Crer e perseverar

Hoje, o Estadão publicou este artigo (logo abaixo) de Fernando Henrique Cardoso. No mesmo jornal, a 28 de janeiro, escrevi o artigo "Oposição sem rumo". N'O Globo de 24 de janeiro saiu outro artigo meu com o título "O incômodo silêncio da oposição". Os três artigos dão uma boa discussão:


Nas duas últimas semanas, apareceram alguns artigos na mídia que ressaltam o silêncio das oposições como um risco para a democracia. É inegável que está havendo uma ‘despolitização’ da sociedade não só no Brasil, mas em geral.

O ‘triunfo do mercado’ levou às cordas as colorações políticas. Parece que tudo se deve medir pelo crescimento do PIB. Nos países bem-afortunados, ainda que cheios de ‘malfeitos’, não há voz que ressoe contra os governos.

Nos que caem em desgraça sem terem feito a ‘lição de casa’ – sem terem gerado um ‘superávit primário’ –, aí, sim, os governos em exercício pagam o preço. Caem porque são vistos como incapazes de assegurar o bom pagamento aos mercados.

Não importa ser de coloração mais progressista ou mais conservadora. Caem sem que tenha havido um debate político-ideológico que mostre suas fraquezas eventuais, mas porque o rancor das massas gerado pelo mal-estar econômico-financeiro se abate sobre os líderes do momento.

O Brasil esteve até agora ao abrigo da tempestade que desabou sobre os mercados dos Estados Unidos e da Europa. Por mais que nossos governos errem, os decibéis das vozes oposicionistas são insuficientes para comover as multidões. Pior ainda quando essas vozes estão roucas ou preferem sussurrar.

Como entramos em céu de brigadeiro a partir de 2004, tanto pela virtude do que fizemos na década anterior quanto pelos acertos posteriores e graças à ajuda dos chineses, fazer oposição se tornou um ato de contrição.

Mas que importa? Também era assim no período do milagre dos anos 1970, durante o regime militar. A oposição nada podia esperar, a não ser censura, cadeia ou tortura. Não obstante, não calou. Colheu derrotas eleitorais e políticas, resistiu até que, noutra conjuntura, venceu. Hoje a situação é infinitamente mais fácil e confortável. Só que falta o que antes sobrava, a chama de um ideal: queríamos reabrir o sistema político. Hoje, o que queremos? Ganhar as eleições? Mas para quê? Eis o enigma.

Não faltam candidatos. Ainda recentemente, em conversa analítica que fiz com uma jornalista da The Economist, ressaltei que há vários e não só no PSDB. Neste, o mais conhecido e denso, José Serra, amadurecido por êxitos e derrotas, não conseguiu deixar claro em 2010 sua mensagem, embora tenha obtido 44% dos votos.

O isolamento no qual sua campanha ficou, dadas as dissonâncias internas do PSDB e as dificuldades para fazer alianças políticas, impediu a vitória. Se o candidato tivesse expressado com mais força suas convicções, mesmo desconsiderando o que as pesquisas de opinião indicavam ser a demanda do eleitorado, poderia ter sensibilizado as massas.

Quem sabe por este caminho se decifre o enigma: falar à sociedade, com força e veemência, tudo o que se sente, inclusive a indignação pela corrupção, pela incompetência administrativa e, sobretudo, pelo escândalo de uma sociedade que se faz mais rica com um governo que distribui muito pouco, que faz propaganda do que não concretizou inteiramente e coloca no altar os ‘vencedores’, mesmo quando estes ganham à custa do dinheiro do povo que paga impostos cada vez mais regressivos.

Outro, mais óbvio provável candidato, graças à posição eleitoral dominante em seu Estado e ao seu estilo de fazer política, Aécio Neves, está em fase de teste: transmitirá uma mensagem que salte os muros do Congresso e chegue às ruas? Encarnará a mudança com a energia necessária e o desprendimento que é o motor da ousadia, se arriscando a dizer verdades inconvenientes, e aparentemente custosas eleitoralmente, para que o povo sinta que existe “outro lado” e confie nele para abrir perspectivas melhores?

Refiro-me aos dois por serem os mais cogitados no momento. Não são os nomes que importam agora, mas a disposição de correr riscos e de sair da armadilha da briga partidário-eleitoral para entrar na grande cena da opinião pública e, façamos a distinção, da opinião popular.

É evidente que o governo, qualquer governo, leva vantagens, principalmente desde quando o lulo-petismo instalou a regra de que tudo vale para manter o poder: clientelismo, propaganda abusiva, uso continuado da máquina pública etc. Entretanto, também no regime militar o governo levava vantagens. Mas nós lutávamos não para ganhar no dia seguinte, mas para criar um horizonte de alternativas.

