Desembargador recebe 150 mil reais para reforma.
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Ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, o desembargador Celso Luiz Limongi recebeu do órgão R$ 150 mil para reparar seu apartamento na capital paulista.
A informação foi revelada ontem pelo jornal "O Estado de S. Paulo". Segundo Limongi, o valor foi pago em quatro parcelas em 2010 e destinou-se a uma "reforma de urgência". A cobertura de três quartos sofria com as chuvas.
"Chovia dentro do apartamento, pingava pelas lâmpadas, tábuas ficaram empenadas, móveis apodreceram", conta Limongi. "Era impossível não agir, mas o ordenado não dava para a reforma."
De acordo com Limongi, a verba que recebeu diz respeito principalmente a férias que vendeu ao longo da carreira e não se trata de privilégio.
"Quando me aposentei [em 2011], o valor foi descontado. O TJ ainda me deve ao menos R$ 1 milhão, mas esse dinheiro ficou para as calendas."
Limongi afirma que, quando presidiu o TJ-SP, no biênio 2006-2007, também liberou pagamentos excepcionais a magistrados e funcionários.
"Inclusive adversários receberam. Quando há uma situação emergencial, o tribunal precisa se sensibilizar, até por ser um dinheiro devido."
Nos últimos meses, o Conselho Nacional de Justiça investigou pagamentos irregulares em TJs de todo o país. Em São Paulo, o foco são 17 magistrados que teriam recebido até R$ 1 milhão cada um.
Limongi diz não estar entre eles e critica a suposta irregularidade: "Salvo em uma situação extraordinária, não é justo haver essa desigualdade". (UIRÁ MACHADO)
# por Anônimo - 10 de janeiro de 2012 às 08:39
Enquanto isso, milhares de desabrigados pelas fortes chuvas em BH, ES e RJ sofrem com o descaso do governo e de seus governantes. E ainda há aqueles que defendem o íntegros e insuspeitos integrantes do Poder Judiciário. ô povinho idiota esse nosso.
Pode ser que eu me engane, Prof. Villa, mais muita, muita coisa de ruim ainda vai aparecer em relação ao todo-poderoso e intocável Poder Judiciário. Tudo leva a crer que o que ocorre ali é bem mais grave do que ocorre nos outros dois Poderes constituídos.
E a dengue? Vamos controlá-la?
Mas o carnaval está aí, o futebol também, para alentar os menos desavisados.
Brasil, terra de Pelé, Ronaldinho Gaúcho, Neimar, Adrianao, etc...
Estamos, na verdade, em um Titanic...
# por eustaquio nunes de morais - 10 de janeiro de 2012 às 10:27
Ilustre figura de proa do jornal da cultura, aproveito a oportunidade para parabeniza-lo pela lucidez de seus pronunciamentos no referido programa.
No caso em tela demonstra a falta de bom senso de nossas autoridades, que não se importando com quem só pode morar onde consegue, se preocupa com os problemas de uma cobertura que certamente é cercada de todo luxo, apesar de saber que nossos ilustres magistrados ganham mais que seus pares de nações mais ricas.
# por O Mascate - 10 de janeiro de 2012 às 10:32
Villa, OFF Toppic.
Ontem assistindo ao Jornal da Cultura percebi a tendência latente dentro da redação do jornal. Eu sempre julguei a TV Cultura como isenta ideológicamente, mas no episódio da USP a coisa ficou bem caracterizada.
Sem contar os comentários patéticos do tal advogado e PTralha de ocasião, os E-Mails e comentários dos telespectadores que sempre são lidos em todos os blocos se resumiram a uma única leitura. Onde um cidadão apoiava o estudante e outros dois a PM.
A população apoia a PM, e certamente os comentários seriam de apoio ao policial, mas para não contariar alguém dentro da redação a leitura de E-Mails parou e o assunto foi devidamente enterrado.
Uma pena, pois eu sempre contei com a independência do Jornal, mas pelo visto já era.
Abçs.
# por Joaquim - 10 de janeiro de 2012 às 10:34
Boa mesmo devia ser a época onde tudo se resolvia na flechada ou na machadinha. Robou? Leva agora pancada no crânio.
Que política o quê? Isso não é pra brasileiro não!
Vumbora que agora tem Rei Pelé, Imperador Adriano e muita mulata pra ''nóis'' curti no carnaval.
