As justificativas de José Ribamar da Costa (vulgo José Sarney)

Só hoje tomei conhecimento desta nota (de 27 de outubro) da presidência do Senado. Vê-se que o senador pelo Amapá e Maranhão continua mentindo.
Segue a nota:


NOTA AO ESTADO DE S. PAULO SOBRE AÇÕES EM RELAÇÃO À LEI DE ACESSO ÀS INFORMAÇÕES PÚBLICAS

A Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado divulgou nota nesta quinta-feira (27), encaminhada ao jornal O Estado de São Paulo, em resposta à publicação do jornal sobre as posições adotadas pelo presidente do Senado, senador José Sarney, em relação ao Projeto de Lei da Câmara (PLC) 41/10, conhecido como Lei de Acesso às Informações Públicas.

Leia a íntegra:

"Senhor Editor,

Em entrevista publicada na edição de hoje (27/10) de O Estado de SP, o Senhor Marco Antonio Villa faz assertivas improcedentes e totalmente desconectadas das posições adotadas pelo presidente do Senado Federal, José Sarney.

Referindo-se à Lei de Acesso às Informações Públicas, afirma: “O atual presidente do Senado, José Sarney, também colocou inúmeros obstáculos para a aprovação do projeto, porque quer evitar revelações sobre seu qüinqüênio no governo, que todos sabemos que foi desastroso”.

Improcedência 1 - No trâmite do projeto, o presidente Sarney cumpriu rigorosamente o Regimento Interno do Senado, sempre tomando decisões de comum acordo com as lideranças da Casa;

Improcedência 2 - No dia 13 de junho último a imprensa noticiou a posição do presidente Sarney sobre as informações acerca de seu governo: Sarney disse que os documentos sigilosos que digam respeito ao “passado recente” do país devem ser divulgados: “Quanto ao passado recente, penso que deva ser liberado mesmo. Quanto a mim, os meus documentos já são públicos, estão na Fundação José Sarney mais de 400 mil documentos para todas as consultas”.

Quanto à avaliação do período do governo Sarney, a própria História desqualifica a agressão. Vale, portanto, algumas menções:

- Em dezembro de 1978 José Sarney relatou a Emenda Constitucional nº 11, que revogou todos os atos institucionais e complementares impostos pelos militares;

- Na presidência da República legalizou todos os partidos políticos, assegurou a liberdade sindical, acabou com a censura prévia e determinou eleições diretas para a presidência e capitais;

- Na política externa, reaproximou o Brasil da China e da então URSS e reatou as relações diplomáticas com Cuba. Estreitou o diálogo com a Argentina, viabilizando a criação do MERCOSUL;

- Convocou a Assembléia Nacional Constituinte, que produziu uma Carta garantindo amplos direitos sociais, incorporando os princípios de democracia direta;

- Criou o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher e o Ministério da Reforma Agrária, além de instituir o Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde, o SUDS, precursor do SUS e que universalizou o atendimento médico no país;

- Na questão ambiental criou o IBAMA e na cultural a Lei de Incentivo á Cultura, atual Lei Rouanet;

- Instituiu o Vale-Transporte; fez o Programa do Leite, que à época atendia 7,6 milhões de crianças/dia;

- Pela igualdade racial defendeu sanções contra a África do Sul e criou a Fundação Palmares;

- O Siafi, também criado pelo presidente Sarney, em 1987, continua sendo a melhor ferramenta para o controle e a transparência das contas públicas;

- Ainda em 1987, o presidente Sarney determinou a extinção do orçamento monetário e de todas as formas de arranjos paralelos. Criou a Secretaria do Tesouro Nacional, que absorveu as funções de execução orçamentária até então a cargo de um departamento do Banco do Brasil.

Secretaria de Imprensa do Gabinete da Presidência do Senado".

  1. gravatar

    # por Carlos Gama - 25 de novembro de 2011 às 10:00

    A mentira é uma das especialidades do grande mestre e prestidigitador.

  2. gravatar

    # por Samyr Bezerra - 25 de novembro de 2011 às 18:55

    Professor, sempre leio o seu blog, moro em São Luís no Maranhão, se o senhor quiser posso estar enviando noticias sobre a política maranhense,é só entrar em contato através do e-mail que poderemos conversar melhor.
    Um abraço!

  3. gravatar

    # por Joaquim - 28 de novembro de 2011 às 08:42

    É só mentir mais e mais que, logo, tudo vira uma grande ''verdade''.

  4. gravatar

    # por Anônimo - 28 de novembro de 2011 às 10:53

    Professor Villa,o senhor só não pode esquecer,que o Sarney,é a fiel dp povo do Maranhão.Ele não é mais e nem menos,que a verdadeira realidade do povo do Maranhão.Assim é o povo maranhense,mentiroso,desonesto em varios aspectos,aproveitador de situações construidas.E não se deve esquecer que o senadormnão caiu de arvore,e nem brotou da terra. Ele saiu do povo do Maranhão,tendo o avô paterno ,que foi funcionario do porto de São Luiz ,e o pai que chegou a ser desembargador no TJ MA.
    O que ele praticou ,foi o que a grande maiooria da populaçao praticaria,nas mesmas situações e circustancias.O senador não é O PROBLEMA,e sim a continuidade do problema.O problema é o povo.Poirot

  5. gravatar

    # por Anônimo - 28 de novembro de 2011 às 15:52

    Bem, o Mercosul simplesmente não funciona.
    A Constituição de 1988, foi classificada por ele como capaz de tornar o Brasil "ingovernável".
    A política externa com relação a Rússia e Cuba já estava distendida desde o governo Geisel e o "pragmatismo responsável", sendo o Brasil o primeiro a reconhecer a independência de Angola e Moçambique.
    O resto é simplesmente história.

  6. gravatar

    # por Ed Carlos Ferreira da Costs - 4 de dezembro de 2011 às 22:16

    HEHEHEHEHEHE, se fosse na Veja ou na Folha eu lhe avisaria, agora ninguém lê o "Estadão" é impressionante como qualquer besteira repercute na "Veja" ou na "Folha".
    Esse Sarney tem o lugar dele reservado no lixo da história e o mesmo sabe disso, não atoa tenta de maneira desesperada e patética impor um "estória" que não sobrevive a um escrutínio raso que seja.