A elucidação do enigma requer perseverança e coragem. Eu ganhei duas eleições no primeiro turno contra Lula porque tinha uma mensagem: a da estabilização da economia com o Real e o início da distribuição de rendas.

Mesmo sem propagandear, a pobreza deixou de atingir mais de 15 milhões de pessoas com a estabilização dos preços e a política de aumentos reais dos salários mínimos, que começou em 1994. Não foi fácil ganhar os apoios para pôr em ação o Plano Real, precisei brigar muito.

Lula ganhou porque pregou, no início no deserto, ser ele o portador da mensagem que levaria a um mundo melhor. Perseverou, rodou o Brasil, abandonou a tribuna parlamentar e, no começo, desprezou a mídia. Mostrou-se audacioso, desprendido e generoso. Se sinceramente, ou não, é outra questão: a Carta aos Brasileiros está à disposição dos historiadores para que julguem. Mas o povo acreditou.

É essa a verdadeira questão da oposição e deveria ser a preocupação dos pré-candidatos: mergulhar nos problemas do povo, falar de modo simples o que sentem e o que se pode fazer. Sem meias palavras e sem insultos. Sem falácia, com muita convicção. Politizar a cena pública para assegurar a democracia. Dizer quem é bom, ou melhor, o que é bom e o que é mau.

Mas dizer nas universidades, nas organizações populares, nas associações profissionais, nas pequenas e médias cidades. Preparar nelas a mensagem – o discurso – para mais tarde falar com credibilidade na grande cena nacional. Quem o fizer terá chances de ser o candidato da oposição e, eventualmente, ganhar as eleições. Isso independe de manobras de cúpula, simpatias e interesses menores.

Não se pense que nossa realidade será sempre o que hoje parece ser: uma sociedade conformada, legendas eleitorais disputando mordomias no dá cá toma lá entre governo e congressistas e a voz do governo a tonitruar como um trovão divino, a que todos se curvam prestimosos. É só mudar a conjuntura, e a cena muda, se a oposição apresentar alternativas. Mesmo que não mude, nada deve alterar nossos valores e convicções. Continuemos com eles, pois “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”.


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    # por Lucas - 5 de fevereiro de 2012 às 08:38

    FHC tem a pretensão de ser uma peça importante no tabuleiro da política nacional. Coisa de emplumado e enfumaçado tucano.
    Com seus atuais 80 anos,deveria cair na real e pensar que em 2014, provavelmente já estará discutindo a política nacional com Jânio, Ulisses, Tancredo, Itamar...

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    # por Airton Leitão - 5 de fevereiro de 2012 às 12:21

    Ainda dá para se ler o que FHC escreve e ouvir o que fala. Ter 80 anos não diminui ninguém. É melhor saber o que FHC diz e pensa do que ter como 'conselheiros' figuras também veteranas como Sarney, Zó Dirceu, Jader Barbalho, Rena Calheiros e outras 'raposas'.

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    # por Anônimo - 5 de fevereiro de 2012 às 12:31

    Lucas, FHC é uma das melhores cabeças deste país. Não podemos abrir mão das opiníões de, no mínimo, um grande sociólogo.

    Dica: Observador Político
    Wanda Stefânia

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    # por Licínio Miranda - 5 de fevereiro de 2012 às 12:36

    Em 2010 a Dilma ficava insistindo em uns aviõezinhos teleguiados para combater o tráfico de drogas nas fronteiras e o Serra em mutirões de saúde.

    Bobagem. Quer discurso? Basta isso:

    1)Diminuir a carga tributária (diminuir MESMO).
    2) Simplificar os tributos de forma que até mesmo o dono do mercadinho do bairro mais pobre saiba o que deve pagar em impostos.
    3) Simplificar ao máximo a burocracia.
    4) Diminuir a máquina do estado.
    5) Obrigar os juizes (principalmente os juizes!) e os demais servidores públicos a trabalharem 8 horas por dia.
    6) Permitir que a iniciativa privada possa proliferar de fato e ter a capacidade para competir de igual para igual com empresas estrangeiras. Se adotar os itens "1", "2" e "3" citados acima, já seria um bom início.
    7) Reformar os códigos de Processo Penal e Civil, tornando os procesoss mais simples e rápidos de serem concluídos.

