Silêncio

Como no célebre bolero "Silêncio", imortalizado na interpretação de Ibrahim Ferrer e Omara Portuondo, no belíssimo "Buena Vista Social Club" (Mi alma, muy triste y pesarosa/A las flores quiere ocultar su amargo dolor), a oposição vive um momento terrível. Pior é o silêncio dos seus líderes. E tudo está ocorrendo na maior seção estadual do partido, o PSDB. A direção nacional fica na moita, mas muito pior são os líderes estaduais do partido e que são também importantes figuras nacionais. Achar que o silêncio resolve a crise é ridículo. Pelo contrário, só aprofunda o racha.

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    # por lugudeno - 27 de abril de 2011 às 09:08

    Villa, achei pertinente a colocação do FHC, dizendo que o PSDB deve se colocar como interlocutor da classe média (a nova e a velha) e não do "povão".
    Porém, acho que vão cometer um enorme erro (mais um) se houver essa fusãocom o DEM. Atender aos anseios da classe média não significa que o partido deva dar uma guinada à direita. Existe um espaço ainda a ser ocupado digna e honestamente no campo da social-democracia, que o PT nem nenhum de seus aliados tem condições para tanto.
    E existem ainda lideranças de valor e "sem partido" no Brasil, como a Marina Silva, o Cristovam Buarque, o Pedro Sion e outros ainda. Por que estes não se juntam e não formam um partido de fato??

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    # por Anônimo - 28 de abril de 2011 às 17:05

    Sempre que há alguma crise no País, surgem essas ideias de "acomodação de todos em prol do Brasil". Essa história de fusão, ora com o DEM, ora com o PPS, ora com ambos, parece mais plantação. Ora, popularmente, o nome disso seria "panelão", "sopão de restolhos". É um "cercadinho" que estão tentando colocar para neutralizar a capacidade de articulação do governador de São Paulo e demais lideranças do PSDB nacional e dos partidos de oposição. O País corre o risco de entrar numa crise inflacionária de longo prazo, o que seria catastrófico. Impossível que não haja alguém, além de FHC, que possa colocar ordem nessa verdadeira balbúrdia oposicionista. Exatamente num momento de oito anos e alguns meses de governos ruins. Não há a menor condição e/ou necessidade de fusão entre a social-democracia, os liberais e os socialistas. Há, sim, muitas condições de fecharem em seus propósitos e ideários e partirem coligados como oposição ao governo e sua base de apoio.
    Dawran Numida

    P.S.: Os pilares que mantiveram a estabilidade da economia brasileira desde 1994, foram praticamente desarticulados pelo governo de 2003 a 2010. O atual governo está tendo dificuldades de tomar medidas de correção e a inflação já está presente no dia a dia das pessoas.