A piada do dia

Manchete da Folha:


Presidência destinou verba a jornais que não existem
Publicações fictícias receberam R$ 135,6 mil da cota de publicidade federal
Empresa de SP é a 11ª no ranking de pagamentos, mas seus títulos são ignorados por mercado e bancas

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    # por Unknown - 11 de novembro de 2012 às 16:56

    Prof.Villa, se todo dinheiro arrecadado neste País, fosse realmente aplicado sem desvios, nós teriamos um País de primeira economia, com educação de qualidade, saude de qualidade, transporte, policia de qualidade, enfim não teríamos tantas distorções e tantas injustiças, seca no Nordeste e parte do Estado de Minhas Gerais, esgoto a ceu aberto, casas construidas em morros que a qualquer chuva despencam e matam pessoas, falta de água,e tantos descalabros, tenho 62 anos e desde criança ouço que este será o Pais do futuro, quando, como, certo avançamos porém o roubo ainda é muito grande e os desvios também.

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    # por Ana Lúcia K. - 11 de novembro de 2012 às 22:25

    Elles roubam , roubam e roubam! E fica tudo do mesmo jeito! Quem é o responsável pela publicidade federal? Tem que ser punido!
    Cadê o Ministério Público Federal? Cadê a OAB? e a oposiçãozinha?
    GENTALHA!
    Tenho horror, nojo, vergonha desse governinho de.....!
    E o povo ainda vota nestes bandidos! Dá para entender?

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    # por Anônimo - 12 de novembro de 2012 às 09:02

    Bom dia, professor!

    Já imaginou as manchetes destes jornais inexistentes! É, não dá pra imaginar!

    Léo

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    # por Fernanda - 12 de novembro de 2012 às 11:14

    O senhor fala sempre do papel da oposição, pois hoje vem a calhar um artigo que pode explicar o seu fervor para que ela exista. É do professor Janine Ribeiro, saiu no Valor Economico
    Torcendo para a oposição - RENATO JANINE RIBEIRO

    Valor Econômico - 12/11


    E PSDB, maior partido de oposição, está frente a uma escolha decisiva: ou continua a nutrir o ressentimento da classe média tradicional ante a ascensão social dos mais pobres, ou conquista justamente esses ex-pobres, que subiram na vida com o governo Lula, oferecendo-lhes algo que o PT já não seria capaz de fornecer. Ou os tucanos apostam na velha classe média, como tem feito sobretudo a seção paulista do partido, ou lutam pela nova classe média. Ou ficam no ressentimento, ou partem para a proposta. Quedam-se no passado ou projetam um futuro.

    O título deste artigo pode soar estranho, ainda mais se eu disser que o melhor que os cidadãos temos a fazer é torcer para a oposição - e para o governo. Torcer contra o governo é querer que ele não faça o que deve fazer. Isso prejudica a todos. Ninguém ganha se a produção, a saúde e a educação piorarem. Mas torcer para a oposição é apostar no futuro. Um dia, a oposição será governo. Se for boa na oposição, poderá ser boa no governo. A história recente mostra que os melhores governos vêm das oposições mais fortes em seus projetos: PSDB e PT. O governo é o presente, a oposição é o futuro - só que não se sabe quando chegará esse futuro, nem com qual oposição.

    Mas o que entender, hoje, por oposição? Se decantarmos a gritaria própria a uma eleição, restam uma oposição visível e uma invisível. A visível é o PSDB, que continua anexando o minguado DEM e o nunca robusto PPS. Os tucanos são hoje a única força política viável que se opõe ao Planalto. Eles formam a oposição realmente existente. Quem quiser tirar o PT da Presidência precisa pensar no PSDB. Já a invisível, da qual falarei outra semana, são os verdes.

    PSDB deve apostar na classe média que cresceu com o PT

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    # por Fernanda - 12 de novembro de 2012 às 11:14

    parte II:

    Fernando Henrique, meses após a eleição de 2010, publicou na revista "Interesse Nacional" o artigo "O papel da oposição" (no singular, porque ele não considera os verdes). A tese maior é que o PSDB deve disputar com o PT a classe média, não os pobres. Não diz, mas é óbvio, que a classe média cresce devido às políticas petistas. De 2005 a 2010, cinquenta milhões de pessoas foram das classes D e E para a C. A injusta pirâmide social que caracteriza o Brasil cedeu lugar a um losango, no qual se destaca a classe C. Portanto, a ideia é que o PSDB, em vez de ser apenas o pré-Lula, seja também e sobretudo o pós-Lula. Ele se beneficiaria da herança "bendita" dos governos petistas, bem como das limitações deles para aprofundá-las. Se o maior projeto de Dilma Rousseff é converter o Brasil num país de classe média, para os tucanos o melhor será surfar nos resultados, se possível felizes, dessa ação. O PT só ofereceria aos pobres o que eles não têm, poder de compra, não seus novos desejos e necessidades. O PSDB, sim, mas desde que lute por isso. E a oportunidade se deve justamente ao crescimento petista da classe C.