    Não precisa nem prometer que irá melhorar a saúde pública, segurança, educação, etc... Se o pai de familia ver que o dinheiro no final do mês está sobrando por que está pagando menos pelo leite, carne, arroz, etc... e que o seu salário líquido é mais que antigamente, ele poderá se dar "ao luxo" de pagar escolas e planos de saúde particulares à sua família.

    Precisamos depender o mínimo do Estado! O mínimo!

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    # por Anônimo - 5 de fevereiro de 2012 às 14:24

    Os "Lucas " da vida... Se acham.

    Pobres de nós que subvalorizamos as opiniões e os conselhos dos mais velhos. Nos paises mais desenvolvidos, intelectual e filosoficamente falando, India, Coreia, Japão, China, a palavra do idoso é ouvida com respeito, seja ele quem for. Por si carrega a existência de uma vida, coisa que os "lucas da vida" ainda nem sonharam em conseguir. São fundamentais e acionados em periodos de grave turbulência, de desesperança, de descaminhos, de insanidades coletivas.

    ... e vem um dos "Lucas da vida" e atiram a primeira pedra.
    Menos, Lucas, menos...
    Um dia quem sabe, se tiver muita sorte voce vai conseguir entender o que FHC disse.
    Não tenho muita expectativa de que isto aconteça, no seu caso, mas quem sabe...
    Até os idiotas podem ter momentos de lucidez. Aguarde o seu.

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    # por Lucas - 5 de fevereiro de 2012 às 15:22

    Airton Leitão, concordo com sua definição sobre raposas velhas.
    A principal delas,Sarney, é tão raposa que já anunciou que pendura as chuteiras em 2014 quando encerra seu atual mandato, quando estará com 84 anos.
    Deveria servir de lição para muitas das "melhores cabeças" deste país...

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    # por GRAÇA NO PAÍS DAS MARAVILHAS - 5 de fevereiro de 2012 às 20:47

    prof Marcos Villa, osr FHC está "tentando" defender, através deste artigo, a NÃO OPOSIÇÃO, O QUE PARA MIM já se trata de loucura ou grave arteriosclerose.
    Trata-se de um artigo com INVERDADES e SOFISMAS, mas Deus ... ainda é brasileiro?

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    # por GRAÇA NO PAÍS DAS MARAVILHAS - 5 de fevereiro de 2012 às 20:49

    Lucas, obrigada pela LUCIDEZ e pela JUVENTUDE

    Por sua causa, o BRASIL amanhece

    Chega de VELHACARIA E ANTIGUIDADES E RAPOSAS ARDILOSAS neste país

    Obrigada

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    # por Fernanda - 5 de fevereiro de 2012 às 21:25

    Sobre o comentário 8#

    Não entendi. Onde o Brasil está amanhecendo? Talvez na cabeça de uns poucos iluminados, tão iluminados que ficam ofuscados e não enxergam a realidade.

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    # por Fernanda - 5 de fevereiro de 2012 às 21:31

    Professor Villa

    Sem desmerecer do artigo do FHC, preferi os seus 2, anteriores ao dele: "Oposição sem rumo" e "O incômodo silêncio da oposição".

    A propósito, FHC deve ter algum problema, pois sua teoria não costuma coincidir muito com sua prática.

    Viu o artigo do Serra hoje no Globo? (assino o jornal impresso e não tenho o link do on line; não sei se saiu também no Estadão). É o Serra de sempre - infelizmente, o que não deixaram se manifestar como deveria na campanha eleitoral para presidente. Voto nele em qualquer hipótese.

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    # por Fernanda - 5 de fevereiro de 2012 às 21:34

    Professor Villa

    Não desmerecendo do artigo do FHC, preferi os seus 2, anteriores ao dele: "Oposição sem rumo" e "O incômodo silêncio da oposição".

    A propósito, nos últimos tempos a teoria do FHC não costuma coincidir muito com sua prática. É uma pena.

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    # por Orlando Tambosi - 5 de fevereiro de 2012 às 21:55

    FHC chegou tarde, como sempre.

    Pijama já!

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    # por Lucas - 5 de fevereiro de 2012 às 22:10

    Anônimo das 14:24, parece que tem muito idiota lendo o blog do Villa, pois não?

