Marasmo

Mais um dia e nada aconteceu de relevante. É a campanha mais apática desde 1989. Pode ser que se compare com a de 1998, quando Lula saiu candidato meio que obrigado. Fez uma campanha sem entusiasmo. No final deu uma entrevista dizendo que queria abandonar a política, que seu sonho era ter nascido rico e por aí afora (basta consultar a imprensa da época).

No campo racional é difícil entender o que está acontecendo com a oposição. Não é falta de material para o seu discurso. Não faltam temas. Mas não estão disputados. É de uma passividade irritante.

Pode ser, depois de outubro, quando muita coisa vier à tona, poderemos ter informações para poder construir uma história desta eleição presidencial.

Como na eleição presidencial nada ocorre, a atenção passou para os candidatos cacarecos. Melhor para eles, terão mais votos.

Em tempo: amanhã tem artigo na Folha.

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    # por Anônimo - 24 de agosto de 2010 às 11:55

    Professor, sei que a eleição a presidencia é de maior importância, mas você poderia descrever alguns aspectos sobre as propostas dos candidatos a governador do estado de São Paulo.

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    # por Anônimo - 24 de agosto de 2010 às 12:44

    Professor Villa, a cada hora que passa essa disputa eleitoral fica mais estranha. Por que, de uma hora pra outra, Serra e seu staff - principalmente o marqueteiro Luiz Gonzales - passaram a errar drasticamente e a agir como se estivessem à frente nas pesquisas? Por que começaram bem, com o vice ìndio atacando o PT-Farc e agora ele foi silenciado? Por que, a despeito de estar perdendo eleitores, Serra continua sem coragem de atacar o governo? Por que órgãos de imprensa que mantinham relativa independência do governo, como os grupos Folha e Globo, passaram a fazer
    campanha disfarçada para Dilma Houssef? Como eu sei que o senhor é um dos poucos historiadores que não se rendeu ao comunismo/marxismo/globalismo rastaquera do complexo USP/PUC/Unicamp peço para que vá juntando as peças do quebra-cabeça para tentar escrever a história deste pleito, que deixou de ser uma disputa para se tornar a mera homologação da candidatura governista.
    Fernando José - SP

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    # por Anônimo - 24 de agosto de 2010 às 14:25

    http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/08/24/charge-amarildo-318540.asp

    Vamos manter o bom humor, mesmo com o marasmo!

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    # por Anônimo - 24 de agosto de 2010 às 14:39

    Minha filha e amigos da escola assistem o horário eleitoral com programa humorístico. O preferido é o do PCB.
    Eles vão votar em alguém? Acho que não.
    Os jovens estão totalmente desinteressados.
    O marasmo só reflete a sociedade. Esta em sua maioria está vivendo a
    ilusão do crédito fácil e da primeira viagem ao exterior.
    Não se faz política. Os programas são um amontoado de promessas
    de creches, escolas profissionalizantes,remédios grátis etc.
    Ninguém discute que tipo de sociedade se pretende construir.
    O "cada um por si e meus amigos" virou um padrão de comportamento.
    Legislar em causa própria ficou tão fácil, que até o Judiciário quer
    aumentar seus próprios salários, sem consultar a nação, via legislativo.

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    # por Anônimo - 24 de agosto de 2010 às 15:05

    "A campanha oficial se arrasta na internet, mas o marasmo é só aparente. À meia-luz, as caneladas proliferam e os hematomas só devem aumentar." http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao_47/artigo_1391/Pancadaria_na_rede.aspx

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    # por Anônimo - 24 de agosto de 2010 às 15:45

    Professor,
    fáicl explicar (para mim, pelo menos). A oposição está sufocada. Ficou oito anos brincando de morta, deixando que o PT insturmentalizasse a máquina do governo (e estatais e seus fundos de pensão), atacasse a memória do governo FHC por todos os lados, criasse a maioria parlamentar via mensalão (ou suborno, no linguajar técnico). Quando resolveu acordar do sono letárgico, descobre que não se ganha a eleição com três meses de campanha. Faltou bater bumbo na hora certa.
    Sem ter para onde correr, a oposição está andando em círculos, sem norte e sem discurso (o marqueteiro disse que não se deve atacar - e eles acreditam...) Que saudadade dos tempos de Jânio, Montoro e outras raposas, pelo menos tínhamos o que ler nos jornais.
    Sds.,
    de Marcelo.

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    # por Luísa Alves - 24 de agosto de 2010 às 21:27

    Boa noite, Marco!

    Trabalho para divulgar os eventos da Unisinos (http://www.unisinos.br) e estamos promovendo, juntamente com o Instituto Humanitas (http://www.ihu.unisinos.br/), o XI Simpósio Internacional IHU. Neste ano, o tema será O (Des)Governo Biopolítico da Vida Humana.

    Vamos contar com a presença de inúmeros professores da universidades nacionais e internacionais. E como o público do evento é de acadêmicos das áreas de humanas de todo o Brasil, pensamos que seria interessante aos leitores do seu blog.

    Tenho um release para repassar, se você tiver interesse no tema, ok?

    Estou à disposição.

    luisaalves83@gmail.com

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    # por barbarah.net - 24 de agosto de 2010 às 21:43

    Serra continua zen.