Lula para sempre

Este artigo foi publicado em "O Globo":


Lula para sempre
MARCO ANTONIO VILLA
O Globo - 25/10/2011

Luiz Inácio Lula da Silva não é um homem de palavra. Proclamou diversas vezes que, ao terminar o seu mandato presidencial, iria se recolher à vida privada e se afastar da política. Mentiu. Foi mais uma manobra astuta, entre tantas que realizou, desde 1972, quando chegou à diretoria do sindicato de São Bernardo, indicado pelo irmão, para ser uma espécie de porta-voz do Partidão (depois de eleito, esqueceu do acordo).

A permanente ação política do ex-presidente é um mau exemplo para o país. Não houve nenhuma acusação de corrupção no governo Dilma sem que ele apoiasse enfaticamente o acusado. Lula pressionou o governo para não "aceitar as pressões da mídia". Apresentou a sua gestão como exemplo, ou seja, nunca apurou nenhuma denúncia, mesmo em casos com abundantes provas de mau uso dos recursos públicos. Contudo, seus conselhos não foram obedecidos.

Não deve causar estranheza este desprezo pelo interesse público. É típico de Lula. Para ele, o que vale é ter poder. Qualquer princípio pode ser instrumento para uma transação. Correção, ética e moralidade são palavras desconhecidas no seu vocabulário. Para impor a sua vontade passa por cima de qualquer ideia ou de pessoas. Tem obtido êxito. Claro que o ambiente político do país, do herói sem nenhum caráter, ajudou. E muito.

Ao longo do tempo, a doença do eterno poder foi crescendo. Começou na sala de um sindicato e terminou no Palácio do Planalto. E pretende retornar ao posto que considera seu. Para isso, desde o dia 1 de janeiro deste ano, não pensa em outra coisa. E toda ação política passa por este objetivo maior. Como de hábito, o interesse pessoal é o que conta. Qualquer obstáculo colocado no caminho será ultrapassado a qualquer custo.

O episódio envolvendo o ministro do Esporte é ilustrativo. A defesa enfática de Orlando Silva não dependeu da apresentação de provas da inocência do ministro. Não, muito pelo contrário. O que contou foi a importância para o seu projeto presidencial do apoio do PCdoB ao candidato petista na capital paulista. Lula sabe que o primeiro passo rumo ao terceiro governo é vencer em São Paulo. 2014 começa em 2012. O mesmo se repetiu no caso do Ministério dos Transportes e a importância do suporte do PR, independentemente dos "malfeitos", como diria a presidente Dilma, realizados naquela pasta. E, no caso, ainda envolvia o interesse pessoal: o suplente de Nascimento no Senado era o seu amigo João Pedro.

O egocentrismo do ex-presidente é antigo. Tudo passa pela mediação pessoal. Transformou o delegado Romeu Tuma, chefe do Dops paulista, onde centenas de brasileiros foram torturados e dezenas foram assassinados, em democrata. Lula foi detido em 1980, quando não havia mais torturas. Recebeu tratamento privilegiado, como mesmo confessou, diversas vezes, em entrevistas, que foram utilizadas até na campanha do delegado ao Senado. Nunca fez referência às torturas. Transformou a casa dos horrores em hotel de luxo. E até chegou a nomear o filho de Tuma secretário nacional de Justiça!!

O desprezo pela História é permanente. Estabeleceu uma forte relação com o símbolo maior do atraso político do país: o senador José Ribamar da Costa, vulgo José Sarney. Retirou o político maranhense do ocaso político. Fez o que Sílvio Romero chamou de "suprema degradação de retrogradar, dando, de novo, um sentido histórico às oligarquias locais e outorgando-lhes nova função política e social". E pior: entregou parte da máquina estatal para o deleite dos interesses familiares, com resultados já conhecidos.

