O debate

A primeira impressão é de que o debate decepcionou. Porém, por ser o primeiro e pelo formato foi razoável. Um dos problemas é que nenhum assunto é aprofundado. Tudo é dito rapidamente e a concordância se estabelece. Serra tentou se distinguir de Dilma, buscou confrontar mas quando a temperatura iria aumentar, acabava o tempo e a pergunta ia para outro candidato.

O enfrentamento Serra e Dilma deve ser tentado em outros debates, mas sempre será prejudicado. Somente no segundo turno isto poderá ficar mais claro (evidentemente se tiver segundo turno). Era notório o desejo de Serra de debater. Sabe que os debates são fundamentais para a sua eleição, diferentemente de Dilma que, em momento algum, esteve confortável.

Dilma estava muito nervosa e foi melhorado (dentro das suas possibilidades) no decorrer do debate. O formato do programa ajudou. Continua sem objetividade nas respostas e usando expressões de difícil entendimento para o eleitor médio.

Plínio fez o esperado (mas poderia ter explorado muito mais o discurso socialista - a literatura sobre o Brasil é imensa deste ponto de vista). Marina a todo momento lia as suas falas (inclusive a intervenção final), o que dava um ar artificial ao seu discurso.

Mais uma observação: Plínio e Marina são dissidentes do PT. Portanto, eram 3 candidatos que em 2002 estavam do mesmo lado. Isto mostra a pobreza ideológica do primeiro turno das nossas eleições presidenciais. Mas este é um tema para outro dia.

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    # por Anônimo - 6 de agosto de 2010 às 01:11

    Villa, por que você não faz críticas ao Serra?

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    # por Anônimo - 6 de agosto de 2010 às 09:54

    http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/08/06/charge-amarildo-314084.asp

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    # por Fabiano - 6 de agosto de 2010 às 15:38

    Professor infelizmente para os serristas a hipótese de 2º turno está cada vez mais longe.