado pelo governo federal após a revolução de 1932,afim de sufocar qualquer movimento separatista,pois aqui havia um foco de nacionalismo exacerbado,evidentemente a luta pela terra e o coronelismo dos outros estados só contribuiu para o caldo cultural de sampa.Como diria Mano Brown(Racionais)eu amo está porra.

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    # por PH - 8 de junho de 2012 às 11:49

    Prof. Villa,
    lendo o trecho do capítulo acima, eu pude vislumbrar a origem de mentalidades como as pessoal que redigiu o manisfesto "SP para o paulistas" (http://www.petitiononline.com/estadosp/petition.html). Eu gostaria muito de conhecer a sua opinião sobre esse manifesto.

    Provavelmente, o seu livro, contando a história da migração nordestina para SP, venha a criticar as mentalidades que se consolidaram sobre o deslocamento de brasileiros pelo território nacional.

    Paulo Henrique
    Brasília-DF

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    # por Sô - 11 de junho de 2012 às 12:24

    São Paulo acolhe a todos sem distinção e discriminação porém, a maioria das pessoas ouviram nos últimos 9 anos que paulista e paulistano é nazista, fascista, preconceituoso e cheio de ódio.
    Infelizmente o "mantra" do apeDELTA deu certo...nós paulistas e paulistanos que aceitamos tudo e todos, hj em dia somos discriminados...a coisa se inverteu

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    # por Anônimo - 11 de junho de 2012 às 12:56

    Eu até concordo com toda a crítica que se faz a isso, mas em boa parte são fantasmas que não mais existem, pelo contrário. Essa argumentação é muito utilizado pelo Paulo Henrique Amorim e cia contra todos aqueles que votam na oposição, ou que demonstram qualquer sentimento de amor por São Paulo.

    Sou Paulista. Não tenho o direito de querer o melhor para o meu Estado? Não tenho o direito de dizer que tenho orgulho de ser Paulista sem ter que ficar recebendo de sujeitos paranoicos a pecha a preconceituoso, quando os verdadeiros preconceituosos são eles próprios? Não tenho direito de valorizar o meu Estado e dizer que, a despeito das injustiças e dos preconceitos, somos uma terra que, ainda assim, recebeu os migrantes, que melhoraram de vida, que busca o progresso e a liberdade?

    Você sabe, Villa, que os Italianos também foram alvo de preconceito. Talvez, os nordestinos de ontem sejam os Italianos de anteontem, e a história se repete. Eu concordo com tudo, mas não deixarei de temer de dizer que tenho orgulho do meu Estado e do meu país porque alguns querem passar a imagem de que o Brasil é feito por uma única cultura, querem crer que os Bandeirantes foram verdadeiros imbecis e genocidas de índios, ou que a revolução de 1932 foi uma revolução conservadora, ou que os Paulistas são preconceituosos, racistas, e tudo mais. Sinceramente, estou farto disso. Estou farto de não poder me preocupar com o meu Estado sem ter de conviver com gente que vive pelo passado, com Paulos Henrique Amorins da vida. Por que haveria uma oposição entre ser Paulista e ser Brasileiro? Não existe essa oposição. Mas, talvez, alguns realmente querem que essa oposição exista. Talvez, essa não seja uma crítica que alguns façam aos Paulistas, mas sim um desejo travestido de crítica, ou uma crítica travestida de dúvida. Ou será que os Republicanos Paulistas tinham razão? Talvez tais críticas sejam daqueles que não tem capacidade para se desenvolver com seu próprio esforço, e que vivem a procura de um bode expiatório que possa ser o responsável por todas as desgraças do país. Deve ser uma verdadeira agonia fazer parte dessa "tal de elite Paulista". É ela a grande culpada por todas as desgraças deste país, pela seca no nordeste, por tudo. É se fosse como uma sociedade secreta, do tipo Iluminati, que conspira contra tudo de bom que possa acontecer. É a Bucha do Largo de São Francisco que ainda reina.

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    # por Anônimo - 11 de junho de 2012 às 12:57

    Continuando...

    Ou, quem sabe, seja só mais um da mesma série: São Paulo, / Uma pátria desejada / Uma pátria que nunca existiu, / Mas que sobrevive no último recanto de nossas almas, / [...]

    O que reina hoje não é o preconceito contra os nordestinos, o que existe é o preconceito de todos aqueles que acham que todos devem se submeter a uma pátria suprema, nacionalista, que acham que todos devem se submeter a um Estado gigantesco e centralizador, que não acreditam no poder do indivíduo, que não acreditam que a verdadeira política se faz localmente, que não acreditam que a liberdade seja sequer uma alternativa de sociedade, que não acreditam no progresso, que não acreditam no esforço individual, que não acreditam em um Estado baseado na oportunidade, e não no berço esplêndido. Ou, quem sabe, essa não seja uma interpretação daqueles que o fazem, mas sim um desejo mórbido que escorre pelas vestes prateadas de uma linda princesa que já não existe, como quem crê que todos que amam São Paulo vai assinar o tal do manifesto "SP para os Paulistas". Pobre São Paulo. Pobre Brasil. Ainda não aprenderam que a história não é um jogo de cartas marcadas, que não existe heróis ou vilões, mas pelo visto os historiadores de hoje não contribuirão para que a crença de que a história é feita de heróis, vilões, e vítimas, desapareça.

    É ainda mais triste ver que a cada dia que passa ao invés de isso melhorar, só piora. Ao invés de aparecerem historiadores para dizer que a história não é composta de heróis e vilões, só servem para aprofundar aquilo que já está consagrado como verdade absoluta.

    Talvez eu deva desistir de acreditar que algum dia seja possível criar uma nova sociedade no Brasil, em que todas as regiões possam se desenvolver, em que todos se respeitem, em que a liberdade e a crença de que todos somos Brasileiros e Paulistas (sem nenhuma contradição) seja possível. Mas, pelo andar da carruagem, isso não será possível. Devo me render aos republicanos Paulistas. Talvez alguns antigos historiadores daquele partido estivessem certos em dizer que Brasil está fadado a ser um país em que jamais se consolidará culturalmente ou que crescerá sem ameaças à democracia, pois sempre estará nas sombras dos que creem que a única alternativa seja o Estado draconiano e centralizador, e pelas sombras dos oligarquias de algumas regiões. Como diriam eles, talvez seja um país que jamais acreditará no indivíduo, ou na livre iniciativa, que esteve na formação de São Paulo.

    De qualquer maneira, a história é sempre escrita por mãos de Seres Humanos. Não pode ser diferente. A hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude.

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    # por Anônimo - 12 de junho de 2012 às 21:32

    Sou Paulista mas acima de tudo sou BRASILEIRO!

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    # por Anônimo - 17 de outubro de 2012 às 01:00

    Boa Noite, Prof Marco. Tenho grande interesse em conhecer seus estudos sobre Migração Nordestina na região metropolitana de São Paulo. Como faço para lhe encaminhar um e-mail?