O desprezo pelos valores democráticos e republicanos serve para explicar a simpatia de Lula para com os ditadores. Estabeleceu uma relação amistosa com Muamar Kadafi (o chamou de "amigo, irmão e líder") e com Fidel Castro (outro "amigo"). Concedeu a tiranos africanos ajuda econômica a fundo perdido. Nunca - nunca mesmo - em oito anos de Presidência deu uma declaração contra as violações dos direitos humanos nas ditaduras do antigo Terceiro Mundo. Mas, diversas vezes, atacou os Estados Unidos.

Desta forma, é considerável a sua ojeriza a qualquer forma de oposição. Ele gosta somente de ouvir a sua própria voz. Não sabe conviver com as críticas. E nem com o passado. Nada pode se rivalizar ao que acredita ser o seu papel na história. Daí a demonização dos líderes sindicais que não rezavam pela sua cartilha, a desqualificação dos políticos que não aceitaram segui-lo. Além do discurso, usou do "convencimento" financeiro. Cooptou muitos dos antigos opositores utilizando-se dos recursos do Erário. Transformou as empresas estatais em apêndices dos seus desejos. Amarrou os destinos do país ao seu projeto de poder.

Como o conde de Monte Cristo, o ex-presidente conta cada dia que passa. A sua "vingança" é o retorno, em 2014. Conta com a complacência de um país que tem uma oposição omissa, ou, na melhor das hipóteses, tímida. Detém o controle absoluto do PT. Usa e abusa do partido para fortalecer a sua capacidade de negociação com outros partidos e setores da sociedade. É obedecido sem questionamentos.

Lula é uma avis rara da política brasileira. Nada o liga à nossa tradição. É um típico caudilho, tão característico da América Hispânica. Personalista, ególatra, sem princípios e obcecado pelo poder absoluto. E, como todo caudilho, quer se perpetuar no governo. Mas os retornos na América Latina nunca deram certo. Basta recordar dois exemplos: Getúlio Vargas e Juan Domingo Perón.

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    # por Anônimo - 25 de outubro de 2011 às 11:39

    Belo artigo, Villa. Como sempre, aliás. Acompanho sempre sua participação no Jornal da Cultura. Acho apenas que você deveria se recusar a dividir a mesa com o Aírton Soares, que muitas vezes fala bobagens que deixam até você constrangido, como os espectadores não podem deixar de notar. Sei que você deve pensar: "ah, é importante ter opiniões constrastantes". Concordo, mas opinião diferente não quer dizer irracional.

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    # por Anônimo - 25 de outubro de 2011 às 15:37

    Esse artigo foi mais escrito com a bílis do que com algum tipo de ponderação, admita professor. Tudo o que o senhor fala nele pode ser atribuído ao governo FHC ou ao seu ex-candidato a presidente, Serra:TODOS fazem política sem estarem em cargos eleitos, só ler os jornais; TODOS buscam poder, por acaso FHC não fez a reeleição para si, Serra não desagrego tucanos porque se considerava predestinado a ser presidente; TODOS se aliam a oligarquias (afinal o que mais seria o Carlismo e os Maia nos governos tucanos, e olhe só, o Sarney também), TODOS aperelharam o Estado, TODOS se ajoelharam as determinações da realpolitik, inclusive com apoio a Fujimori e negócios com a Líbia de Kaddafi. Esses fatos não diminuem a responsabilidade de ninguém, mas é responsabilidade do senhor, como acadêmico, construir uma visão histórica ampla que ajude a explicar esses fatos, e não vir com alvos selecionados por preferências partidárias.

    Lucas Secanechia Pereira

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    # por Anônimo - 25 de outubro de 2011 às 19:11

    Acredito que o Sr. Lucas Secanechia Pereira deve ter lido outro artigo já que todo seu comentário não tem ligação nenhuma com o que o Professor escreveu. Corrupção, cabides de empregos, etc sempre teve, entretanto, o que ELLE fez e continua fazendo é algo fora do "normal". Nunca antes na história deste País apareceu um déspota deste quilate.
    celso tavares.

