CPMI do Cachoeira
Deu nojo assistir ontem a sessão da CPMI do Cachoeira. Com certeza o pior papel foi representado pelo advogado de defesa de Carlinhos Cachoeira. Se a moda pega, nenhum depoente desta ou de uma futura CPMI vai falar. O "silêncio constitucional", garantia do cidadão contra as arbitrariedades do Estado, no Brasil virou instrumento de bandidos. É mais uma contribuição tupiniquim para o mundo.
# por Anônimo - 23 de maio de 2012 às 09:42
Eu tb assiti ontem, prof Villa..Deu nojo msm
# por Anônimo - 23 de maio de 2012 às 09:42
algúem pode me explicar como um ex-ministro da justiça está DEFENDENDO um dos maiores bandidos do país?!! ningúem acha que tá cheirando mal?! somente num país de aloprados mesmo!!
# por Anônimo - 23 de maio de 2012 às 10:24
cada vez me convenço mais de que o ministro da justiça tem de sair do ministério público, que tristeza ver um ex-ministro defendendo cachoeira e pergunto: que condição tem os membros da CPMI de tratar de corrupção, pois todos têm folhas corridas em vez de currículos, culminando hoje com a denúncia contra o presidente da comissão?
# por Anônimo - 23 de maio de 2012 às 10:56
Não entendi por que "contribuição tupiniquim". Nos EUA já não existe o "você tem o direito de ficar calado; tudo o que disser pode e será usado contra você num tribunal"?
# por Fernanda - 23 de maio de 2012 às 11:06
É absurdo. Um ex ministro da justiça ser advogado de um notório bandido ladrão do erário. Melhor dizendo, por extensão ser advogado de quadrilha espalhada pelo país.
Direito de se manter em silêncio: foi incluído no Código de Processo Penal em 2003. Dá para entender. O grande advogado criminalista acima foi ministro da Justiça de Lula de 2003 a 2011.
Redação incluída no CPP em 2003: "Art. 186, Parágrafo único, CPP. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa. (Incluído pela Lei nº 10.792 , de 1º.12.2003)"
# por Anônimo - 23 de maio de 2012 às 11:40
Há muita, mais muita mais coisas a serem ditas e descobertas dentro dos três Poderes da República, ou melhor, da Republiqueta. Quem conhece Brasília sabe bem do que estou falando. Vocês já viram aquelas "moças" rondando os políticos abertamente dentro das seções plenárias. Pois bem, quem é de Brasília sabe bem qual a "profissão" daquelas "moças". Existem escritórios de advocacia em Brasília, em São Paulo e no Rio de Janeiro, que empregam filhos e sobrinhos de Ministros, de Desembargadore, de Banqueiros, de Bicheiros, etc... É uma vergonha...! Fico pensando: vale mesmo a pena ser brasileiro. Não seria melhor ser alemão, dinamarquês, suíço ou chinês? Que país é esse, minha gente! Que moral temos no exterior, a não ser a de ser campeão em turismo sexual. Eu, particularmente, já desisti há muito de ver algo mudado por aqui, que me perdoem os mais otimistas!
# por lgn - 23 de maio de 2012 às 12:04
O ex-ministro está agindo conforme os ditames de nossos tempos onde a lei de Gerson está em plena vigência. Um homem vale pelo que consegue amealhar em patrimônio ou celebridade. Esses valores foram sendo introduzidos na sociedade e se transformando em cultura. Ortega y Gasset profetizou o que aconteceria se a massa chegasse ao poder. E isso já era uma preocupação antiga. Platão já ensinava que a desordem se instala na sociedade quando muitas pessoas começam a galgar postos de importância e prestígio para os quais não têm a mínima qualificação. O fato é que está se mostrando muito difícil encontrarmos homens que representam ideais morais e éticos. Na minha época existiam os que roubavam mas faziam, hoje, nem isso.À política não é dado para homens de princípios, mas também não deveria ser para homens que não têm principio algum.
# por O Mascate - 23 de maio de 2012 às 12:17
Villa, e assim caminha o sentimento Vira-latas que todo brasileiro carrega desde a concepção. Esta CPI é uma afronta ao país e a democracia.
Mas como mudar essa situação em uma nação que a juventude está mais preocupada com a liberação da maconha do que com o próprio futuro?
AINDA VEREMOS COISAS INOMINÁVEIS NESSA COMISSÃO.
# por Anônimo - 23 de maio de 2012 às 14:11
Vou tomar sua expressão professorpara toda essa situação:É, leitor, cabe rir
# por Anônimo - 23 de maio de 2012 às 14:54
Há quem diga que os Petralhas e o Palácio do Planalto estão tremendo frio com medo do que pode sair da cabeça do Cachoeira....
# por Anônimo - 23 de maio de 2012 às 14:55
Aina bem que a maioria aqui sente indgnada como eu.Um ex-ministro defensor de bandido,um partido que outrora era simbolo da honestinade e da renovação hoje passando um pano para a casa não cair.PT saudações.
