Verdade? Que verdade? (2)
Pelo tom dos comentários é possível perceber como estamos longe no aprendizado de debater não só o regime militar, mas qualquer fato da política brasileira. Nos temos um enorme deficit de cultura democrática. O extremismo é o pior inimigo da convivência democrática, que não exclui a discordância, óbvio, mas garante ao outro (que é apenas um adversário e nunca um inimigo, como pensa o fascista) o direito de expressar a sua opinião. Como estamos muito longe de uma cultura democrática, resta, infelizmente, encerrar o espaço dos comentários para a postagem "Verdade? Que verdade?".
# por Jorge Marum - 23 de maio de 2012 às 09:04
Caro professor, sugiro que faça como ensinou Locke em sua Carta sobre a Tolerância: não tolere os intolerantes; expulse-os.
# por VICENTE - 23 de maio de 2012 às 09:32
Prof. tenho enorme admiração por sua coragem e inteligencia, por isso até fico constrangido em fazer uma sugestão, mas lá vai. Voce naturalmente deve saber que existem internautas "profissionais" por aí, a rede é vigiada por militontos o tempo todo, muitos são pagos com nosso dinheiro para simplesmente, sem argumentar, difamar e tentar destruir o outro. Então sugiro que passe a filtrar os comentários.
# por Fernanda - 23 de maio de 2012 às 10:39
Professor Villa,
Li seu artigo ontem cedo, quando dei de cara com ele na seção Opinião do Globo. Feliz da vida, como sempre que leio ou escuto algo escrito ou falado por você.
Me permite uma sugestão? Não publique comentários de pessoas incapacitadas de entender o mundo ao seu redor. O que tem a acrescentar quem não enxerga a realidade, quem distorce tudo, seja por ignorância ou mesmo má-fé? Eu acho que nada. O que tem a dizer quem não consegue entender sequer essa passagem equilibrada e lúcida da sua postagem anterior "Verdade? Que verdade?" - que transcrevo abaixo? Nada. Delete...não seria antidemocrático, é um direito seu limpar o ambiente.
"É óbvio que a ditadura — e por ser justamente uma ditadura — se opunha à democracia; mas também é evidente que todos os grupos de luta armada almejavam a ditadura do proletariado (SEM QUE ISTO JUSTIFIQUE A BÁRBARA REPRESSÃO ESTATAL). Nesta guerra, onde a política foi colocada de lado, o grande derrotado foi o povo brasileiro, que teve de suportar durante anos o regime ditatorial."
# por Lucas - 23 de maio de 2012 às 11:32
Tenho uma sugestão para os comentários da rede oficial petista na internet.
Publique o IP do computador de onde partiu o comentário.
É uma maneira de mostrar que a internet não é anônima como muitos pensam, professor.
# por Anônimo - 23 de maio de 2012 às 11:46
Prof. Villa:
Simplesmente delete comentários "alienígenas" e "débeis". Afinal, minha saudosa mãe sempre dizia: "A ignorância sempre foi muito atrevida". Não espere que determinadas pessoas consigam "entender" o que o senhor escreve e fala como um grande sociólogo e historiador que é. Isso é coisa para inteligentes e preparados. Um forte abraço de um grande amigo e admirador.
# por Anônimo - 23 de maio de 2012 às 12:33
Só agora tive o privilégio de ler esse excelente artigo, aliás como todos os seus escritos.
Vivi os tempos da ditadura dos 21 aos 42 anos de idade, na cidade de São Paulo, onde nasci e moro até hoje. Estudei na PUC (estava lá quando o coronel Erasmo Dias surgiu com a sua tropa). Meu marido estudava arquitetura no Mackenzie e a FAU-USP naquela época era também na rua Maria Antonia, onde as manifestações fervilhavam. Comparecí ao enterro do jornalista Wladimir Herzog, lia regularmente publicações como O Pasquim.
Então, posso garantir que conheço muitas verdades daquela época (claro que nem todas) e considero o saldo desse período mais positivo para o país, do que as conquistas do Brasil na nova democracia. Senão, vejamos:
- a denominação "anos de chumbo" para se referir aos tempos da ditadura, se aplica mais aos dias de hoje, com a criminalidade generalizada em todas as suas formas (latrocinio, tráfico de drogas, corrupção politica).
- muitas iniciativas do governo foram benéficas ao povo brasileiro: criação do BNH e adoção do Sistema Financeiro da Habitação, plano muito mais bem elaborado do que o "Minha Casa, Minha Vida" e posto em prática já em 1964, poucos meses após a implantação da ditadura.
- construção de linhas do METRÔ em São Paulo. Quando terminou a ditadura, nenhum governante deu prioridade ao METRÔ e, hoje, vivemos um inferno em São Paulo por conta do transporte público e do transito em geral.
- Usina de Itaipu, obra grandiosa e com tratado muito bem celebrado com o Paraguai, para vigorar por 50 anos. Lula decidiu presentear nosso vizinho com o dinheiro dos contribuintes brasileiros, e alterou o Tratado de Itaipu, concedendo vantagens ao Paraguai em detrimento de nosso povo pobre.
- FGTS e PIS/PASEP foram medidas de proteção ao trabalhador criadas pelo regime militar que, note-se, não alterou nem a legislação trabalhista nem a previdenciária vigentes à época.
- Instituições públicas continuaram funcionando normalmente, com concursos públicos sendo realizados e os aprovados nomeados.
- Autonomia da Petrobrás foi alcançada ainda na ditadura.
- O direito de ir e vir e a liberdade das pessoas era até maior nessa época, visto que hoje nem pensar em fazer uma caminhada à noite pelas ruas de São Paulo: ou ficamos trancados em casa ou corremos riscos. Também as viagens ao exterior eram livres.
Então, digo: Sou contra ditaduras, mas hoje me sinto mais presa do que naquela época e esta democracia que estamos vivendo, onde se pratica lavagem cerebral nas escolas, para desvirtuar a verdadeira História do Brasil e num momento em que assistimos a uma desmoralização completa dos poderes Legislativo e Judiciário, pergunto: onde chegaremos?
# por AC - 24 de maio de 2012 às 12:41
"... um adversário e nunca um inimigo, como pensa o fascista" - e o comunista, como demostrado pela história e pelos problemas q vc está passando.
# por deise - 24 de maio de 2012 às 17:45
Professor, sei o quanto sua lida é difícil pois em todos os espaços a patrulha é intensa e desumana. Como sua colega, louvo contarmos na academia com um intelectual do seu quilate. Em tempos sombrios como o que vivemos é um alento podermos contar com suas intervenções firmes e independentes apoiadas em fina inteligência e rigor analítico, quer como debatedor ou articulista. Não podemos prescindir de que continue a nos proporcionar uma reflexão que ilumina. Conte com minha solidariedade e longa vida neste espaço!!!
# por Anônimo - 25 de maio de 2012 às 00:15
Querem esconder e vão acabar por conseguir... Basta ver os livros de História do ensino fundamental: nenhum deles refere que os guerrilheiros eram treinados em Cuba e que havia financiamento da URSS via Cuba.
Muitos desses idiotas esquerdistas queixam-se da perseguição e da falta de liberdade durante a ditadura militar, mas esquecem-se de dizer que a perseguição NÃO era contra o trabalhador ou a dona-de-casa, e SIM contra os terroristas de esquerda.