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    # por Anônimo - 25 de outubro de 2011 às 20:49

    Celso, temos na história nacional Don Pedro I, que fechou a assembléia constituinte e comandava o poder moderador, algo como um poder que regula todos os outros, a ditadura militar e o Estado Novo, esses são casos claros e mais graves de despotismo, nesses períodos, sim, nos deparamos déspotas. Quanto ao que eu escrevi, eu me ative ao que o professor escreveu em seu texto, quando eu digo "todos fazem tal coisa" é o que Villa escreveu, mas atribuindo somente a figura do ex-presidente. Agora, achar que Lula é o único que faz articulações fora da presidência é desinformação, FHC faz o mesmo e Serra também, no caso deles dentro do partido ou na oposição, que é onde eles podem agir, isso está nos jornais, o primeiro o faz desde que deixou o cargo do executivo nacional, o segundo busca fugir da irrelevância após a derrota do ano passado.

    Lucas Secanechia Pereira

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    # por Joaquim - 26 de outubro de 2011 às 01:08

    Tenho coceira na alma de ver o PT, num dia almejado, dominando o cenário político paulista. Veremos Supla senador? Lulinha ministro das comunicações? Lurian governadora e Paula Rousseff prefeita?

    Quem ler o que digo pode achar que sou um piadista, mas baseado nesses oito anos de patifaria até creio que isso não seja tão inviável. Vale lembrar que vivemos num país onde tudo é possível: sindicalista desempregado vira presidente, monitor de zoológico vira milionário em coisa de dois anos... é de arrancar as tripas de ódio. Ódio por nós mesmos!

    EU quero mais Marcos Villa, mas vejo que só me sobram os Panchos Villa!

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    # por Ana Lúcia K. - 26 de outubro de 2011 às 05:21

    Caro Prof. Villa,
    Simplesmente perfeito! Você escreveu tudo o que eu gostaria de dizer para esse falastrão, mentiroso, cínico, etc., etc. A sua herança maldita ainda vai levá-lo para o buraco. Pode até demorar, mas um dia sua máscara de farsante vai cair. A inflação já está aí, as grandes indústrias calçadistas estão "correndo" para a China, previsões de economistas indicam que este Natal será pior do que os anteriores. Portanto, logo, logo, a tão decantada classe 'c' vai sentir no bolso a perda de seu poder de compra, o custo elevadíssimo da corrupção(+ de 80BI por ANO!), a falta de prioridade nos projetos que realmente beneficiam a população. Deixa só a ficha cair! Esse imoral, incompetênte já tem sua marca registrada na História - "nuncantesnahistóriadessepaiz" - um povo, uma Nação foi tão enganada,tão vilipendiada e usada por um 'prizidenti' que saudou como irmãos e amigos ditadores, bandidos e ladrões".

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    # por Ana Lúcia K. - 26 de outubro de 2011 às 05:31

    Lucas S. Pereira,
    Você também está sendo roubado! Acorda, o seu sonho acabou! Vc trabalha, hj, 5 meses só para pagar impostos para "elles" gatarem! Leia mais com a razão e menos com o coração.

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    # por Anônimo - 26 de outubro de 2011 às 08:14

    Texto PERFEITO, INCONTESTAVEL !! Finalmente alguém lúcido expôe a verdadeira face desse ex-presidente, o maior engôdo político de todos os tempos. Petistas argumentarem que "todos são iguais" seria nivelar por baixo. Lula extrapolou em todos os sentidos, "chutou o pau da barraca". NUNCA soube a diferença do certo para o errado. Oficializou a falcatrua, a corrupção, o ilícito e o fez na maior cara-dura. Menosprezou as leis, instituições do país, a ética e o bom senso, tudo para se manter no poder. Pagou um preço muito alto mas a conta está vindo. Dilma que o diga...

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    # por Anônimo - 26 de outubro de 2011 às 11:07

    Caros, São Gregório já dizia: a corrupção do melhor é a pior das corrupções. Creio que já é hora de darmos um basta na velha desculpa de que os "outros" agiram de igual forma.

