Oposição
Parece um mantra: onde está a oposição? Passaram as festas de fim de ano, as férias e o carnaval. O novo Congresso tomou posse, o governo está com uma equipe ministerial ruim, a inflação sobe, o crescimento econômico previsto para este ano caiu de 5% para 4%, a infraestrutura continua péssima, as obras do PAC fazem água ou geram revolta (como no recente episódio de Jirau). E a oposição? Ela elogia o governo, a "competência" de Dilma e o "novo" estilo de governo. Nas duas Casas do Congresso, a oposição sequer consegue fazer um discurso por dia criticando o governo. Deve estar aguardando a Páscoa. Os 44 milhões de votos parecem pura ficção.
# por j.a.mellow - 29 de março de 2011 às 22:38
Eu não posso imaginar que a oposição seja tão burra, se quisesse mesmo fazer oposição. Mas acho que ela não quer é mesmo fazer oposição. Ela já viu, que dentro da situação atual é muito mais confortável ser situação. Vai-se explicar o que prá quem, meu caro Villa? É chover no molhado; eu e você já sabemos e morremos de saber onde estão e onde deveriam estar certas e determinadas coisas. O resto é o resto. Precisa ainda ser criado para ter tal discernimento. O que o resto, que na realidade resto somos nós por que somos em menor quantidade, viu até hoje ser feito diferente do que se está fazendo agora? Então essa criação é que é o busilis. Você me lembrou uma coisa interessante: será que a “oposição” quer cooptar a Dilma desatrelando-a de Lula? É uma situação no mínimo esdruxula, pois ao mesmo tempo e apesar de que temos todas as probabilidades de não conhecermos a mesma conjuntura internacional de antes e as próprias políticas de aplicação real não vão sendo bem feitas inclusive quanto à obtenção de resultados, perderemos todas as oportunidades de mostrar isso à Nação. A quem caberá a culpa por essas coisas assim acontecerem? Prá onde levaremos esse País?
Mas bater nisso é bater surdo, pois essas coisas já se falaram todas, não reacende mais as paixões. Agora o que deverá contar é o novo, o inusitado, o caminho nunca antes percorrido e o principal: informar, mas informar dando antes formação para tanto, que não é a informação dada pela Globo, pela internet ou coisinhas parecidas. É um trabalho difícil, muito difícil. Será que as “oposições” não querem arriscar os poucos cargos que têm e preferem ficar ameaçando nos estados e municípios, tirando vantagens aqui e acolá, enquanto a Grande Política pode ser definitivamente sepultada? Ou estão esperando um acontecimento maior que venha a mobilizar toda a Nação? É um momento de indefinição que deixa em todos a sensação de que estamos sem rumo.
Não sei se falei alguma besteira, mas se falei,Dr. Villa, me corrija por favor.