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    # por Anônimo - 5 de fevereiro de 2012 às 22:57

    Lucas, volta pro mar, oferenda!!!!!
    Wanda Stefânia

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    # por Anônimo - 5 de fevereiro de 2012 às 23:51

    Nunca votei no acadêmico Fernando Henrique e nem no PSDB, porém a sua análise é pertinente e aponta claramente os erros cometidos pela oposição nas ultimas três eleições presidenciais. Mostram a falta, pelos candidatos tucanos, de engendrarem propostas mais contundentes e criticas aos encaminhamentos equivocados da situação. O descuido do Dr. Fernando Henrique, como líder do PSDB – não haveria pessoa mais indicada - foi não demonstrar internamente para o seu partido sua preocupação. Sendo assim, passou a não ser a figura mais importante dentro do PSDB, o que é de se lamentar. Afirma, também, que “Lula ganhou porque pregou, no início no deserto”. Não acredito que Serra e nem Aécio tenham esse perfil de pregar nesse terreno, tão inóspito com as suas personalidades políticas. Vida que segue... E que apareça outros nomes capazes de promover um debate mais condizente com os anseios da sociedade brasileira.
    Francelino Bouéres.

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    # por Anônimo - 6 de fevereiro de 2012 às 00:11

    Vejam só :

    LUCAS faz GRAÇA NO PAIS DAS MARAVILHAS...

    AH, AH, AH, AH...

    DEVE SER POR CAUSA DO "ESPETÁCULO DO CRESCIMENTO", prometido por "Noço Guia" (deles, é claro)!

    Desculpe professor, não resisti.

    Ainda bem que esta horda de petistas deslumbrados vai ter fôlego curto.

    Nas proximas eleições, os adversários terão tanto material politico, com tanta obscenidade eleitoreira proporcionada e prometida por estes mentecaptos, que às custas da compra dos votos dos famintos - como antigamente procediam os Coronéis, tão criticados pelos petistas - e se aprumaram na vida, "enricaram" como diz o lider deles, com o dinheiro da saúde do povo, das estradas que não sairam das promessas, das pontes, represas, refinarias, casas populares...etc.
    Vão tomar no lombo, pelegada...
    Quem viver verá...

    Ps.: o texto do Augusto Nunes sobre a fala do Lula em 2001 sobre a greve da PM na Bahia é impagável.
    Nada como um dia após o outro...
    ...e dizem que o Jacques Wagner financiou a greve naquela época e agora... ah,ah,ah,ah...o feitiço virou, mané...

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    # por Lucas - 6 de fevereiro de 2012 às 07:10

    Prezados univitelinos Anônimo & Wanda Stefânia, para encerrar o papo sobre o FHCannabis, uma modesta sugestão. Procurem ouvir uma antiga música do Bob Dylan chamada It's All Over Now, Baby Blue.
    É uma preciosidade. Há um verso que define bem a situação atual e futura das brilhantes cabeças em questão (as suas e a do impoluto sociólogo):
    "Forget the dead you've left, they will not follow you."
    Poderia ser traduzido como algo parecido com: " esqueça os mortos, eles não levantam mais."
    Que siga o missa de sétimo dia!

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    # por Anônimo - 6 de fevereiro de 2012 às 09:39

    A história julgará fhc estadista e, lula populista. Gastar e fazer inflação é fácil.

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    # por GRAÇA NO PAÍS DAS MARAVILHAS - 6 de fevereiro de 2012 às 14:11

    o anonimo é petralha..risos...a gente reconhece o ódio peculiar , sempre lançando uns contra os outros, ofendendo, agredindo, causando mal estar e...EVITANDO ser identificado como QUALQUER BANDIDAÇO

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    # por Lucas - 6 de fevereiro de 2012 às 15:04

    Graça, tem um blog aí que criou uma nova palavra: TUCANALHA.
    Acho que se aplica no caso em questão.
    um abraço,

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    # por Anônimo - 6 de fevereiro de 2012 às 15:12

    Caro Villa, o dito pelo FHC no estadão de Domingo é verdade e até as pedras sabem de isso, mais ele sempre foi uma verdadeira anta snob e nem por isso se deve tirar os méritos que alias foram dos caras nos bastidores ele apenas deu apoio político a o realizado, mais nem seque soube defender, onde o lula o estuprou diuturnamente e ainda ele da uma de gentleman com o cachaceiro.
    O cara é um Suplicy mais sofisticado, tanto que até a amante enfiou nele um filho de outro.
    Considerando que apenas 10% da população teria condições de servir em uma economia de primeiro mundo e os mesmos 10 % entendem alguma coisa de política é obvio que quando a situação pega no bolso todo mundo muda de ramo.
    Quantos descontentes havia nos anos do milagre econômico dos militares?
    Apenas os marxistas ou seja todos os que hoje estão alí mais os oportunistas do PMDB.
    A virada da mesa vira antes do Lula ir para o além.