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    # por Anônimo - 26 de outubro de 2011 às 12:12

    Ana Lúcia e Anônimo número 8,
    vocês escorregam no pensamento binário de um mundo entre petistas e tucanos, e desse jeito falham em me julgar. Acertam ao considerar que não sou tucano, mas erram em dizer que sou petista. Vou asseverar aqui novamente, o artigo é fraco e escrito com a bile, a intenção não é buscar o entendimento deste momento histórico, nesse sentido o texto passa longe, principalmente das razões sistêmicas do problemas políticos, como se a solução fosse arrancar a cabeça da hidra, e não matá-la em definitivo para que não nasçam mais cabeças.

    Lucas Secanechia Pereira

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    # por Rafael Dias - 26 de outubro de 2011 às 12:28

    Brilhante e corajoso, prof. Villa!

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    # por Anônimo - 26 de outubro de 2011 às 12:56

    Sr.Lucas: fui militante petista por 20 anos e acreditei ingenuamente que Lula e seu partido consertariam o sistema político que o senhor comenta. Só por terem mentido sistematimente pro país inteiro durante tanto tempo o PT já mereceria ser varrido do nosso cenário político. Fazer o que Lula fez - manter a política econômica de FHC e distribuir as bolsas que ele condenava quando estava na oposição - qualquer imbecil faria. Pela lógica do sr. Lucas, o eleitor não poderá criticar o próximo presidente num eventual escândalo de corrupção, pois antes dele todos também eram corruptos. Se o sr.Lucas não for mesmo petista, é pior ainda, pois demonstra total alienação em relação à degradação política causada pelo PT.
    Fernando José - SP

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    # por Anônimo - 26 de outubro de 2011 às 14:11

    Fernando José, não me lembro de ter escrito que o PT é ilibado e puro, e nem que os políticos dele ou de outros são incriticáveis; estou, isso sim, querendo dizer, a vários comentários meus atrás, que o artigo peca pela bílis e pela crítica partidária da corrupção e da política, aquela que enxerga os vícios no partido contrário e se esquece daquele o qual guarda predileção, nada pior que isso, pois nunca se alcança algum entendimento das causas reais dos vícios.

    Lucas Secanechia Pereira

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    # por Anônimo - 26 de outubro de 2011 às 17:11

    Sr.Lucas, o artigo do professor Villa é factual e pouco usa de adjetivos.É uma mera descrição objetiva e fria das atitudes factuais de Lula, que falam por si mesmas. Com bílis ou sem bílis, o professor Villa apenas descreveu o que o senhor sabe que é verdade. Mais: Lula exerceu dois mandatos e Dilma exercerá pelo menos mais um. Eles precisam sim ser criticados de forma isolada, pois eles é que estão no poder e não seus adversários políticos. Pelo que o senhor diz, todo jornalista que for criticar o PT tem que botar uma nota de rodapé no texto dizendo (*mas os outros também roubaram, viu?) Isso é ridículo, nós já sabemos o que os outros fizeram, por isso mesmo votamos no PT, para mudar um quadro consagrado de corrupção. E o PT que o senhor defende MENTIU, vou repetir, MENTIU para o país inteiro. Lula trouxe de volta Sarney, Renam, Collor e por isso merece sim nosso mais profundo desprezo. E o senhor ainda vem pedir para tratarmos com polidez um mentiroso contumaz como Lula, sr Lucas?? Em que planeta o senhor vive? A menos é claro que o senhor goste de sustentar as mordomias da nova burguesia petista, tem gosto pra tudo.
    Fernando José - SP

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    # por Anônimo - 26 de outubro de 2011 às 17:17

    Ahhh o Brasil... País de tolos! Acreditar em Lula é acreditar na mula sem cabeça, no papai noel e em duendes. É notório que o cara já fazia acordos com os patrões, ficava com um percentual e dizia para os tontos dos sindicatos que o acordo era menor. Os pobres diabos acreditavam. O sujeito é satanicamente esperto e só os tolos podem acreditar nele pois é questão de fé, e em questão de fé, muitas vezes impera a ilógica.

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    # por LuisaMSC - 26 de outubro de 2011 às 19:34

    Parabéns!!!!Vc foi perfeito!!!!Espetáculo de artigo!!!Coloquei até no meu FB uma recomendação para os meus amigos entrarem no seu Blog.Vc escreveu aquilo que sinto e falo muito, me fez ter orgulho de ter feito História!!!
    Obrigada!!