# por Daniel - 10 de janeiro de 2012 às 12:24
Como digo, caro Villa, esta na hora de chamar o Marcola pra botar ordem nesta suruba. Mas esperar o que, de um Judiciario que tem entre os seus, o honrado Peluso. O grande Peluso, como poucos sabem, foi CONVOCADO pelo Renan Calheiros, da mesma patota, pra uma conversa, ao pe do ouvido, com o Advogado do Jader LADRAO Barbalho? Nada, né?
# por Anônimo - 10 de janeiro de 2012 às 12:57
Sou advogado da área previdenciária e apesar dos esforços tenho centenas de clientes literalmente passando fome enquanto aguardam o andamento de demandas que nunca se findam. Mesmo quando há ganho de causa começa a via crucis do precatório, sendo que muitos morrem sem receber o que lhes é devido pelo Estado. Mas quando se trata de atender a interesses de magistrados, aí se vê a "sensibilidade" dos próprios magistrados.
# por Anônimo - 10 de janeiro de 2012 às 14:59
Villa, os casos CNJ e MENSALÃO, poderão salvar ou enterrar de vez o judiciário brasileiro.
Para usar um velho termo, novamente na moda, temos que "focar" nisso.
# por Ana Lúcia K. - 10 de janeiro de 2012 às 16:32
Para não dizer outra coisa, fico só com essa: vai ser "cara de pau" assim lá na "China"! Eles perderam tudo! A vergonha, o senso, a justiça, a sensibilidade, o respeito, a razão, a moral e sobretudo qualquer noção de direito. É o fim! Não sei aonde vamos parar, não temos a quem recorrer.
E ainda tem gente que acredita que o Brasil é o país do futuro,pode? Nem daqui a quinhentos anos, infelizmente.
# por Anônimo - 10 de janeiro de 2012 às 17:18
Realmente o nobre magistrado merece ajuda na recuperação de sua modesta cobertura, pois não lhes bastam os 60 dias de ferias acrescidos de 1/3, os 15 dias de recesso, o auxilio moradia e saude, o carro oficial, o gabinete com telefone franqueado e assessores. Para tudo isso existem milhões de idiotas que levantam as 04:00 da manhã para pegar no batente as 07:00 e chegar em casa as 22:00. Parabens, este é o País do futuro.
# por Anônimo - 10 de janeiro de 2012 às 17:58
Prof. Villa:
Não faz muito tempo, estive na Argentina com minha família.
O que lá presenciei, em termos de política e educação, deixa o nosso Brasil a desejar.
Nosso povo não tem raça (vontade de lutar por dias melhores). Aceita tudo calado. Não se manifesta. Não vai às ruas. Isso eu vi os argentinos - nossos "irmanos" fazerem e bem. Ninguém segura aquele povo politicamente.
Que tal mandarmos para a Argentina o STF, STJ e os Tribunais de Justiça do Brasil. Certamente sobraria dinheiro para a educação, a saúde e a segurança pública.
Eu pensava que só político brasileiro é que passasse óleo de peroba na cara. Engano meu...
Enquanto isso, o povo...
- rta tudo p
# por Anônimo - 10 de janeiro de 2012 às 22:53
O nome disso, professor Villa, é Poder Judiciário.
# por O Mascate - 10 de janeiro de 2012 às 23:09
Villa, o que eu disse sobre os E-Mails? Hoje no Jornal foram lidos dezenas de mensagens em todos os blocos.
Estaria a Cultura querendo formar opiniões tendenciosas?
# por Anônimo - 11 de janeiro de 2012 às 10:10
Villa, como dizia o cabloco: "Quando em determindo pais juizes tem medo de condenar e prender políticos, fatalmente acabaráo sendo presos por eles.
# por Fabricio - 12 de janeiro de 2012 às 23:21
E quem dará aos que sofrem com as chuvas, os que não têm nem moradia, o paisinho de senvengonhas!
# por Matheus - 13 de janeiro de 2012 às 20:24
Passando para conhecer o blog, muito sério e com ótimo conteúdo!!
# por Matheus - 13 de janeiro de 2012 às 20:24
Parabéns pelo trabalho...
# por Fernanda - 15 de janeiro de 2012 às 18:23
Se o salário do desembargador e ex-presidente do TJ-SP não dá para reparar goteiras na casa dele, deveria ficar com as goteiras... Talvez ele percebesse que é assim que fica todo mundo que não tem dinheiro para tapar buracos em casa e lembrasse que existe uma coisa chamada Justiça. E que existe, nos países onde existe democracia, um Poder constituído chamado Judiciário para fazer valer a justiça para todos (não é o caso do Brasil, claro).