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    # por Anônimo - 6 de fevereiro de 2012 às 18:09

    Não tem mais como... desisto deste país...

    http://www1.folha.uol.com.br/poder/1044450-novo-ministro-tem-radios-em-nome-de-empregados.shtml

    Como nomear para o Ministério das Cidades um cidadão que sofre processos por improbidade, que omitiu ser dono de quatro empresas em sua declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral em 2010 (quando se elegeu deputado federal), e é dono de duas emissoras de rádio no interior da Paraíba registradas em nome de seu ex-contador e de um assessor pessoal?

    Este não é um lugar de gente séria.

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    # por j.a.mellow - 6 de fevereiro de 2012 às 18:49

    Nada disso meus amigos! O discurso continua vazio. A nossa cozinheira me disse certa feita que O LULA ganhou quando disse que todo o pobre ia poder ter sua máquina de lavar roupas. Melhor, eles puderam comprar seu próprio carro.
    O que poderá dizer agora essa oposição a tão ignorantes eleitores?
    Que terão suas casas em áreas perfeitamente urbanizadas, terão saúde, terão segurança e educação de primeira?
    Todos nós sabemos que nem bem a miséria conseguimos acabar!
    Não são peças reais para quem nunca sentiu essa real necessidade e possibilidade, um candidato de oposição que se faça acreditar ante tão pesada posição inercial dizendo à população que pretendemos caminhar (e esse caminho parece ser muito longo), no sentido de acabar com a doença, a imundicie a ignorãncia e a preguiça, e ainda acabar de resolver o problema da renda da população que ainda não foi satisfatoriamente atendida.
    Não é tão fácil como dizer que êles poderão comprar outra "máquina de lavar roupas" o que agora não terá mais graça nem ganhará mais eleição!

    blogdojamellow.blogspot.com

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    # por Anônimo - 6 de fevereiro de 2012 às 20:54

    Santo Deus! Que confusão absurda é essa? Quando o professor Villa afirmou: “que os três artigos dariam uma boa discussão”; tenho certeza que ele estava esperando colocações ajuizadas (a maioria, ao bem da verdade, foram), porém outras um verdadeiro banzé. O Brasil precisa de todos nós, mesmo com idéias contrarias e adversas, mas com responsabilidade.
    Francelino Bouéres – São Luís/MA

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    # por Anônimo - 7 de fevereiro de 2012 às 06:16

    ESSE VILLA É UM REINALDO AZEVEDO PIORADO...

    A UFSCAR JÁ DEU ÓTIMAS CONTRIBUIÇÕES MAS ESSE AÍ É FRAQUINHO...

    PARECE UM FRANGUINHO EM DEFESA DE UM ´PARTIDO...

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    # por Anônimo - 7 de fevereiro de 2012 às 10:09

    O que falou fhc esta correto. Com a economia crescendo acima de 3%aa fica difícil ganhar de quem esta no governo, principalmente um regime neopopulista. A argentina é o exemplo, com inflação de mais de 20%aa, causa do crescimento de 8%aa, a cristina ganhou no primeiro turno. Assim fazia perom nos anos 40.

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    # por VICENTE - 7 de fevereiro de 2012 às 12:18

    O "problema" do Villa é que ele não foi cooptado pela turma. Dá lhe professor, ontem no jornal da cultura voce foi incrível.

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    # por Míriam Martinho - 7 de fevereiro de 2012 às 13:15

    Villa,
    seus textos sobre a pusilanimidade da oposição começaram a provocar reações da mesma. Continue sendo crítico, que este é o papel de intelectuais, pelo bem de nossa combalida democracia.
    Bom que FHC respondeu e até buscou nos dar esperanças de que as sombras desse triste tempo possam vir a ser dissipadas em médio prazo ao menos. Até o Aécio Neves já escreveu um texto mais contundente contra o infame apoio de Dilma ao regime dos Castros.
    E é por aí. Tem que falar grosso com essa gente, pois eles estão determinados a acabar com a democracia no Brasil. Leio as coisa mais insanas por essa Internet afora. Que ao menos não seja sem luta! Abs,

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    # por Anônimo - 8 de fevereiro de 2012 às 12:58

    Miriam (28), perfeito o seu comentário!
    Francelino Bouéres - São Luís/MA

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    # por Anônimo - 8 de fevereiro de 2012 às 18:15

    O leitor #22 tem razão, conforme se vê pelas tristes palavras de Rui Barbosa, ainda no começo do século passado:

    "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto."

    Senado Federal. Rio de Janeiro, DF

    Obras Completas de Rui Barbosa.
    V. 41, t. 3, 1914. p. 86

    http://www.casaruibarbosa.gov.br/scripts/scripts/rui/mostrafrasesrui.idc?CodFrase=883

    Triste Brasil...