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    # por helio cardoso junior - 26 de outubro de 2011 às 20:33

    Chega a ser um acinte a inteligência do homem médio a presidenta Dilma defender seus Ministros malfeitores ( bola da vez Esportes) em prol de uma base política (agora representada pelos socialistas do PCdoB / Araguaia sic!) que a cada dia se mostra mais fragilizada e comprometida com a corrupção e desrespeito com o dinheiro público e que faz lembrar a continuidade da versão brasileira do Ali Baba (quem será ? basta ler o brilhante texto do historiador e concluir ) e os quarenta ladrões ( estamos chegando aos 40 ministérios!!!!!!!). Nunca na história deste País o "slogan" País rico é País sem corrupção foi tão acertado. Abraços a todos brasileiros de honra e fora com os malfeitores.

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    # por Anônimo - 26 de outubro de 2011 às 20:35

    O mau que o Lula fez ao Brasil durante o período em que ascendeu ao poder e que se mantém de forma acintosa é uma agressão à democracia e que vai durar muito tempo para ser reparado.

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    # por Rose - 26 de outubro de 2011 às 20:47

    Tanto Lula quanto Dilma, a gerentona de Lula, portanto tão responsável pelos "malfeitos" quanto seu padrinho, são protegidos da midia e isso pode significar a ruína moral e econômica do país, pois não há riqueza que resista a tanta corrupção.
    Essa falácia de golpismo, então, não passa de um instrumento de intimidação e, provavelmente, acompanhada da ameaça de cortes de verbas de publicidade.
    Mesmo assim, se tivessem uma gota de dignidade, os jornalistas e convidados poderiam amenizar na contundência quando afirmam mentiras cabeludas, como a de que nunca antes combateram a corrupção como o PT.
    Acreditaram nisso quando falavam do "traído" lula.
    Os fatos comprovam que foi tudo enganação.
    Agora enchem a boca para falar da tal "faxina", uma peça de marketing que não se sustenta, posto que Dilma comandava há anos os mesmos ministérios que agora são denunciados.

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    # por Anônimo - 26 de outubro de 2011 às 21:44

    Temo que só teremos mudança significativa nos rumos da política nacional quando o Criador resolver dar baixa no prontuário do Lula...

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    # por Anônimo - 26 de outubro de 2011 às 21:57

    Fernando José, prometo a você e ao MAV, senhor deste blog, que farei meu último comentário (se quiser responder, fique à vontade), é que cabe esclarecer que eu não faço aqui defesa de ninguém, mas critico, sim, o artigo, não há problema se o senhor não concordar comigo, mas não gosto das conclusões que não cabem no que eu escrevi, como por exemplo pedir polidez ou notas explicativas no artigo, não tem nada a ver, não defendi nada disso. Cabe outro esclarecimento também, eu não to nivelando para isentar ninguém, fica claro isso no primeiro comentário que fiz, quando falei em responsabilidades.

    Lucas Secanechia Pereira

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    # por Anônimo - 26 de outubro de 2011 às 22:17

    Magistral o artigo "Lula para sempre", do professor Marco Antonio Villa. Retratou fielmente o perfil desse oportunista que se apossou do país e institucionalizou a farra da corrupção! Um presidente que desprezou a ética e a probidade administrativa, abraçou a causa dos ditadores (vide amizade com Kadafi, Chaves e Ahmadinejad) e ressuscitou políticos do prontuário de Sarney, Renan e Collor, verdadeiros representantes do atraso, não deveria merecer o prestígio que merece, mas sim o desprezo de toda a sociedade do Brasil, pelo mau exemplo que dá! Pobre País que tem um embusteiro dessa qualidade como lider!