    O PSDB está na curiosa condição de um partido que tem nome para disputar a Presidência - um nome simpático, fotogênico, disposto a negociar - mas carece de conteúdo definido. Tem um comunicador, o que na democracia de massas é trunfo essencial, mas não sabe o que comunicar. Comparemos: FHC comunicava-se bem com a sociedade e sabia o que lhe dizer; José Serra tinha conteúdo, porém comunicou-se mal - e seu próprio conteúdo terminou contaminado pelo preconceito religioso. Já Aécio comunica bem, mas não está claro o quê. A falha é do partido. O PSDB não sabe o que oferecer hoje à sociedade, fora o discurso reativo do rancor antipetista, que afundou dois candidatos seus ao Planalto.

    A questão é ir além do poder de compra, para definir a classe média. Pirâmide e losango falam de dinheiro recebido. Mas o eixo da ascensão social é a educação, até mesmo para melhorar a qualidade de nossas eleições. Temos de aprimorar a educação, garantir a saúde, firmar a cidadania. Acrescento: boa parte dessa classe média poderia ser ganha pelo empreendedorismo. Ela não precisa ter como sonho - ou pesadelo - o assalariamento. Pode empreender. Ora, o empreendedorismo é a versão mais recente do projeto liberal, isto é, do projeto da livre iniciativa, do empresário, no caso, pequeno ou médio, que tem no lucro o motor da ação. No desenho político, defender esse projeto deveria caber a um partido liberal. O mais próximo que temos do liberalismo é o PSDB.

    Já comentei o absurdo que é um governo petista fazer mais pelo empreendedorismo do que os tucanos. Se é bom o PT incentivá-lo, o que causa estranheza é que, ideologicamente, a oposição deveria enfatizar ainda mais esse tema.

    Serão os tucanos capazes de compor uma cesta de propostas adequada à classe média? Por ora, sua oratória política oferta à classe média um produto envelhecido: o moralismo como peça retórica com a finalidade, nem tão oculta, de reforçar a classe média tradicional no ódio aos pobres que subam na vida (moralismo esse que não se confunde com a verdadeira e necessária moralidade). Correm o risco de repetir a ação da UDN contra Getúlio Vargas, que o partido conservador detestava não tanto por seus erros e crimes, mas pelo acerto de trazer os mais pobres para a cena política. Mas o PSDB não é filho ou neto da UDN. Ele pode ter um discurso para os ex-pobres, ou os ainda pobres. Só que, para isso, precisa parar de nutrir o ressentimento dos que mantêm o nível bom de vida, mas sentem raiva porque esse nível está deixando de ser (seu) privilégio. Aliás, onde foi dar a UDN? Não conseguindo votos, abriu caminho para o golpe militar de 1964 - que, por sua vez, a extinguiu. O PSDB pode propor coisa melhor ao Brasil. Tem candidato. Falta definir um projeto, que é possível.

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    # por Anônimo - 12 de novembro de 2012 às 16:32

    "O PSDB pode propor coisa melhor ao Brasil."

    Se o PSDB tem algo melhor a propor, guardou só para ele. Aliás, este não é privilégio do PSDB: não me lembro de ter visto nas últimas eleições qualquer partido que fizesse um acompanhamento detalhado dos Planos Plurianuais vigentes, ou que tenham apresentado um bom plano em suas campanhas eleitorais.
    Partidos políticos, no Brasil, são pessoas jurídicas de direito privado (Art. 44, V, Lei nº 10.406/02) cujas preocupações não vão muito além de suas próprias estruturas.
    Dados os fatos, acredito que seja ingenuidade pensar o contrário.

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    # por Anônimo - 12 de novembro de 2012 às 23:26

    Professor
    Tenho acompanhado os debates da revista Veja em que voce está sempre presente. Suas análises são perfeitas. Passarei a ser leitora assídua do seu blog.
    Também sou socióloga atualmente morando no Canadá.
    Parabéns pelo seu brilhantismo.
    Nerah Canabrava

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    # por Unknown - 13 de novembro de 2012 às 01:12

    Em resposta à postagem da Phernanda,

    Chega a ser engraçado que alguns comentaristas do setor financeiro 'adotaram' de longa data justamente uma oposição que não quer largar o osso de jeito nenhum, e depois desejam que ela se reveze no poder naturalmente com os demais. No calor de suas parcerias, não diferencia entre organizações legais e ilegais e nem respeita o Estado de Direito.

    Parecem despreocupados, eu diria até mesmo apáticos ao fato que um desses 'melhores' governos tenha feito de tudo para dominar a oposição completamente, além de botar uma das maiores empresas do Pais, a Petrobras, ladeira abaixo. Como se não bastasse, decidira jogar a qualidade dos bons cursos de nível superior e dos funcionários públicos federais junto. Grande futuro esse aí.

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    # por Fernanda - 13 de novembro de 2012 às 11:56

    #8 por Altamir Gomes Bispo Junior - 13 de novembro de 2012 01:12

    Concordo com cada frase sua. A propósito, Renato Janine Ribeiro é um petista que tenta se disfarçar, mas não passa disso.

    #4 por Phernanda - 12 de novembro de 2012 11:14

    Phernanda, sua intenção foi boa, só que a intenção do Janine não é boa, não. Ele quer, mesmo, uma oposição bem fraca. Sem declarar isso, ao contrário. Porque, como todos os petistas, é mentiroso, dessimulado, aproveitador. Sinto muito, mas é isso. Pois veja só como ele trata o respeitável ex-réu agora apenado José Dirceu, nesse outro artigo:

    http://interessenacional.uol.com.br/2010/07/problemas-e-perspectivas-do-voto-distrital-2/