# por Marcos Alves Pintar - 23 de maio de 2012 às 17:02
Dessa vez devo discordar, Villa. Por mais bandido que Cachoeira seja, não lhe podem ser suprimidos os direitos básicos de acusado. A propósito, os advogados só tiveram acesso aos autos do processo no final da semana passada, e obviamente sequer tiveram tempo de analisar esse grande volume de documentos no final de semana. Se Cachoeira fosse obrigado a falar, estaria produzindo provas contra ele mesmo, e qualquer tribunal internacional lhe daria razão em caso de eventual provocação. O direito ao silêncio do acusado não é coisa tupiniquim. Isso existe e é respeitado em todos os países civilizados, visando justamente se evitar o que estamos vendo com essa CPI: uma fogueira de vaidades, cada um querendo aparecer mais do que o outro, para no final das contas nada produzir de útil. Esse mesmo filme se repete há séculos. Elege-se um "bandido do momento", representante de todas as mazelas que existem na Humanidade, faz-se um circo em cima disso dando entretenimento às massas, até que tudo caia no esquecimento e tudo continue como sempre foi. Não estou defendendo aqui o Cachoeira, mas apenas alertando que sensacionalismo barato somado à vontade de aparecer na mídia, como é o caso dos políticos brasileiros com a CPI, jamais produziu um único resultado.
# por Rose - 23 de maio de 2012 às 20:21
São os mesmos que ensinaram técnicas de guerrilha (sequestro, emboscada, sabotagem, etc.) aos ladrões de galinha nas penitenciárias e transformaram nosso povo no mais violento do mundo.
Nem nas guerras morre tanta gente quanto as mortes provocadas pelo crime no Brasil.
# por Anônimo - 23 de maio de 2012 às 21:42
Aquilo ali é a maior concentração de criminosos por metro quadrado do planeta. A corrupção está enraizada, intrincada e enlaçada em todos.
O judiciário está se revelando o mais podre. Pessoas incumbidas de promover a justiça, são os promotores do crime.
Crime que está garantido pelo conluio que existe entre todas as autoridades deste pais.
Todos "metem a mão" a vontade, ninguém fala, ninguém entrega, ninguém condena, ninguém pune, ninguém se importa. Todos se protegem.
Impunidade e dinheiro a vontade, dinheiro fácil, arrancado dos contribuintes. Quando não for "suficiente" basta aumentar os impostos.
Esses elementos são piores que os traficantes e demais criminosos todos juntos. As consequências de seus "atos" sujos são globais, tiram o dinheiro da saúde, da educação, da segurança, etc...
Prejudicam milhares de pessoas, são a causa de toda a carência de recursos que atingem a população.
# por Fernanda - 24 de maio de 2012 às 10:00
Acrescento ao meu comentário de ontem (23 de maio de 2012 11:06):
Professor Villa, concordo inteiramente que, no Brasil, o direito ao silêncio virou mais uma contribuição tupiniquim. Isto porque, nos países civilizados, esse direito é usado para o bem, como garantia aos direitos humanos constitucionais dos cidadãos. Aqui, se mostra ao mundo como se trapaceia com as leis, usando-as apenas quando interessa. Aqui, é usado para proteger criminosos e poderosos.
Quero ver lei do silêncio quando se trata de pobre, aí sim. Aí ela leva outro nome: por#%$@rada.
# por Anônimo - 24 de maio de 2012 às 17:46
As CPI e as CPMI são "instituições" políticas.
O que Cachoeira fez na CPMI que leva seu nome não é, em nada, diferente daquilo que alguns políticos costumam fazer em relação à população quando pegos em desvio. Neste sentido, foi até bom ver alguns nobres parlamentares experimentando um pouco do "veneno" que destilam.
Enquanto prevalecer neste país toda forma de distinção entre políticos (os eleitos diretamente e os nomeados nos mais diversos cargos da administração pública) e cidadãos, nada mudará.
A ocupação de cargo político deveria servir de agravante, e não de privilégio, no caso de desvios de conduta. O mesmo deveria se aplicar aos detentores de título de curso superior, num país de excluídos como o Brasil.
Penso que as CPI e as CPMI sequer deveriam existir. Precisamos é de uma boa polícia, um ministério público atuante e um poder judiciário efetivo.
No mais, foi sensacional o vídeo criado por Maurício Ricardo:
http://charges.uol.com.br/2012/05/23/cotidiano-carlinhos-nao-depondo/
Divirtam-se.
# por Torcedor - 24 de maio de 2012 às 21:51
Eu gostaria de informar àqueles que não sabem, que o defensor de Cachoeira foi escolhido ministro justamente por esta característica que ora surpreenda a muitos.
# por Anônimo - 25 de maio de 2012 às 09:47
A CPMI é apenas um instrumento para derrubar o Perilo. Se alguém tinha dúvida, o relator mostrou ontem cabalmente os objetivos da cpmi. O resto são firulas jurídicas e exibicionismo barato de alguns parlamentares.
# por Anônimo - 25 de maio de 2012 às 20:38
Prof villa..O número de cacarecos candidatos a cargos públicos vai aumentar !!!!!!
http://eleicoes.uol.com.br/2012/noticias/2012/05/25/filho-de-tiririca-tenta-vaga-na-camara-de-fortaleza-para-analista-candidatos-famosos-se-eleitos-podem-surpreender.htm