    PAULO MARIO CORREA CARDOZO

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    # por marcia julieta moreira cabral - 26 de outubro de 2011 às 23:27

    Maravilhoso e oportuno o artigo do Professor Marco Antônio Villa. Parece que todos assistem aos acontecimentos de braços cruzados. Até quando vamos aguentar essa política personalista, onde os indivíduos se locupletam e não fazem nada pela nação?Até quando vamos assistir esse assalto aos cofres públicos?Triste país, triste povo!Ignorância é o mal que nos consome!

    márcia julieta moreira cabral

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    # por Anônimo - 27 de outubro de 2011 às 07:56

    Os efeitos nefastos desse populista inescrupuloso nos so estamos sentindo agora,com a desmoralizacao das atvividades politicass e o desprezo pelo bem publico,acordemos antes que seja terde demais

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    # por Ana Laura - 27 de outubro de 2011 às 08:11

    Prezado Professor Villa, acompanho suas participações na Globo News há um bom tempo e fiquei imensamente feliz ao encontrar seu blog. Espero continuar encontrando aqui a mesma lucidez que sempre vejo em seus debates. O que aliás tem faltado no meio acadêmico desse país: uma voz que mesmoo quando escreve ou fala com a "bílis" (como acreditam alguns) nos passa segurança de quem conhece a verdadeira história de nosso país e sabe que o presente não é fruto do acaso,que tudo está interligado e nos conduzirá à um futuro, que espero eu,ainda tenha chance de ser escrito de forma diferente. abraço e força, Ana Laura Rabelo/ BH-MG

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    # por Anônimo - 27 de outubro de 2011 às 12:58

    Raras vezes vi alguém resumir com tanta maestria a personalidade e o caráter de Lula. Parabéns ao Villa.

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    # por Dawran Numida - 27 de outubro de 2011 às 14:43

    Muito bom o artigo. Não dará certo a pretensa volta do ex-presidente, pelo fato de, para isso, a presidente teria de ser afastada da pretensão de tentar a reeleição. O ex-presidente jamais reuniria poder suficiente para tanto. A base de apoio dele é a mesma dela no partido e na base. Assim, ele correria forte risco de perder, pois, o poder formal é dela. Caso ele imiscuísse em negócios de governo, teria pouca gente a encarar algo que criasse uma estrutura paralela de poder e de influência. Quem bancaria algo assim nos tempos e hoje no Brasil?

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    # por Dawran Numida - 27 de outubro de 2011 às 14:48

    Lucas Secanechia Pereira, fazer política e criticar a forma como a política é feita, não faz parte do rol de crimes. Pelo contrário, está dentro do rol de direitos da Democracia. O que não pega mais no Brasil, ou está ruindo rapidamente, é a critica a todos que teriam feito algo de ruim, sem apontar quem fez algo de bom. Por exemplo, caso Serra e FHC tivessem feito algo ruim, isso não poderia ser utilizado para validar o que Lula e qualquer um fez de péssimo posteriormente. Assim, o texto do Professor Villa, aborda o tema da forma correta. Atinge o alvo.

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    # por Anônimo - 27 de outubro de 2011 às 18:02

    Caro professor Villa,

    Achei o seu texto bastante tendencioso, mas não é a respeito disso que quero falar. Quero fala sobre sua última frase:
    "Mas os retornos na América Latina nunca deram certo. Basta recordar dois exemplos: Getúlio Vargas e Juan Domingo Perón."
    Você usou uma amostra de 2 casos para fazer uma inferência. Por favor, não faça mais isso. Você como professor deveria saber que deve-se ter uma amostra razoável para fazer qualquer inferência
    Gustavo

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    # por limongigasparini@gmail.com - 27 de outubro de 2011 às 18:55

    Ao autor do blog, peço licença para compartilhar link de blog da minha autoria, ao qual dei início há poucos dias. Justificando minha impertinência, justifico a intromissão com o fato de que o post que relaciono indica expressamente a leitura deste texto. Ao moderador e ao autor, muito obrigado!

    http://evvaipensiero.blogspot.com/2011/10/proposito-da-sombra-lulista.html

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    # por Anônimo - 27 de outubro de 2011 às 21:07

    Que testinho mais pobre. Eca!


    Ass.,

    Tucano de coração

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    # por Anônimo - 27 de outubro de 2011 às 21:51

    Excelente sua análise do perfil de Lula, professor! E Dilma não fica atrás. Como criatura eleitoral dele, ela se beneficiou e ainda se beneficia do loteamento da máquina pública. Não é nenhuma vestal, a cara metade política dele. Ela o complementa com o seu estilo "austero" de fingido amor pela ética. Será que ninguém se lembra de Erenice, a velha amiga e braço direito dela na Casa Civil? Do dossiê contra Ruth Cardoso? De Lina Vieira? de Denise Abreu? Da interferência dela para, em nome de Lula, ajeitar os negócios do compadre dele com a Varig e defender o filho de Sarney da Receita Federal? É essa a "faxineira" ética? Aquela que não tolera corrupção?
    Continue falando por nós, professor, nós os brasileiros decentes e indignados.

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    # por pinto - 27 de outubro de 2011 às 22:42

    Professor avante. Continue a mostrar a verdade para aqueles que apreciam. O Brasil estará sempre acima de qualquer lula. Basta de patifarias. Parabéns.

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    # por Anônimo - 28 de outubro de 2011 às 13:08

    Villa,

    O Lula é mesmo um obcecado pelo poder e reconhecido por dar suporte a figuras execráveis no jogo político.

    É uma pena que o Heráclito não tenha sido reeleito, pois poderia abrigar no gabinete dele alguém da sua vasta prole, como fez o FHC com prole mais comedida.

    É lamentável o tratamento dispensado ao ex Ministro da Justiça do FHC, o Senador Renan Calheiros, que embora tratado com fidalguia e apreço nunca mais teve o poder que detinha no reinado anterior.

    No Governo FHC mandavam os Sarney, os Jaders, os Renans, os Maias, os ACMs.
    Um pouco menos continuaram mandando no Governo Lula.

    E continuarão enquanto o povo em seus estados continuarem lhes conferindo mandados; e enquanto a mídia lhes conferirem reconhecimento e prestigio que garantem votos em seus currais.

    O que nos salva é que a família Lula, apesar de todo apego ao poder, não conta com o necessário suporte econômico/midiático para chegar ao estágio dessas acima nominadas.

    daSilvaEdison

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    # por Notícias do Amanhã - 28 de outubro de 2011 às 13:49

    Não conhecia o blog. A partir de agora, serei leitor assíduo.
    Parabéns pelo equilíbrio e lucidez em cada palavra.

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    # por Anônimo - 28 de outubro de 2011 às 18:22

    Anônimo-28 de outubro de 2011 13:08.
    Não bate muito não. No governo FHC, a institucionalidade prevaleceu muito mais do que o "presidencialismo de coalizão", funcionando acima das instituições, como ocorreu no período 2003/2010. E continua até hoje, com o governo que assumiu em 2011. Isso, porque, no governo FHC, foram implementadas políticas estruturadas de administração da dívida pública e administração do orçamento. O governo, graças aos aprimoramentos institucionais implementados e com a estabilização monetária, voltou a ter o poder de realizar política fiscal. No plano do cidadão, a estabilização mostrou os componentes de dívida, entre juros e inflação, os cálculos econômicos tornaram-se possíveis.
    Essa questão do "suporte econômico-midiático" não confere. O governo de 2003/2010, teve grande repercussão na imprensa, mesmo durante o período do mensalão, dos cartões corporativos, dos aloprados, durante a crise de 2007/2008, em 2009 com a queda do PIB e outros fatos onde o governo precisava de agendas positivas.

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    # por Anônimo - 28 de outubro de 2011 às 18:25

    Anônimo - 27 de outubro de 2011 21:07.
    Bom, mesmo, são os textos do MEC sobre o Enem. Do ministério do Esporte sobre desvios de recursos públicos. Da secretaria de políticas para as mulheres, censurando propaganda de lingerie, do ministro da Ciência e Tecnologia, dizendo que o BNDES ajudaria empresas brasileiras a comprar estatais européias...E por ai, vai.

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    # por Anônimo - 28 de outubro de 2011 às 18:29

    Anônimo - 27 de outubro de 2011 18:02.
    E se fossem utilizadas para fazer inferências "positivas", seriam válidos? A lista pode ser aumentada com Chávez, Kirchner, Daniel Ortega, o continuísmo de Cuba, só para alguns exemplos.

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    # por Anônimo - 28 de outubro de 2011 às 18:54

    "Nada o liga à nossa tradição."

    Fale por si, beleza?

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    # por Eduardo Rodrigues, Rio - 30 de outubro de 2011 às 14:33

    Excelente artigo. Parabéns, Marco.

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    # por Anônimo - 1 de novembro de 2011 às 17:03

    Tem muito anonimo para o ser verdade. Quem escreve bota a cara, me parece que este texto tucano eu já via em algum lugar ,claro com alguns parágrafos modificados.

    Bom deve ser o FHC que vendeu tudo e não fez nada de bom para o povo, pelo contrário só lascou o povo e os servidores públicos.

    Meu nome é Mardones , sou de Brasilia e não tenho cargo no governo mas não sou cego entre LULA e FHC existe uma diferença grande. FHC fez tudo que é falcatrua e ninguém escreve nada.Fala sério , mostra a cara tucanos

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    # por Anônimo - 2 de novembro de 2011 às 11:48

    Parabéns, professor.

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    # por Anônimo - 4 de novembro de 2011 às 14:13

    Professor revoltado, Leia o Lucas Secanechia Pereira, ele fala por milhões de brasileiros que estão também revoltados em ter que ouvir suas lições de moral partidarizadas, na mídia, como se fossem independentes.

    A próposito, seu amigo, o Waack da Globo, continua obedecendo ás recomendações de Washington!

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    # por Anônimo - 15 de novembro de 2011 às 16:49

    Professor Villa, na verdade sou seu admirador nas particiações do Jornal da Cultura e lí os város comentários dêsse blog o qual ñ conhecia, mas então lhe pergunto:Sou um Cidadão comum c/73 anos,aposentado, ñ sou simpatizante de qualquer Partido pois todos escrevem na mesma cartilha.Inclusive votei p/o Lula na s/1ª candidatura à Presidência pq os anteriores não fizeram o q deveriam ter feito c/tantos anos no Poder.E é p/isso q o Lula ganhou, o povo estava cansado e desiludido como Eu, das divs.mazelas. Pensava até q o mentiroso atual no poder, incluindo todos os outros adjetivo já mencionados faria uma administração totalmente diferente, conformeos era sua pregaração enganosa e aí nos machucam ainda mais; e isso é só o fio da meada. Em quem votar nas próximas eleições? Os já conhecidos não têm mais cacif p/ganhar; estamos perdidos não? Precisamos de um NOME FORTE, que tenha credibilidade caso contrário os atuais Mandat´rios não sairão de lá nunca mais, infelizmente. Só mais uma coisinha, ainda bem q ainda temos a Internet liberada e até qdo.? Pois essa mídia do Brasil tbém tem o rabo preso p/interesses q todos nós estamos carecas de saber. Forte abraço e até uma próxima oportunidade. Roberto

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    # por Anônimo - 19 de dezembro de 2011 às 23:19

    Villa parabéns como sempre dizendo oque o povo gostaria de dizer!

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    # por Anônimo - 31 de janeiro de 2012 às 20:22

    Parabéns pelo brilhante artigo, acho até que economizastes nos adjetivos desqualificativos para este iluminado de poder, personagem central do teu artigo.
    Alexis de Tocqueville, pensador politico,historiador e escritor frânces, em um dos seus livros disse " sou contra a reeleição, pois o segundo mandato é recheado de corrupção". Aqui o primeiro como o segundo mandato foi recheado de corrupção, mensalão,dinheiro na cueca,etc,etc,etc.
    O que podemos esperar de um governante que apoia e incentiva candidaturas como as de Renan, Jader,Romero,João, José,outro josé aquele que ainda manda e desmanda, os que apoiaram Batisti por que sera?
    Parabéns mais uma vez.